TIPOLOGIAS TEXTUAIS
As tipologias
textuais, também chamadas de tipos textuais ou tipos de texto, são as
diferentes formas que um texto pode apresentar, visando responder a diferentes
intenções comunicativas.
Os aspectos
constitutivos de um texto divergem mediante a finalidade do texto: contar,
descrever, argumentar, informar,…
Diferentes tipos
de texto apresentam diferentes características: estrutura, construções
frásicas, linguagem, vocabulário, tempos verbais, relações lógicas, modo de
interação com o leitor,…
Podemos distinguir
os seguintes tipos textuais:
- Texto
narrativo;
- Texto
descritivo;
- Texto
dissertativo (expositivo e argumentativo);
- Texto
explicativo (injuntivo e prescritivo).
É de salientar que
um único texto pode apresentar passagens de várias tipologias textuais.
Texto narrativo
A principal
finalidade de um texto narrativo é contar uma história através de uma sequência
de ações reais ou imaginárias. A narração da história é construída à volta de
elementos narrativos, como o espaço, tempo, personagem, enredo e narrador.
Exemplos de texto
narrativo:
- romances:
- contos;
- fábulas;
- depoimentos;
- relatos;
- ...
Texto descritivo
A principal
finalidade de um texto descritivo é apresentar a descrição pormenorizada de
algo ou alguém, levando o leitor a criar uma imagem mental do objeto ou ser
descrito. A descrição pode ser mais objetiva ou mais subjetiva, focando apenas
aspectos mais importantes ou também detalhes específicos.
Os textos
descritivos não são, habitualmente, textos autônomos. O que acontece mais frequentemente
é a existência de passagens descritivas inseridas em textos narrativos, havendo
uma pausa na narração para a descrição de um objeto, pessoa ou lugar.
Exemplos de texto
descritivo:
- folhetos
turísticos;
- cardápios
de restaurantes;
- classificados;
- ...
Texto dissertativo
(expositivo e argumentativo)
A principal
finalidade de um texto dissertativo é informar e esclarecer o leitor através da
exposição rigorosa e clara de um determinado assunto ou tema.
Os textos
dissertativos podem ser expositivos ou argumentativos. Um texto
dissertativo-expositivo visa apenas expor um ponto de vista, não havendo a
necessidade de convencer o leitor. Já o texto dissertativo-argumentativo visa
persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese defendida.
Exemplos de texto
dissertativo-expositivo:
- enciclopédias;
- resumos
escolares;
- jornais;
- verbetes
de dicionário;
- ...
Exemplos de texto
dissertativo-argumentativo:
- artigos
de opinião;
- abaixo-assinados;
- manifestos;
- sermões;
- ...
VIDEOS:
REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
https://beduka.com/blog/exercicios/portugues-exercicios/exercicios-sobre-tipos-textuais/
https://www.todamateria.com.br/texto-descritivo/
https://www.portugues.com.br/redacao/tipos-textuais.html
CEREJA, William Roberto; VIANNA, Carolina Dias. Português
contemporâneo: diálogo, reflexo e uso. Volume3, ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MESQUITA, Roberto Melo. Gramática da Língua
Portuguesa - Ensino Médio - 11ª Ed. ,2014, Saraiva.
ATIVIDADES
PARA AVERIGUAÇÃO DA APRENDIZAGEM
1. Preencha
os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a
alternativa que indica a correspondência correta.
1.
Narrar
2.
Argumentar
3.
Expor
4.
Descrever
5.
Prescrever
( ) Ato próprio de textos em que
há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com emprego
abundante de verbos no modo imperativo.
( ) Ato próprio de textos em que
há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações,
avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
( ) Ato próprio de textos em que
se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e tempo,
envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo
de texto.
( ) Ato próprio de textos em que
retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc.,
com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade.
