COLÉGIO
ESTADUAL FAUSTO CARDOSO
GEOGRAFIA
AULA REMOTA 8
II UINIDADE
Prof.
MSc. Emerson Ribeiro. Turmas: 3º ano
do Ensino Médio A e B. Data:05/11/2020
OS
PRINCIPAIS CENTROS INDUSTRIAIS BRASILEIROS
Há tempos, as indústrias vêm conquistando
o seu espaço no Brasil, tornando-se um dos elementos mais básicos de uma
determinada região. Trazendo consigo, sempre uma característica marcante, a
MUDANÇA, seja ela qual for, tanto na cultura como na economia ou até mesmo no
espaço que ela ocupa e no impacto que ela causará em seu ambiente. A seguir, veremos um pouco mais sobre
essas indústrias, como e porque, que um lugar que comporta uma ou várias
indústrias se modifica, e modifica a vida de sua população; como os meios de
transporte e comunicação podem influenciar para a industrialização de uma
determinada região.
Porque as indústrias tendem a se
concentrar mais em uma determinada região?
Como fica o desenvolvimento de uma região
pouco industrializada?
Essas e outras questões, serão abordadas a
seguir, tendo como principal objetivo fazer que se entenda melhor o papel desta
gigante chamada INDÚSTRIA !
A DISTRIBUIÇÃO
ESPACIAL DAS INDÚSTRIAS NO BRASIL
A atividade industrial, muito concentrada
no Sudeste brasileiro, de uns tempos pra cá, vem se distribuindo melhor entre
as diversas regiões do país. Atualmente, seguindo uma tendência mundial, o
Brasil vem passando por um processo de descentralização industrial, chamada por
alguns autores de desindustrialização, que vem ocorrendo intra-regionalmente e
também entre as regiões.
Dentro da Região Sudeste há uma tendência
de saída do ABCD Paulista, buscando menores custos de produção do interior
paulista, no Vale do Paraíba ao longo da Rodovia Fernão Dias, que liga São
Paulo à Belo Horizonte. Estas áreas oferecem, além de incentivos fiscais,
menores custos de mão-de-obra, transportes menos congestionados e por
tratarem-se de cidades-médias, melhor qualidade de vida, o que é vital quando
trata-se de tecnopolos.
A desconcentração industrial entre as
regiões vem determinando o crescimento de cidades-médias dotadas de boa
infra-estrutura e com centros formadores de mão-de-obra qualificada, geralmente
universidades. Além disso, percebe-se um movimento de indústrias tradicionais,
de uso intensivo de mão-de-obra, como a de calçados e vestuários para o
Nordeste, atraídas sobretudo, pela mão-de-obra extremamente barata.
A CONCENTRAÇÃO
INDUSTRIAL NO SUDESTE
A distribuição espacial da indústria
brasileira, com acentuada concentração em São Paulo, foi determinada pelo
processo histórico, já que no momento do início da efetiva industrialização, o
estado tinha, devido à cafeicultura, os principais fatores para instalação das
indústrias a saber: capital, mercado consumidor, mão-de-obra e transportes.
Além disso, a atuação estatal através de
diversos planos governamentais, como o Plano de Metas, acentuou esta
concentração no Sudeste, destacando novamente São Paulo. A partir desse
processo industrial e, respectiva concentração, o Brasil, que não possuía um
espaço geográfico nacional integrado, tendo uma estrutura de arquipélago
econômico com várias áreas desarticuladas, passa a se integrar. Esta integração
reflete nossa divisão inter-regional do trabalho, sendo tipicamente
centro-periferia, ou seja, com a região Sudeste polarizando as demais.
A exemplo do que ocorre em outros países
industrializados, existe no Brasil uma grande concentração espacial da
indústria no Sudeste.A concentração industrial no Sudeste é maior no Estado de
São Paulo, por motivos históricos. O processo de industrialização, entretanto,
não atingiu toda a região Sudeste, o que produziu espaços geográficos
diferenciados e grandes desigualdades dentro da própria região. A cidade de São
Paulo, o ABCD(Santo André,São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema)e
centros próximos, como Campinas, Jundiaí e São José dos Campos possuem uma
superconcentração industrial, elaborando espaços geográficos integrados à
região metropolitana de São Paulo.Esta área tornou-se o centro da
industrialização, que se expandiu nas seguintes direções: par a Baixada
Santista, para a região de Sorocaba, para o Vale do Paraíba – Rio de Janeiro e
interior, alcançando Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.
