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segunda-feira, 15 de junho de 2020

3° ANOS A/B/C/D, 1ª ATIVIDADE DE PORTUGUÊS




COLÉGIO ESTADUAL FAUSTO CARDOSO
 PROFESSORAS Carla Correia e Jackeline Araújo


FATORES DE TEXTUALIDADE

A textualidade é o encadeamento que se dá ao longo do texto através da ligação semântica de sentenças. Nela, existem 7 fatores fundamentais para o desenvolvimento de um texto. Entendeu? Não? Calma que a gente descomplica pra você!

1- Coerência
É a harmonia de sentido entre os enunciados que constituem um texto e é um dos fatores mais importantes para a realização da prova do ENEM – junto com a coesão – ela esta compreendida na competência 3 da Matriz de Referência para Redação do ENEM, que visa “selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista”.

2- Coesão
A coesão é a competência 4 da Matriz de Referência, muito importante para a construção da argumentação, sendo realizada por meio de marcas linguísticas, índices formais na estrutura da sequência linguística, que promovem a conexão entre as partes de um texto, como os pronomes, advérbios, conjunções, sinônimos, antônimos, etc.

3- Informatividade
Esse fator de textualidade, embora não muito conhecido é de extrema importância pra você que vai escrever uma redação, em especial, a do ENEM. A informatividade está relacionada ao grau de previsibilidade do texto. Quanto mais previsível, menos informativo.  Quando o avaliador do ENEM começa a ler um texto, ele espera que o aluno fuja do senso comum, e usufrua do seu conhecimento de mundo para argumentar sobre a situação-problema do tema. Com isso, você vai ganhar muitos pontos na competência 3, pois quanto mais informações novas, mais informatividade ele trará.

4- Intencionalidade
A intencionalidade é o empenho do produtor em construir um discurso coerente, capaz de satisfazer os objetivos que tem em mente numa determinada situação. A intenção do seu texto é expor a sua tese, argumentar sobre ela no desenvolvimento e concluir com uma proposta de intervenção. Ela também compreende a competência 3, pois vai selecionar argumentos em defesa de um ponto de vista, acerca de um tema proposto.

5- Aceitabilidade
A aceitabilidade diz respeito à expectativa do receptor de que o texto que está sendo lido seja útil e relevante. Esse fator é que vai levar seu texto para a nota 1000, pois compreende as competências 1, por dominar a modalidade formal da Língua Portuguesa; a competência 2 por compreender o tema da redação e a estrutura do texto dissertativo-argumentativo; a competência 3 por relacionar argumentos em defesa de um ponto de vista; a competência 4 por usar mecanismos coesivos e finalmente, a competência 5 por elaborar uma proposta de intervenção, respeitando os direitos humanos. São todas essas habilidades que farão seu texto ser bem aceito pelo avaliador por corresponder às suas expectativas.

6- Situacionalidade
Esse fator diz respeito à adequação do texto em uma situação, referindo-se ao conhecimento da situação comunicativa e às suas regras. Esse fator está relacionado com a competência 1 da prova de redação do ENEM, que é o conhecimento da norma culta da Língua Portuguesa. Sendo então, o conhecimento da situação comunicativa (prova de vestibular) e às suas regras (domínio da norma culta).

7- Intertextualidade
A intertextualidade é a relação entre textos, ou seja, a exploração do seu conhecimento de mundo, pois ao produzirmos um texto, deixamos nele, marcas de outras leituras.  Essa intertextualidade pode ser explícita, quando a fonte é mencionada ou implícita, quando não há menção da fonte. Com isso, você deverá usar dos seus conhecimentos enciclopédicos, adquiridos ao longo da sua vida estudantil para fazer uso da intertextualidade e ganhar nota máxima na competência 2 e 3.





APROFUNDE OS SEUS CONHECIMENTOS ( não obrigatório )








 Atividade de averiguação de aprendizagem 
Entregar para o professor via whatsapp, até o dia 28/06.

  
1.(ENEM) Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
I. Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964)
II. Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)
III. Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Esta espécie ainda envergonhada.
(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por
a) reiteração de imagens.
b) oposição de ideias.
c) falta de criatividade.
d) negação dos versos.
e) ausência de recursos.

2. Sobre a intertextualidade explícita, podemos afirmar que:
a) Ocorre de maneira velada, sem a citação expressa do texto-fonte, cabendo ao leitor reativar informações em sua memória para perceber a intertextualidade.
b) Ocorre, apenas, nos textos poéticos, não sendo admitida em outros gêneros, como o gênero anúncio publicitário.
c) Ocorre somente por meio de paráfrase e paródia do texto-fonte.
d) Trata-se de um plágio do texto-fonte, ou seja, uma transcrição integral do texto-fonte.
e) Ocorre a citação da fonte do intertexto, podendo ser encontrada nas citações, nos resumos, resenhas e traduções, além de estar presente também em diversos anúncios publicitários.

3. (Enem - 2013)
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado. 
RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:
a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava ‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”

4.  ENEM 2017

Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam estratégias para introduzir e retomar ideias, promovendo a progressão do tema. No fragmento transcrito, um novo aspecto do tema é introduzido pela expressão
(A) “a  singularidade”
(B) “tais vantagens”
(C) “os gabos”
(D) “longe disso”
(E) “em geral”

5. PRODUÇÃO ATHENEU

1-Depois de ler o livro O Atheneu, sugerido inicialmente, faça um pequeno resumo, observando em seu texto os fatores de textualidade.
2- Verifique no enredo do livro O Atheneu, se há a presença de intertextualidade.