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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

3ª Aula de Filosofia da IV Unidade (2 A,B,C e D)





Não deixe de assistir!






O que é filosofia da linguagem?


      É um ramo da Filosofia que toma a linguagem como objeto de investigação filosófico-linguística. Para tanto, ela mobiliza conceitos e métodos de ambas as áreas do saber filosófico e linguístico tendo em vista refletir sobre questões acerca do significado, dos limites e possibilidades da linguagem bem como a relação da linguagem com a realidade material e imaterial humana. Vejamos um de seus maiores representantes.

     

 Ludwig Wittgenstein 


         Ludwig Wittgenstein (1889-1951) foi, sem dúvida, um dos filósofos mais influentes do século XX e o principal responsável pela chamada virada linguística da filosofia, movimento que colocou a linguagem no centro da reflexão filosófica, deixando de figurar apenas como um meio para nomear as coisas ou transmitir pensamentos. 

      Em Wittgenstein, como em Sócrates, vemos um filósofo que procura viver coerentemente com suas crenças filosóficas. Ele recusou a fortuna de sua família e trabalhou em funções humildes, como ajudante de jardineiro em um mosteiro e porteiro em um hospital. 

       Em sua trajetória intelectual, Wittgenstein foi capaz de realizar uma profunda revisão de sua própria teoria, a tal ponto que muitos estudiosos de sua obra filosófica a dividem em dois períodos: o "primeiro Wittgenstein", que corresponderia ao seu "Tractatus Logico-Philosophicus", publicado em 1921, e o "segundo Wittgenstein", cuja obra principal é "Investigações Filosóficas", publicada postumamente. 

        Embora se tratem de "dois wittgensteins", que influenciaram escolas filosóficas diferentes, a linguagem permanece o tema principal de sua reflexão e o que fornece unidade a sua obra


       Tractatus Logico-Philosophicus 


         No "Tractatus Logico-Philosophicus" - um conjunto de aforismos e corolários divididos de 1 a 7 -, Wittgenstein tenta romper com a visão tradicional da filosofia, que vê o mundo como um mero agregado de coisas que podem ser pensadas de modo independente umas das outras. Tal visão não é incorreta, apenas incapaz de explicar qual a relação existente entre as coisas.

         As coisas, por si só, não têm sentido, pois elas ganham significado quando relacionadas com outras coisas. Da mesma forma como não conseguimos pensar em algo fora do espaço e do tempo, "também não podemos pensar em nenhum objeto fora da possibilidade de sua ligação com outros".

       Para que algo possa ter significado é preciso que apareça dentro de uma relação com outros objetos em um determinado estado de coisas. Estar ligado a um estado de coisas é, ao mesmo tempo, a condição para que um objeto possa aparecer e ser pensado. 

       Com as palavras acontece a mesma coisa. Elas só adquirem significado quando inseridas em uma frase, pois somente as frases podem ser consideradas verdadeiras ou falsas. Dizer, por exemplo, "cadeira" é algo que carece de complemento para se tornar uma unidade significativa. É somente quando tenho uma frase como "a cadeira está na cozinha" que posso dizer se essa proposição é verdadeira ou falsa. Eu não poderia, porém, saber se uma frase é ou não verdadeira se ela não correspondesse à estrutura do mundo, ou seja, a ordem das coisas no mundo. Mas como a linguagem pode representar a estrutura do mundo?

Fonte:https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/filosofia-da-linguagem-3-wittgenstein-e-a-figuracao-do-mundo.

Averiguação da Aprendizagem.


1)O filósofo judeu Ludwig Wittgenstein (1889-1951) afirmava que “tudo que podia ser pensado podia ser dito”. Para ele, “nada pode ser dito sobre algo, como Deus, que não podia ser pensado direito” e “sobre o que não se pode falar, deve-se ficar calado”.


(   )Com base nessas teses fundamentais do pensamento de Wittgenstein, pode-se interpretar sua filosofia como

(    )a busca pela clareza na filosofia, evitando-se temas metafísicos.

(    )o fundamento da censura no mundo moderno, uma vez que inibe o livre pensamento.

(     )uma tentativa de combater o nazismo e suas ideias absurdas, indizíveis.

(    )uma tentativa de transformar o debate filosófico num debate retórico.




2.) (UFFS – FEPESE – 2010 – Universidade Federal Fronteira Sul) No Tractatus Logico-Philosophicus, Wittgenstein trata, dentre outros assuntos, da relação entre o mundo e a linguagem.

Assinale a alternativa que reflete essa relação.

(   ) Posso afirmar o que o mundo é.

(   ) O mundo é a totalidade das coisas, não dos fatos.

(   ) Dizer algo do mundo é mostrar algo no mundo.

(   ) Posso descrever o mundo dentro dos limites da minha linguagem, e esta por sua vez é limitada pelo mundo.

(   ) Na linguagem, a significação de uma expressão qualquer sobre o mundo deve repousar na verdade.



3. (CespeUnb – 2009) Ludwig Wittgenstein influenciou decisivamente a Filosofia da Linguagem contemporânea, também identificada como Filosofia Analítica. Da obra “Tratado lógico-filosófico”, uma das afirmações mais célebres é: “Sobre aquilo de que não se pode falar, devemos calar”. Sobre tal argumento, está INCORRETO concluir que

(   ) a análise da linguagem é a mais eficiente para resolver os problemas filosóficos.

(   ) a tarefa da Filosofia consiste mais em construir teorias metafísicas do que em elaborar métodos de análise.

(   ) o problema da Filosofia tem sido o desconhecimento das regras ocultas nos jogos de linguagem.

(   ) as proposições da metafísica, da estética, da religião e da ética representam absurdos lógicos.

(   ) os problemas filosóficos não são necessariamente falsos, mas, em grande parte, são desprovidos de significado lógico e linguístico.


4) Sobre Wittgenstein e sua Filosofia é correto afirmar:


(   ) Defende que a tarefa da crítica consiste em examinar os limites da razão teórica e estabelecer os critérios do conhecimento legítimo.

(   ) É o responsável pela superação do aristotelismo e pelo advento do conceito moderno de ciência.

(   ) É considerado o iniciador da corrente filosófica conhecida como Filosofia Analítica, que tem como interesse a investigação acerca das formas e dos modos de funcionamento da linguagem.

(   ) A sua obra Tractatus Logicus Philosophicus versa sobre a relação entre forma lógica da linguagem e a sua relação com o divino.