AS ATIVIDADES
ECONÔMICAS E INDUSTRIAIS NAS 05 REGIÕES DO BRASIL
Sudeste:
Como
descrito anteriormente, o Sudeste, é a região que possui a maior concentração
industrial do país.
Nesta área, os principais tipos de
indústrias são: automobilística, petroquímica, de produtos químicos,
alimentares, de minerais não metálicos, têxtil, de vestuário, metalúrgica,
mecânica, etc. É um centro polindustrial, marcado pela variedade e volume de
produção.
Várias empresas multinacionais operam nos
setores automobilísticos de máquinas e motores, produtos químicos,
petroquímicos, etc. As empresas governamentais atuam principalmente nos setores
de siderurgia. Petróleo e metalurgia, enquanto empresas nacionais ocupam áreas
diversificadas.
O grande interesse de empresas
multinacionais é principalmente pela mão-de-obra mais barata, pelo forte
mercado consumidor e pela exportação dos produtos industriais a preços mais
baixos. Quem observa a saída de navios dos portos de Santos e do Rio de Janeiro
tem oportunidade de verificar quantos produtos industriais saem do Brasil para
outros países. E aí vem a pergunta:com quem fica o lucro dessas operações? Será
que fica para os trabalhadores que as produziram?
A cidade do Rio de Janeiro, caracterizada
durante muito tempo como capital administrativa do Brasil até a criação de
Brasília, possui também um grande parque industrial. Porém, não tem as mesmas
características de alta produção e concentração de São Paulo. Constitui-se
também,de empresas de vários tipos, destacando-se as indústrias de refino de
petróleo, estaleiros, indústria de material de transporte, tecelagem,
metalurgia, papel, têxtil, vestuário, alimentos, etc.
Minas Gerais, de passado ligado à
mineração, assumiu importância no setor metalúrgico após a 2º Guerra Mundial e
passou a produzir principalmente aço, ferro-gusa e cimento para as principais
fábricas do Sudeste. Belo Horizonte tornou-se um centro industrial
diversificado, com indústrias que vão desde o extrativismo ao setor
automobilístico.
Além do triângulo São Paulo, Rio de Janeiro,
Belo Horizonte, existem no Sudeste outras áreas industriais, a maioria
apresentando ligação direta com algum produto ou com a ocorrência de
matéria-prima. É o caso de Volta Redonda, Ipatinga, Timóteo, João Monlevade e
Ouro Branco, entre outras, ligadas à siderurgia. Outros centros industriais
estão ligados à produção local, como Campos e Macaé (açúcar e álcool), Três
Corações, Araxá e Itaperuna (leite e derivados), Franca e Nova Serrana (calçados),
Araguari e Uberlândia (cereais), etc.
O estado do Espírito Santo é o menos
industrializado do Sudeste, tendo centros industriais especializados como:
Aracruz, Ibiraçu, Cachoeiro de Itapemirim
Vitória, a capital do Estado, tem
atividades econômicas diversificadas, relacionadas à sua situação portuária e
às indústrias ligadas à usina siderúrgica de Tubarão.
No Sudeste, outras atividades estão muito
ligadas à vida urbana e industrial: comercio, serviço público, profissionais
liberais, educação, serviços bancários, de comunicação, de transporte, etc.
Quanto maior a cidade, maiores variedades de profissionais aparecem ligados às
atividades urbanas.
Como entre São Paulo, Rio e Belo Horizonte
concentra-se a maior produção industrial do país, a circulação de pessoas e
mercadorias é muito intensa na região. Milhares de pessoas estão envolvidas na
comercialização, transporte e distribuição dos produtos destinados à
industrialização, ao consumo interno ou à exportação. Considerada também o
centro cultural do país, a região possui uma vasta rede de prestação de
serviços em todos os ramos, com grande capacidade de expansão, graças ao
crescimento de suas cidades.