( ) Ato próprio de textos em que
há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um
ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal,
argumentos e conclusão.
a) 3, 5, 1,
2, 4
b) 5, 3, 1,
4, 2
c) 4, 2, 3,
1, 5
d) 5, 3, 4,
1, 2
e) 2, 3, 1,
4, 5
2. (FUNCAB)
Internet
e a importância da imprensa
Este
artigo não é sobre a pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos
de as redes sociais empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos
aspectos mais festejados da internet: o empowerment (“empoderamento”,
fortalecimento) do cidadão proporcionado pela grande rede.
É
a primeira vez na História em que todos, ou quase todos, podem exercer a sua
liberdade de expressão, escrevendo o que quiserem na internet. De forma
instantânea, o que cada um publica está virtualmente acessível aos cinco
continentes. Tal fato, inimaginável décadas atrás, vem modificando as relações
sociais e políticas: diversos governos caíram em virtude da mobilização
virtual, notícias antes censuradas são agora publicadas na rede, etc. Há um
novo cenário democrático mais aberto, mais participativo, mais livre.
E
o que pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade de conexão com outras
pessoas tem provocado um novo fenômeno social. Com a internet, não é mais
necessário conviver (e conversar) com pessoas que pensam de forma diferente.
Com enorme facilidade, posso encontrar indivíduos “iguais” a mim, por mais
minoritária que seja a minha posição.
O
risco está em que é muito fácil aderir ao seu clube” e, por comodidade, quase
sem perceber, ir se encerrando nele. Não é infrequente que dentro dos guetos,
físicos ou virtuais, ocorra um processo que desemboca no fanatismo e no
extremismo.
Em
razão da ausência de diálogo entre posições diversas, o ativismo na internet
nem sempre tem enriquecido o debate público. O empowerment digital é
frequentemente utilizado apenas como um instrumento de pressão, o que é
legítimo democraticamente, mas, não raras vezes, cruza a linha, para se
configurar como intimidação, o que já não é tão legítimo assim...
A
internet, como espaço de liberdade, não garante por si só a criação de
consensos nem o estabelecimento de uma base comum para o debate.
Evidencia-se,
aqui, um ponto importante. A internet não substitui a imprensa. Pelo contrário,
esse fenômeno dos novos guetos põe em destaque o papel da imprensa no jogo
democrático. Ao selecionar o que se publica, ela acaba sendo um importante
moderador do debate público. Aquilo que muitos poderiam ver como uma limitação
é o que torna possível o diálogo, ao criar um espaço de discussão num contexto
de civilidade democrática, no qual o outro lado também é ouvido.
A
racionalidade não dialogada é estreita, já que todos nós temos muitos
condicionantes, que configuram o nosso modo de ver o mundo. Sozinhos, nunca
somos totalmente isentos, temos sempre um determinado viés. Numa época de
incertezas sobre o futuro da mídia, aí está um dos grandes diferenciais de um
jornal em relação ao que simplesmente é publicado na rede.
Imprensa
e internet não são mundos paralelos: comunicam-se mutuamente, o que é benéfico
a todos. No entanto, seria um empobrecimento democrático para um país se a
primeira página de um jornal fosse simplesmente o reflexo da audiência virtual
da noite anterior. Nunca foi tão necessária uma ponderação serena e coletiva do
que será manchete no dia seguinte.
O
perigo da internet não está propriamente nela. O risco é considerarmos que,
pelo seu sucesso, todos os outros âmbitos devam seguir a sua mesma lógica,
predominantemente quantitativa. O mundo contemporâneo, cada vez mais
intensamente marcado pelo virtual, necessita também de outros olhares, de
outras cores. A internet, mesmo sendo plural, não tem por que se tornar um
monopólio.
(CAVALCANTI, N. da Rocha.
Jornal “O Estado de S. Paulo”, 12/05/14, com adaptações.)
