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segunda-feira, 13 de julho de 2020

1º ANO A, B, D - 3ª ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA -

OBS: RESPONDAM AS ATIVIDADES NO CADERNO E DEPOIS ACESSEM O GOOGLE FORMS PARA POSTAR AS RESPOSTAS ATÉ DIA 24/07/2020 (SEMPRE DAS 08H ATÉ 18H)

  • LEIAM O RESUMO DO ASSUNTO COM ATENÇÃO;
  • ASSISTAM ÀS VÍDEOAULAS SUGERIDAS;

 

A interpretação e compreensão textual


É sempre bom ressaltar sobre a importância da interpretação textual, aprimorar nossa competência no sentido de analisarmos minuciosamente um texto é requisito básico para a eficácia dos resultados.
Mas existe um procedimento específico para isto?
Como sabemos, a nossa capacidade no que se refere à escrita vai sendo aperfeiçoada paulatinamente, ou seja, fatores primordiais, como o hábito constante de leituras é decisivo para essa conquista.
Dessa forma, o enriquecimento do vocabulário, o domínio das estruturas linguísticas, como também a interpretação textual são competências adquiridas ao longo de nossa experiência.
Interpretar um texto significa “desvendar seus mistérios” quanto à questão do discurso, pois esse (o discurso) representa a mensagem que ora se deseja transmitir.
Quando falamos em interpretação, esta engloba uma série de particularidades, tais como pontuação, pois uma vírgula pode mudar o sentido de uma ideia, elementos gramaticais, como conjunções, preposições, entre outros.
Obviamente que, para haver uma boa interpretação, o texto deverá dispor de todos os requisitos essenciais para tal. Como por exemplo, coesão, coerência, paragrafação e, sobretudo, relações semânticas bem delimitadas, para que dessa maneira o leitor possa  interagir plenamente com as ideias retratadas por esse texto.
A questão discursiva tanto vale para textos escritos em prosa, quanto para aqueles escritos em forma de versos, pois por trás de uma simples estrofe há infinitos dizeres, que o leitor, com seu conhecimento de mundo, torna-se capaz de decifrá-los de uma forma bastante plausível.
Assim sendo, a linguagem é algo interativo, magnífico, surpreendente, autêntico e poderoso. Ao atribuirmos o adjetivo “poderoso”, estamos nos remetendo à ideia de que ela também possui uma finalidade persuasiva em meio ao processo de interlocução.
Assim, como mencionado anteriormente, é inegável a importância de estarmos aptos a interpretar todo e qualquer texto, independente de sua finalidade. E para que isto ocorra, é necessário lançarmos mão de certos recursos que nos são oferecidos, e muitas vezes não os priorizamos, como a leitura, a busca constante por informações extratextuais, para que assim nos tornemos leitores e escritores cada vez mais conscientes e eficazes.
O ato de interpretar um texto, como qualquer outra prática, precisa ser desenvolvido e trabalhado com afinco. 
Pensando em como essa tarefa é importante para todos os âmbitos de sua vida, separamos 8 incríveis dicas para que você saiba como interpretar qualquer tipo de texto e se dar bem em qualquer prova. Confira!


1. Leia muito

Nem todos são apaixonados pela leitura e por se aventurar em mundos diferentes e imaginários. No entanto, o ato de ler com frequência ajuda de maneira arrebatadora na interpretação textual.
Quando você lê muito, você passa a entender a linguagem que o autor adota e então começa a, de cara, enxergar os pontos mais importantes do texto sem muito esforço.


2. Identifique qual a sua forma de leitura

A segunda dica para ser um craque em interpretação de texto é: identifique seu modo de leitura.
Para alguns, uma leitura introspectiva, em silêncio e em um lugar tranquilo é a melhor maneira para conseguir entender perfeitamente a ideia do autor e enfim interpretar a mensagem passada por meio do texto.
Entretanto, para outros, recitar o texto, dando ênfase a determinados pontos, encenando cada partezinha. O seu jeito de ler é você quem decide, escolha um lugar reservado e se jogue na leitura. Isso vai fazer você se conhecer e entender de que maneira você conseguirá interpretá-lo melhor.


3. Marque as ideias mais importantes do texto em sua opinião

Bom, a terceira dica é marcar as partes mais importantes do texto em sua opinião.

4. Extraia todo conteúdo de imagens, gráficos e tabelas

Uma outra dica essencial para interpretar é saber como ler imagens, gráficos e tabelas. A linguagem não verbal também diz muito sobre o texto e é importante que você saiba como extrair todo o conteúdo que ela oferece. 


5. Volte ao texto sempre que achar necessário

A nossa quinta dica sobre interpretação de texto é: volte ao texto quantas vezes for necessário.

6. Faça um resumo de cada parágrafo do texto 

Bom, a sexta dica é super prática e pode, a princípio, parecer trabalhosa, mas é muito eficaz na hora de interpretar textos. 


7. Tente entender a linguagem do texto e qual o público alvo

A nossa sétima dica é muito valiosa, mas tem muito a ver com as dicas anteriores. Ao ler com calma e voltar ao texto sempre que necessário, será possível que você consiga identificar qual o público alvo do autor e como ele utiliza a linguagem para atingir esse público.


8. Leia o enunciado antes de ler o texto

Quando você estiver fazendo uma prova e se deparar com um textão, antes de lê-lo com calma e cuidado, vá ao enunciado e leia-o antes. Procure identificar com clareza o que ele pede e a apenas depois dessa identificação minuciosa faça a leitura do texto. Isso é legal porque já direciona a sua atenção ao que realmente importa.

