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terça-feira, 4 de agosto de 2020

BIOLOGIA 3º ANO B, C e D

COLÉGIO ESTADUAL FAUSTO CARDOSO

DISCIPLINA: BIOLOGIA

TURMA: 3º ANO

DOCENTE: GARDÊNIA VALÉRIA  



Sistema ABO de grupos sanguíneos

A herança dos tipos sanguíneos do sistema ABO constitui um exemplo de alelos múltiplos na espécie humana.

A descoberta dos grupos sanguíneos

Por volta de 1900, o médico austríaco Karl Landsteiner (1868 – 1943) verificou que, quando amostras de sangue de determinadas pessoas eram misturadas, as hemácias se juntavam, formando aglomerados semelhantes a coágulos. Landsteiner concluiu que determinadas pessoas têm sangues incompatíveis, e, de fato, as pesquisas posteriores revelaram a existência de diversos tipos sanguíneos, nos diferentes indivíduos da população.

Quando, em uma transfusão, uma pessoa recebe um tipo de sangue incompatível com o seu, as hemácias transferidas vão se aglutinando assim que penetram na circulação, formando aglomerados compactos que podem obstruir os capilares, prejudicando a circulação do sangue.

Aglutinogênios e aglutininas

No sistema ABO existem quatro tipos de sangues: A, B, AB e O. Esses tipos são caracterizados pela presença ou não de certas substâncias na membrana das hemácias, os aglutinogênios, e pela presença ou ausência de outras substâncias, as aglutininas, no plasma sanguíneo.

Existem dois tipos de aglutinogênio, A e B, e dois tipos de aglutinina, anti-A e anti-B. Pessoas do grupo A possuem aglutinogênio A, nas hemácias e aglutinina anti-B no plasma; as do grupo B têm aglutinogênio B nas hemácias e aglutinina anti-A no plasma; pessoas do grupo AB têm aglutinogênios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina no plasma; e pessoas do gripo O não tem aglutinogênios na hemácias, mas possuem as duas aglutininas, anti-A e anti-B, no plasma.

Determinação dos grupos sanguíneos utilizando soros anti-A e anti-B.

Amostra 1- sangue tipo A.

Amostra 2 - sangue tipo B.

Amostra 3 - sangue tipo AB.

Amostra 4 - sangue tipo O.

Veja na tabela abaixo a compatibilidade entre os diversos tipos de sangue:

ABO

Substâncias

%

Pode receber de

Tipos

Aglutinogênio

Aglutinina

Frequência

A+

B+

AB+

0+

A-

B-

AB-

O-

AB+

A e B

Não Contém

3%

X

X

X

X

X

X

X

X

A+

A

Anti-B

34%

X

 

 

X

X

 

 

X

B+

B

Anti-A

9%

 

X

 

X

 

X

 

X

O+

Não Contém

Anti-A e Anti-B

38%

 

 

 

X

 

 

 

X

AB-

Ae B

Não Contém

1%

 

 

 

 

X

X

X

X

A-

A

Anti-B

6%

 

 

 

 

X

 

 

X

B-

B

Anti-A

2%

 

 

 

 

 

X

 

X

O-

Não Contém

Anti-A e Anti-B

7%

 

 

 

 

 

 

 

X

 

Tipos possíveis de transfusão

As aglutinações que caracterizam as incompatibilidades sanguíneas do sistema acontecem quando uma pessoa possuidora de determinada aglutinina recebe sangue com o aglutinogênio correspondente.

Indivíduos do grupo A não podem doar sangue para indivíduos do grupo B, porque as hemácias A, ao entrarem na corrente sanguínea do receptor B, são imediatamente aglutinadas pelo anti-A nele presente. A recíproca é verdadeira: indivíduos do grupo B não podem doar sangue para indivíduos do grupo A. Tampouco indivíduos A, B ou AB podem doar sangue para indivíduos O, uma vez que estes têm aglutininas anti-A e anti-B, que aglutinam as hemácias portadoras de aglutinogênios A e B ou de ambos.

Assim, o aspecto realmente importante da transfusão é o tipo de aglutinogênio da hemácia do doador e o tipo de aglutinina do plasma do receptor. Indivíduos do tipo O podem doar sangue para qualquer pessoa, porque não possuem aglutinogênios A e B em suas hemácias. Indivíduos, AB, por outro lado, podem receber qualquer tipo de sangue, porque não possuem aglutininas no plasma. Por isso, indivíduos do grupo O são chamadas de doadores universais, enquanto os do tipo AB são receptores universais.

Como ocorre a Herança dos Grupos Sanguíneos no Sistema ABO?