Pelas
características da organização do discurso, a respeito do texto pode-se afirmar
que se trata de uma:
a)
dissertação de caráter expositivo, pois explica, reflete e avalia ideias de
modo objetivo, com intenção de informar ou esclarecer.
b)
narração, por reportar-se a fatos ocorridos em determinado tempo e lugar,
envolvendo personagens, numa relação temporal de anterioridade e
posterioridade.
c)
dissertação de caráter argumentativo, pois faz a defesa de uma tese com base em
argumentos, numa progressão lógica de ideias, com o objetivo de persuasão.
d)
descrição, por retratar uma realidade do mundo objetivo a partir de
caracterizações, pelo uso expressivo de adjetivos.
e)
expressão injuntiva, por indicar como realizar uma ação, utilizando linguagem
simples e objetiva, com verbos no modo imperativo.
3. Sobre os
tipos textuais, é correto afirmar, exceto:
a)
Os tipos textuais são caracterizados por propriedades linguísticas, como
vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais, etc.
b)
Os tipos textuais são: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição.
c)
Geralmente variam entre cinco e nove tipos.
d)
Possuem um conjunto ilimitado de características, que são determinadas de
acordo com o estilo do autor, conteúdo, composição e função.
e)
Os tipos de textos apresentam características intrínsecas e invariáveis, ou
seja, não sofrem a influência do contexto de nossas atividades comunicativas.
De maneira predeterminada, apresentam vocabulário, relações lógicas, tempos
verbais e construções frasais que acolhem os diversos gêneros.
4. Analise
os fragmentos a seguir e assinale a alternativa que indique as tipologias
textuais às quais eles pertencem:
Texto I
“Dario vinha apressado,
guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo
até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se
na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três
passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca,
moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que
devia sofrer de ataque (...)”. (Dalton Trevisan – Uma vela para Dario).
Texto 2
“Era um
homem alto, robusto, muito forte, que caminhava lentamente, como
se precisasse fazer esforço para movimentar seu corpo gigantesco. Tinha,
em contrapartida, uma cara de menino, que a expressão alegre acentuava
ainda mais.”
Texto 3
Novas
tecnologias
Atualmente, prevalece na mídia
um discurso de exaltação das novas tecnologias, principalmente aquelas ligadas
às atividades de telecomunicações. Expressões frequentes como “o futuro já
chegou”, “maravilhas tecnológicas” e “conexão total com o mundo”
“fetichizam” novos produtos, transformando-os em objetos do desejo, de
consumo obrigatório. Por esse motivo carregamos hoje
nos bolsos, bolsas e mochilas o “futuro” tão festejado.
Todavia, não podemos
reduzir-nos a meras vítimas de um aparelho midiático perverso, ou de um
aparelho capitalista controlador. Há perversão, certamente, e controle, sem
sombra de dúvida. Entretanto, desenvolvemos uma relação simbiótica de
dependência mútua com os veículos de comunicação, que se estreita a cada imagem
compartilhada e a cada dossiê pessoal transformado em objeto público de
entretenimento.
Não mais como aqueles
acorrentados na caverna de Platão, somos livres para nos aprisionar, por
espontânea vontade, a esta relação sadomasoquista com as estruturas midiáticas,
na qual tanto controlamos quanto somos controlados.
SAMPAIO, A. S. A microfísica do espetáculo. Disponível em:
http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado).
Texto 4
Modo
de preparo:
1.
Bata no liquidificador primeiro
a cenoura com os ovos e o óleo, acrescente o açúcar e bata por 5 minutos;
2.
Depois, numa tigela ou na
batedeira, coloque o restante dos ingredientes, misturando tudo, menos o
fermento;
3.
Esse é misturado lentamente com
uma colher;
4.
Asse em forno preaquecido (180°
C) por 40 minutos.
a) narração
– descrição – dissertação – prescrição.
b) descrição
– narração – dissertação – prescrição.
c)
dissertação – prescrição – descrição – narração.
d)
prescrição – descrição – dissertação – narração.