REGIONALIZAÇÃO BRASILEIRA
A República Federativa do Brasil é formada por 26 estados e pelo Distrito Federal. Os
estados, por sua vez, dividem-se em municípios, os quais são as menores unidades
políticas autônomas na federação brasileira. Na maioria dos casos apresentam áreas
rurais e urbanas. Existem no país 5.570 municípios.
Os estados são as unidades de maior hierarquia na organização político-administrativa
do país; a localidade que abriga a sede do governo é chamada de capital. Ao longo de
sua história, o Brasil já teve também unidades administrativas chamadas territórios
federais.
O Distrito Federal é uma unidade federativa autônoma, que sedia o governo federal,
em Brasília. O Distrito Federal não se divide em municípios e sim em regiões
administrativas (RAs), muitas das quais correspondem a cidades-satélites.
Além dos estados, municípios e do Distrito Federal, a Federação brasileira conheceu
outro tipo de unidade político-administrativa: o território federal. Os territórios
federais eram áreas consideradas estratégicas, e, por isso, administradas diretamente
pela União. O primeiro deles, surgido em 1904, foi o Território Federal do Acre,
incorporado ao Brasil no ano anterior.
Em 1942, com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, o governo federal
decidiu administrar diretamente algumas áreas situadas na fronteira. O Território
Federal de Fernando de Noronha foi criado ainda nesse ano. Em 1943, surgiram os
territórios de Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã e Iguaçu. Em 1946, foram
extintos os territórios federais de Ponta Porã e do Iguaçu. Dez anos depois, o Guaporé
teve sua denominação alterada para Rondônia.
Em 1962, o território do Rio Branco passou a ser chamado de Roraima e o território do
Acre foi elevado à categoria de estado. Em 1981, foi a vez de Rondônia. No final da
década, com a Constituição de 1988, os territórios de Roraima e Amapá tornaram-se
estados, enquanto Fernando de Noronha passou a ser um distrito estadual de
Pernambuco. Mas os territórios federais podem não ser uma página virada em nossa
história: em dezembro de 2007, havia no Congresso brasileiro propostas para a criação
de cinco deles, além de sete novos estados.
DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
O Brasil está dividido em cinco Regiões, essa configuração foi proposta pelo IBGE
desde 1970, com uma alteração em 1988, quando Tocantins foi desmembrado de
Goiás, tornando-se um estado autônomo;
Respeita os limites políticos do estados;
Agrupa unidades com características semelhantes, a partir de determinados
critérios;
Tem, entre outras finalidades, a agregação e a divulgação de dados estatísticos que
facilitem o planejamento, a integração nacional e a redução das desigualdades entre as
regiões do Brasil.

DIVISÃO GEOECONÔMICA
Proposta em 1967 pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger;
Tem por base as características histórico-econômicas do Brasil, ou seja, os aspectos
da economia e da formação histórica e regional;
Reflete os arranjos espaciais resultantes da industrialização do país;
Divide o país em três regiões geoeconômicas ou complexos regionais: Centro-Sul,
Nordeste e Amazônia;
Na época em que essa proposta foi formulada, o Centro-Sul despontava como
núcleo dinâmico da economia brasileira, tanto na agricultura como na indústria e nos
serviços urbanos;
O complexo regional nordestino destacava-se pela disseminação da pobreza e pelas
correntes migratórias que deixavam a região.
A Amazônia, por sua vez, era uma região fracamente povoada, que apenas
começava a ser incorporada ao conjunto da economia nacional.
DIVISÃO PROPOSTA POR MILTON SANTOS
Proposta pelo geógrafo Milton Santos em 2001;
Conhecida como os “quatro brasis" e pretende registrar a "difusão diferencial do
meio técnico-científico-informacional";
A região concentrada abrange as regiões Sul e Sudeste do IBGE. Segundo Milton
Santos, nessa região estão concentradas as maiores mudanças tecnológicas do país. É
a região mais moderna do Brasil, com centros de pesquisa, de tecnologia,
universidades etc. Caracteriza-se pela densidade do sistema de relações que
intensifica os fluxos de mercadorias, capitais e informações. O seu núcleo é a
metrópole paulista, que desempenha funções de cidade global e reforça o comando
sobre o território nacional. A soldagem do Sul ao Sudeste reflete a descentralização
industrial recente e a implantação de infra-estruturas técnicas que a sustentam;
O Centro-Oeste emerge como área de ocupação periférica, fundada na
especialização agropecuária e na modernização subordinada às necessidades das
firmas que têm sede na Região Concentrada. O estado de Tocantins, estranhamente
deslocado para a Região Norte pela Constituição de 1988, reincorpora-se ao CentroOeste;
O Nordeste define-se pelo peso das heranças: "é uma área de povoamento antigo,
onde a constituição do meio mecanizado se deu de forma pontual e pouco densa". A
rugosidade do espaço geográfico retarda os fluxos. A instalação das infra-estruturas e
redes informacionais realiza-se de modo descontínuo, "sobre um quadro sócio espacial
praticamente engessado";
A Amazônia caracteriza-se pela rarefação demográfica e baixa densidade técnica. Os
sistemas informacionais aparecem como formas externas, representadas, por
exemplo, pelos satélites e radares do Sivam. Os grandes projetos estruturam enclaves,
isolados num meio pré-mecânico.