A produção de aglutinogênios A e B são determinadas, respectivamente, pelos genes I A e I B. Um terceiro gene, chamado i, condiciona a não produção de aglutinogênios. Trata-se, portanto de um caso de alelos múltiplos. Entre os genes I A e I B há co-dominância (I A = I B), mas cada um deles domina o gene i (I A > i e I B> i).

Fenótipos

Genótipos

A

I AI A ou I Ai

B

I BI B ou I Bi

AB

I AI B

O

ii

A partir desses conhecimentos fica claro que se uma pessoa do tipo sanguíneo A recebe sangue tipo B as hemácias contidas no sangue doado seriam aglutinadas pelas aglutininas anti-B do receptor e vice-versa.

FONTE: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel11.php

 

O sistema RH de grupos sanguíneos

Um terceiro sistema de grupos sanguíneos foi descoberto a partir dos experimentos desenvolvidos por Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero Rhesus. Esses pesquisadores verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco em cobaias, havia produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas.

Ao centrifugar o sangue das cobaias obteve-se o soro que continha anticorpos anti-Rh e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As conclusões daí obtidas levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh (Rhesus), que existia nesta espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto, estimulavam a produção anticorpos, denominados anti-Rh.

Há neste momento uma inferência evolutiva: se as proteínas que existem nas hemácias de vários animais podem se assemelhar isto pode ser um indício de evolução. Na espécie humana, por exemplo, temos vários tipos de sistemas sanguíneos e que podem ser observados em outras espécies principalmente de macacos superiores.

Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou que, ao misturar gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca de 85% dos indivíduos  apresentavam aglutinação (e pertenciam a raça branca) e 15% não apresentavam. Definiu-se, assim, "o grupo sanguíneo Rh +” ( apresentavam o antígeno Rh), e "o grupo Rh -" (não apresentavam o antígeno Rh).

No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh, de modo semelhante ao que acontece no sistema Mn. O anticorpo, no entanto, pode ser formado se uma pessoa do grupo Rh -, recebe sangue de uma pessoa do grupo Rh +. Esse problema nas transfusões de sangue não são tão graves, a não ser que as transfusões ocorram repetidas vezes, como também é o caso do sistema MN.

A Herança do Sistema Rh

Três pares de genes estão envolvidos na herança do fator Rh, tratando-se portanto, de casos de alelos múltiplos.

Para simplificar, no entanto, considera-se o envolvimento de apenas um desses pares na produção do fator Rh, motivo pelo qual passa a ser considerado um caso de herança mendeliana simples. O gene R, dominante, determina a presença do fator Rh, enquanto o gene r, recessivo, condiciona a ausência do referido fator.

Fenótipos

Genótipos

Rh +

RR ou Rr

Rh -

rr

 

FONTE: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel13.php

 

Assistir às vídeo aulas complementares sugeridas, retiradas do Youtube

Links:

 

Tipos Sanguíneos: Sistema ABO e Fator Rh [Biologia - S03.E01] | Enem 2019


 

O QUE SÃO OS TIPOS SANGUÍNEOS? | Sistema ABO | Prof. Paulo Jubilut


 

 

leitura complementar:

 

Incompatibilidade sanguínea

Vacina Anti-Rh é principal forma de evitar doença causada pela incompatibilidade do sangue da mãe com o do bebê

Assim que você procurou por um médico para fazer o pré-natal deve ter recebido uma lista de pedidos de exames e, entre eles, pode nem ter notado um simples exame de tipagem sanguínea. Isso é pedido para saber se há o risco de incompatibilidade sanguínea entre mãe e bebê. Existem dois tipos de incompatibilidade, a ABO, quando a mãe tem o tipo sanguíneo A e o bebê B; mãe B e o bebê A; ou mãe O e o bebê A ou B ou AB. Segundo a ginecologista Denise Wiggers, mãe de Vicente, este caso de incompatibilidade não é grave e causa apenas icterícia neonatal.

Já no caso de incompatibilidade pelo Rh, o feto pode ter problemas mais graves. Quando a mãe tem o Rh negativo e o bebê Rh positivo, o organismo da mulher começa a produzir anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado um intruso. Em sua segunda gravidez, a administradora Vilma Ribeiro, 33, mãe de Pamela e Roberto, sofreu um descolamento de placenta na nona semana, isso alertou sua obstetra que pediu alguns exames que comprovaram que a mãe é Rh negativo e que isso poderia ser uma forma do corpo reagir à incompatibilidade do sangue do feto.

Uma vez produzidos, os anticorpos permanecem na circulação sanguínea da mãe e, caso ela volte a engravidar de um bebê Rh positivo, esses anticorpos destroem os glóbulos vermelhos do sangue do feto. Este passa a produzir mais hemácias que chegam ainda imaturas ao sangue e recebem o nome de erotroblastos. A consequência desse processo é a Eritroblastose Fetal que pode causar de anemia e icterícia à deficiência mental, surdez, paralisia cerebral, fígado e baço aumentados, e morte do bebê durante a gestação ou após o parto.