VIDEOAULAS:





ATIVIDADE DE AVERIGUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 

 1.
CAULOS. Disponível em: www.caulos.com. Acesso em 24 set. 2011.
O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em oposição às outras e representa a
a) a opressão das minorias sociais.
b) carência de recursos tecnológicos.
c) falta de liberdade de expressão.
d) defesa da qualificação profissional.
e) reação ao controle do pensamento coletivo. 



2.
Mas assim que penetramos no universo da web, descobrimos que ele constitui não apenas um imenso “território” em expansão acelerada, mas que também oferece inúmeros “mapas”, filtros, seleções para ajudar o navegante a orientar-se. O melhor guia para a web é a própria web. Ainda que seja preciso ter a paciência
de explorá-la. Ainda que seja preciso arriscar-se a ficar perdido, aceitar “a perda de tempo” para familiarizar-se com esta terra estranha. Talvez seja preciso ceder por um instante a seu aspecto lúdico para descobrir, no desvio de um link, os sites que mais se aproximam de nossos interesses profissionais ou de nossas paixões e que poderão, portanto, alimentar da melhor maneira possível nossa jornada pessoal.
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

O  usuário iniciante sente-se não raramente desorientado no oceano de informações e possibilidades disponíveis na rede mundial de computadores. Nesse sentido, Pierre Lévy destaca como um dos principais aspectos da internet o (a):
(A) espaço aberto  para a aprendizagem.
(B) grande número de ferramentas de pesquisa.
(C) ausência de mapas ou  mapas explicativos.
(D) infinito número de páginas virtuais.
(E) dificuldade de acesso a sites de pesquisa.


3. O léxico e a cultura
Potencialmente, todas as línguas de todos os tempos podem candidatar-se a expressar qualquer conteúdo. A pesquisa linguística do século XX demonstrou que não há diferença qualitativa entre os idiomas do mundo – ou seja, não há idiomas gramaticalmente mais primitivos ou mais desenvolvidos. Entretanto, para que possa ser efetvamente utilizada, essa igualdade potencial precisa realizar-se na prática histórica do idioma, o que nem sempre acontece. Teoricamente, uma língua com pouca tradição escrita (como as línguas indígenas brasileiras) ou uma língua já extinta (como o latim ou o grego clássicos) podem ser empregadas para falar sobre qualquer assunto, como, digamos, física quântica ou biologia molecular. Na prática, contudo, não é possível, de uma hora para outra, expressar tais conteúdos em camaiurá ou latim, siplesmente porque não haveria vocabulário próprio para esses conteúdos. É perfeitamente possível desenvolver esse vocabulário específico, seja por meio de empréstimos de outras línguas, seja por meio da criação de novos termos na língua em questão, mas tal tarefa não se realizaria em pouco tempo nem com pouco esforço.
BEARZOTI FILHO, P. Miniaurélio: o dicionário da língua portuguesa. Manual do professor. Curitiba: Positivo, 2004 (fragmento).
Estudos contemporâneos mostram que cada língua possui sua própria complexidade e dinâmica de funcionamento. O texto ressalta essa dinâmica, na medida em que enfatiza:
a) a inexistência de conteúdo comum a todas as línguas, pois o léxico contempla visão de mundo particular específica de uma cultura.
b) a existência de línguas limitadas por não permitirem ao falante nativo se comunicar perfeitamente a respeito de qualquer conteúdo.
c) a tendência a serem mais restritos o vocabulário e a gramática de línguas indígenas, se comparados com outras línguas de origem europeia.
d)a existência de diferenças vocabulares entre os idiomas, especificidades relacionadas à própria cultura dos falantes de uma comunidade.
e) a atribuição de maior importância sociocultural às línguas contemporâneas, pois permitem que sejam abordadas quaisquer temáticas, sem dificuldades.


- Leia o poema para responder as questões 4,5 e 6.

 PASSARINHO
     

         Mário Quintana

        Sempre me pareceu que um poema era algo assim como um passarinho engaiolado. E que, para apanhá-lo vivo, era preciso um meticuloso cuidado que nem todos têm. Poema não se pega a tiro. Nem a laço. Nem a grito. Não, o grito é o que mais o mata. É preciso esperá-lo com paciência e silenciosamente como um gato.
        Ora, pensava eu tudo isso e o céu também, quando topo com uns versos de Raymond Queneu, que confirmam muito da minha cinegética transcendental. Eis por que aqui os traduzo, ou os adapto, e os adoto, sem data venia:
        Meu Deus, que vontade me deu de escrever um poeminho...
        Olha, agora mesmo vai passando um!
        Pst pst pst
        Vem para cá para que eu te enfie
        Na fieira de meus outros poemas
        Vem cá para que eu te entube
        Nos comprimidos de minhas obras completas.
        Vem cá para que eu te empoete
        Para que eu te enrime
        Para que eu te enritme
        Para que eu te enlire
        Para que eu te empégase
        Para que eu te enverse
        Para que eu te emprose
        Vem cá...
        Vaca!
        Escafedeu-se.

VOCABULÁRIO: 
cinegética: arte de caçar
transcendental: que transcede; muito elevado;
data venia: com a devida permissão;
empégasse: sentido metafórico de cavalgar nas nuvens;
escafeder-se: fugir às pressas.
                                          Mario Quintana. “Passarinho”. In: A vaca e o hipogrifo. Porto Alegre, Garatuja, 1977. p. 108-9.
                                                
44. Além da sensibilidade e da criatividade, que outra virtude o poeta julga essencial para escrever um poema? Justifique sua resposta.

55. Através de que expressão o autor sugere que o poema é uma atividade que ultrapassa a realidade puramente material?

66. Por que o poeta Queneu se aborrece e ofende o poema, chamando-o de vaca? Justifique sua resposta.



Referências:

DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "A interpretação textual "; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-interpretacao-textual.htm. Acesso em 08 de julho de 2020.




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