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terça-feira, 30 de junho de 2020

3º Anos A/B/C/D - 2º ATIVIDADE/ARTE (Arte pré-colombiana)





Arte pré-colombiana


Definição

           Consideram-se arte pré-colombiana as manifestações artísticas dos povos nativos da América espanhola antes da chegada de Cristóvão Colombo, em 1492. Tudo o que resta das grandes civilizações do período anterior à colonização do continente americano pelos europeus é sua "arte".  Neste caso "arte" compreende objetos com funções definidas, em geral mágica ou religiosa, e também artigos simplesmente belos, criados para decoração. Fazem parte do universo artístico dessas civilizações tanto os templos e casas quanto as esculturas, relevos, pinturas, utensílios domésticos, objetos ornamentais, amuletos e tecidos.  As obras são realizadas por artífices, cuja tarefa é transpor para os materiais (pedra, barro, metal etc.) padrões de representação predeterminados pelas crenças ou ciências de cada povo. Entre os estudiosos, a identificação, a interpretação e a comparação dos sistemas de representação dos povos ameríndios servem para classificá-los e decifrar um pouco de sua cultura como um todo.
            Descobertas arqueológicas indicam que o homem está presente na América há pelo menos 20 mil anos. Contudo, são três as principais civilizações ameríndias conhecidas, a saber: Maias, astecas e incas. 

Maias

            Surge na península de Yucatán, na América Central, por volta de 2.600 a.C., e ocupa a região mesoamericana. Quando os espanhóis iniciam a colonização da América, esse povo já se encontra em declínio. O auge da civilização maia é conhecido como período clássico e ocorre entre os anos 250 e 900 d.C. Nesse período, esse povo realizou um grande número de construções, e a população que habitava a região alcançou seu pico. Excelentes arquitetos, escultores e pintores, os maias são chamados de "intelectuais do Novo Mundo" por causa dos avançados sistemas numéricos e astronômicos, da escrita hieroglífica e de seu complexo calendário. Em esculturas e pinturas, utilizam tanto os padrões geométricos e zoomórficos estilizados quanto figuras humanas. O que pode parecer simples elemento decorativo, na verdade é a expressão dos sistemas linguístico e numérico desse povo. Não conhecem a metalurgia e trabalham sobretudo com pedra e argila. Os exemplares mais significativos da pintura maia encontram-se em seus códices iluminados. Sabe-se que para eles toda cor é símbolo de algo (preta é a cor da guerra, amarela da fecundidade etc.) bem como a cada deus corresponde um algarismo. Itzama é o principal deus dos maias, considerado o criador do calendário, da escrita e do sistema numérico.
            O povo maia se destaca pela organização de suas cidades e construções. Em geral são pouco elevadas e contrastam com os templos muito altos, construídos sobre elevadas pirâmides maciças de pedra. Os maias são responsáveis pela criação das "falsas abóbadas", utilizadas para cobrir corredores, quartos e jazigos. Todos os monumentos, templos e palácios são abundantemente decorados: esse povo tem horror a espaços vazios; em geral ornamentos e hieróglifos envolvem personagens representadas, e são compostos segundo um elevado sentido de simetria.

Astecas

            Os astecas foram a principal civilização mesoamericana e uma das principais civilizações pré-colombianas. Construíram sua capital em meados do século XIV e tinham uma cultura rica, que herdou elementos de diversos povos da Mesoamérica (região da América Central que corresponde a países como México, Guatemala, El Salvador etc.), tais como toltecas e maias. Sua sociedade era hierarquizada, cada qual possuindo seu papel específico. O império asteca inicia-se em 1376 e vai até 1521, quando Tenochtitlán, a capital do império, é conquistada e destruída pelos espanhóis, que sobre ela edificam a atual Cidade do México.
            O centro político, religioso e econômico é a construção chamada "Templo Maior". Povo guerreiro, o militarismo predomina em todos os aspectos da vida entre eles. Os principais deuses patrocinam as conquistas guerreiras; os ritos e a arte litúrgica envolvem o sacrifício de prisioneiros; as expressões plásticas insistem na iconografia relacionada com a guerra. Por isso, muitas das esculturas astecas têm ar macabro: é comum encontrar máscaras de crânios humanos decorados com barro ou crânios e cabeças de pedra com as órbitas vazias. As esculturas são sólidas, feitas em blocos maciços desbastados e de formas estilizadas. Os artistas e artesãos astecas têm grande habilidade manual: trabalham os metais e as pedras preciosas; dedicam-se à arte plumária e à fabricação de tecidos com motivos geométricos num rico colorido; executam pinturas murais e miniaturas em faixas de pele de veado ou feltro fino.