Hoje, a doença não é tão comum já que o exame Coombs indireto, realizado ainda na gestação, possibilita identificar se a mãe ainda não produziu os anticorpos. Nesse caso, a mulher deve tomar a imunoglobulina  anti-Rh, mais conhecida como vacina anti-Rh ou anti-D. O medicamento bloqueia a produção dos anticorpos, evitando a sensibilização da mãe. Vilma conta que foi submetida ao exame periodicamente durante a gestação e que já na semana em que o bebê ia nascer, tomou a vacina anti-D e o parto foi realizado com sucesso. Hoje, Roberto é uma criança saudável, não desenvolveu nenhum sintoma da doença.

Mas se mesmo durante a gravidez tudo ocorrer bem, a mulher deve tomar essa vacina até 72 horas após o parto, assim ela evita a sensibilização. E isso é ainda mais importante caso a mulher queira engravidar futuramente já que o contato do sangue da mãe com o sangue do feto durante o parto fará com que o organismo da mãe comece a produzir os anticorpos.

Caso a mulher já esteja sensibilizada, ou seja, já tenha produzido os anticorpos, poderá ser recomendada uma transfusão de sangue para o feto, evitando a anemia. O tratamento deverá seguir mesmo após do nascimento do bebê, mas deve estar de acordo com sua reação à doença.

Consultoria: Dra. Denise Wiggers, mãe de Vicente, ginecologista e obstetra da Clínica Plena

 

FONTE: https://paisefilhos.uol.com.br/crianca/incompatibilidade-sanguinea/

 

 

ATIVIDADE DE BIOLOGIA – 3º ANO

 

1ª) De acordo com o sistema ABO as pessoas podem possuir o Tipo A, B, AB e O. Quais características distinguem esses tipos sanguíneos? E por que pessoas do tipo A, por exemplo, não pode doar sangue a pessoas do tipo B?

Resposta:______________________________________________________________

 

2ª) A produção de aglutinogênios A e B são determinadas, respectivamente, pelos genes I A e I B. Um terceiro gene, chamado i, condiciona a não produção de aglutinogênios. O Sistema ABO é portanto um exemplo de codominância e alelos múltiplos pois ( pode haver mais de uma alternativa correta):

a)      os genes que determinam o tipo A e B são dominantes e reprimem a expressão dos demais

b)      O gene i é recessivo e condiciona a não produção de aglutinogênios na membrana das hemácias/eritrócitos

c)      O alelo IA e IB são dominantes, enquanto o alelo i é recessivo. Em um mesmo indivíduo, quando encontramos os alelos  IA e IB, eles não exercem dominância um sobre o outro. Neste caso ambos se manifestam e geram um fenótipo conhecido como AB.

d)     Alelos múltiplos, pois, o tipo sanguíneo é condicionado por mais de dois alelos

e)      Normalmente em um mesmo lócus gênico há 3 alelos, no sistema ABO são encontrados apenas dois, caracterizando assim os alelos múltiplos


3ª) O estudo do sistema ABO  e RH são importantes para entender como funciona as transfusões sanguíneas e para evitar problemas decorrentes da incompatibilidade sanguínea. Durante sua primeira gravidez Fabíola Rh- deu origem a um bebê Rh+, mas não tomou a vacina anti-Rh. Caso Fabíola engravide novamente, como o corpo dela poderá reagir a essa nova gestação? É possível evitar uma Eritroblastose fetal nessa segunda gravidez?

Resposta:______________________________________________________________

 

4ª) A seguir, estão representadas lâminas com testes sanguíneos de quatro indivíduos para o sistema ABO.

De acordo com os resultados obtidos nos testes, identifique o tipo sanguíneo de Alessandra, Claudia e Milena.

 

Resposta:______________________________________________________________

 

Atenção!                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              Façam a leitura do texto abaixo e assistam às vídeo aulas complementares sugeridas, retiradas do youtube, ok!

Em seguida respondam a atividade! 

O material também estará disponível lá no nosso blog - https://colegionota10.blogspot.com/


Observações: 

    Responder a atividade abaixo pelo google forms e arquive no caderno (perguntas e respostas) - os alunos que, por ventura, não conseguirem responder pelo forms, enviem ao meu whatsapp, foto ou documento (pdf, word) até a data final de entrega (17/08).      

    Lembrando que nossa monitoria será amanhã (05/08)

    Não esqueçam de se identificar, no próprio caderno, quando enviar pelo whatsapp, colocando: nome, turma, colégio, data... ok?!  

    Segue o Link para a atividade no google forms 👉🏻      https://forms.gle/gLzFktf6dQw3VgUt7