GEOGRAFIA AULA REMOTA 2
II UNIDADE
Prof. MSc. Emerson
Ribeiro. Turmas: 1º ano do Ensino
Médio A e B. Data:17/09/2020
HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA
A cartografia
é a ciência que trata da representação da terra ou parte dela através de mapas,
cartas e outros tipos de projeções cartográficas.
Podemos dizer
que a cartografia surgiu por volta do ano de 2.500 a.C. quando foi
confeccionado pelos Sumérios, o que é considerado o primeiro mapa da história:
uma placa de barro cozido com inscrições em caracteres cuneiformes (escrita
suméria) onde foi representado o lado setentrional da região mesopotâmica.
De fato, os
astecas eram hábeis na confecção de representações geográficas, como o “Mapa de
Tecciztlán” que contêm dados como a fauna da região retratada, e o “Códice
Tepetlaoztoc”, todo colorido e que traz rotas terrestres e fluviais.
Os egípcios e
chineses também dominaram a técnica da cartografia há muito tempo. Estima-se
que os chineses usam a representação gráfica de regiões desde o século IV a.C.
Para eles, os mapas serviam não só para se orientar, mas também, para fins
bélicos e para demarcar regiões garantindo, assim, que os impostos fossem
pagos.
Os egípcios
também os usavam como ferramenta administrativa, para cobrar impostos e
demarcar a terra. Mas, mais do que isso, foram eles que desenvolveram o método
da Triangulação para determinar distâncias baseados na matemática, e o “nível”,
instrumento em forma de “A” com um pêndulo no meio usado para medir áreas. Os
egípcios faziam, ainda, registros cadastrais das terras em documentos
considerados cartas geográficas. Seus túmulos e alguns papiros representavam o
mundo dos mortos. Como se fossem um mapa do outro mundo eles serviam para guiar
as almas e, freqüentemente, representavam o rio Nilo e planícies férteis.
Mas, bons
mesmo na cartografia foram os gregos. O sistema cartográfico contemporâneo
nasceu nas escolas de Alexandria e Atenas.
A primeira
tentativa de representar o mundo foi babilônica, mas sua concepção de mundo era
limitada à região entre os rios Eufrates e Tigre, o que não diminui a
importância do feito. Entretanto, os gregos se destacam porque foram os
primeiros a usar uma base científica e a observação.
Usando-se da
trigonometria, Erastótenes (276-194 a.C.) mediu a circunferência da terra
chegando bem perto dos 40.076 km reais (segundo ele eram 45.000 km).
Anaximandro de Mileto (610-546 a.C.) representava o mundo como um círculo
achatado onde estavam Europa, Ásia e África circundadas por um oceano. Foi ele
quem primeiro sugeriu que a terra, por estar à igual distância dos demais
astros, flutuava no espaço sem nenhum tipo de suporte ou apoio.
Mais tarde,
Pitágoras defendeu que a terra era esférica de acordo com suas observações
práticas e filosóficas (para ele a forma esférica era a mais perfeita) que só
seriam aceitas no meio científico, anos depois, pela influência de Aristóteles.
Hiparco (séc.
11 a.C.), astrônomo grego, foi quem criou o sistema de coordenadas geográficas
de latitude e longitude utilizando-se da matemática e da observação dos astros
celestes.
Mas, o
trabalho mais importante da cartografia na época clássica foi, sem dúvida, a
obra em oito volumes escrita por Claudius Ptolomeu. Sua obra, “Geographia”,
contém as coordenadas de 8.000 lugares, a maioria calculada por ele próprio e,
no último volume, ele dá dicas para a elaboração de mapas-múndi e discute
alguns pontos fundamentais da cartografia. Foi Ptolomeu também quem primeiro
defendeu a teoria geocêntrica ao afirmar que a terra era um corpo fixo em torno
do qual giravam os outros planetas.
Os romanos
também se utilizavam de mapas embora se preocupassem mais com seu caráter
prático e, por isso, preferiam mapas que representavam áreas menores, rotas
comerciais e territórios. Como, por exemplo, a “Tábua de Peutinger” que em seus
mais de 6 metros de comprimento por 30 centímetros de largura representava
diversos itinerários do Império Romano. Para isso, eles usavam o astrolábio, ou
dioptra – como era chamado pelos gregos, um instrumento usado para se determinar
a localização de pontos na terra por meio da observação dos fenômenos celestes.
Findo o
período clássico, a cartografia passou por um período de pouco desenvolvimento
durante o início da Idade Média quando a Igreja teve forte influência sobre a
confecção dos mapas que eram feitos de tal forma a perderem a exatidão. Nessa
época, os árabes foram os principais responsáveis por qualquer desenvolvimento
na área e foram, inclusive, responsáveis por trazer a bússola para o ocidente
propiciando os mecanismos para o desenvolvimento de mais um tipo de carta pelos
genoveses, as Cartas Portulanas, utilizadas para navegação.
Logo em
seguida a esse período, no final da Idade Média, todo o conhecimento em torno
da cartografia que estava esquecido no ocidente, mas que vinha sendo preservado
pelos árabes, voltou à tona atingindo seu apogeu na época das Grandes
Navegações quando se inicia a Idade Moderna.
Com a
descoberta do continente americano a cartografia toma mais um fôlego e iniciam
os trabalhos para mapear o novo continente. Juan De La Cosa faz então, o
primeiro mapa-múndi a conter o novo mundo em 1500. Foi nessa época (Séc. XVI),
após o descobrimento da América, que o holandês Gerard Mercator, utilizando-se
de todo o conhecimento produzido até a época para produzir o mapa-múndi que
levaria seu nome e que representava grandes rotas em linhas retas.
Mas foi só a partir do século XVII que os países começam a se preocupar mais com o rigor científico dos mapas. É realizado então, o primeiro levantamento topográfico oficial na França, em 1744, chefiado por César – François Cassini (1744 – 1784) que seriam os precursores dos mapas modernos.
Do século XIX em diante, com o desenvolvimento das técnicas cartográficas, o aperfeiçoamento da fotografia a aviação e a informática, a cartografia dá um salto.
Atualmente são
utilizadas fotos áreas e imagens de satélites para a confecção de mapas e
cartas que cada vez mais são utilizados eletronicamente, descartando a
necessidade de impressão e tornando-os interativos.
REFERENCIAS
http://www.super.abril.com.br
http://www.esteio.com.br