Incas

            A terceira maior civilização pré-colombiana, a inca, se desenvolve nos Andes, na América do Sul, nas regiões atuais do Peru, Bolívia, Equador, expandindo-se a partes da Colômbia, Chile e Argentina. Os incas iniciam o processo de expansão e hegemonia em 1438 na capital, Cuzco, sul do Peru, dando origem ao império inca ou tawantinsuyo, em língua quéchua. Povo agrícola, os incas inventam o quipu, sistema contábil baseado em cordas de cores e tamanhos diversos, e não desenvolvem uma linguagem escrita. Na arquitetura dão preferência ao simples e funcional, sem muita decoração. Destacam-se pela organização e edificação das cidades (com plantas regulares em xadrez ou em forma oval), precedida por um trabalho de planificação e engenharia (utilizam principalmente técnica de encaixe de pedras para construir). Na cerâmica apreciam as formas puras trabalhadas com motivos geométricos e diversas cores. Os tecidos são ricos no colorido e decorados com desenhos estilizados. Sabem trabalhar com destreza o ouro e a prata, que utilizam na decoração de portas e muros ou como artefatos de adorno, e em objetos litúrgicos.
            Considerados um povo politeísta, os Incas acreditavam que Virachocha criara o Sol a Lua e, através deles, a humanidade. Para eles, a forças da natureza regiam a vida e, portanto, entre seus principais deuses estavam o sol, a lua, a chuva, o trovão e o vento. Mas, assim como nas principais religiões monoteístas, o mais importante dos deuses era o regente do sol, o deus Inti.


            
Religião
            
            No campo religioso, todas essas civilizações eram politeístas, ou seja, acreditavam em diversos deuses e tinham o sacrifício humano como uma prática ritualística muito importante. Esses sacrifícios também tinham uma considerável importância política para esse povo.


Atividade (Atenção, para resolução desta, use preferencialmente o FORMS - https://forms.gle/KQmotdvy6yudK53XA )


1. A história dos maias foi dividida pelos historiadores em três fases distintas. A principal delas aconteceu entre 250 d. C. e 900 d.C.  Qual das alternativas abaixo nega a afirmativa incorreta? 
a) Período Itzamná
b) Período Imperial
c) Período Clássico
d) Período Sacrificial
e) Período Pós-Zapoteca
2. O termo “Inca”, apesar de estar associado a uma civilização pré-colombiana, não designa uma etnia, mas sim seu governante. O Inca era considerado descendente direto do Deus Sol. Isso o tornava legislador, executor das leis e comandante supremo do exército. Qual era, então, a etnia dominante governada pelo Inca e em que região da América ela se desenvolveu?
a) Etnia Bantu, que se desenvolveu na região norte da América do Sul, sobretudo nos atuais Peru e Equador.
b) Etnia olmeca, que se desenvolveu no atual México e que deu origem aos astecas, posteriormente.
c) Etnia tupi-guarani, que se desenvolveu na região da Amazônia e compreende a atual Colômbia e o atual estado do Amazonas.
d) Etnia Quíchua, que se desenvolveu na região norte da América do Sul, sobretudo nos atuais Peru e Equador.
e) Etnia Sioux, que se desenvolveu no norte dos Estados Unidos, perto da região dos Grandes Lagos, na fronteira com o Canadá.
3. “Os astecas (azteca) ou mexicanos (mexica) dominavam com esplendor a maior parte do México quando os conquistadores espanhóis ali chegaram, em 1519. Sua língua e sua religião tinham-se imposto sobre imensas extensões de terra desde o Atlântico até o Pacífico e das regiões áridas setentrionais até a Guatemala. O nome de seu soberano Motecuhzoma era venerado ou temido de uma ponta a outra daquele vasto território. Seus comerciantes com suas caravanas de carregadores percorriam o país em todos os sentidos. Em Tenochtitlán (México), sua capital, a arquitetura e a escultura haviam alcançado um impulso extraordinário, enquanto o luxo crescia no vestuário, à mesa, nos jardins e na. São características da civilização asteca, exceto:
a) A unidade social básica era o calpulli, comunidade residencial com direitos comuns sobre a terra e uma organização interna de tipo administrativo, judiciário, militar e fiscal.

b) Tenochtitlán, a capital asteca, segundo a tradição, fundada em 1325, era o centro de um comércio de longa distância e polo de atração para artesãos e vendedores, tendo-se convertido em uma das maiores cidades do mundo com a expansão do poderio asteca.

c) A economia era de base agrícola e fundamentada na cultura do milho e do feijão, sendo o cultivo por chinampas (pequenas ilhas artificiais construídas mediante o acúmulo de lama e plantas aquáticas nas margens pantanosas dos lagos), a técnica mais inovadora empregada na agricultura irrigada.

d) A sociedade asteca era dominada por uma dupla hierarquia: a dos dignitários (indivíduos investidos de altas funções militares ou civis) e a dos sacerdotes. No ápice, havia o rei (Huey Tlatoani), cujo cargo era eletivo.

e) A civilização asteca não possuía a prática de realizar sacrifícios humanos em seus rituais religiosos.
4. A civilização asteca tinha por centro a região que hoje corresponde:
a) ao Caribe;
b) ao México;
c) ao litoral pacífico dos EUA;
d) ao Peru;
d) à Venezuela.




















Referências