Os
raios e os cuidados que devemos ter
O
Brasil é o país campeão mundial em incidência de raios. Segundo o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram cerca de 57
milhões de descargas na última década, que fizeram 1 321 vítimas
fatais. O atrito entre minúsculas partículas de gelo no interior
das nuvens gera eletrização. Nesse processo, normalmente as cargas
negativas se concentram na parte de baixo da nuvem, enquanto as
cargas positivas ficam na parte de cima.
O
aparecimento de campos elétricos é determinado pelas cargas
elétricas distribuídas no interior da nuvem e entre a nuvem e o
solo. Quando esses campos se tornam suficientemente intensos, ionizam
o ar, tornando-o condutor. Ocorrem então descargas elétricas
(raios) dentro da nuvem, entre nuvens, entre nuvem e ar, ou entre
nuvem e superfície terrestre.
No
caso das descargas elétricas entre nuvem e superfície terrestre, a
diferença de potencial chega a 3 . 106 V para cada metro
de ar e podem ser de dois tipos: nuvem-solo (99% dos casos) e
solo-nuvem (há como a descarga elétrica sair do solo e se dirigir à
nuvem, mas esse tipo de descarga é extremamente raro e só ocorre em
topo de montanhas ou estruturas altas). O raio faz o ar ao seu redor
se iluminar, o que gera o clarão, e se aquecer até 30 000 °C. Esse
aquecimento repentino faz o ar se expandir mais rápido que a
velocidade do som, criando então uma onda de choque que produzem som
– é o estrondo que conhecemos como trovão. Como o raio se
constitui de uma série de pequenas descargas que ocorrem quase
juntas, ondas de choque múltiplas são criadas em diferentes
atitudes.
Os
efeitos da corrente elétrica do raio, nas pessoas, consistem
basicamente em queimaduras, danos ao coração (paradas cardíacas),
aos pulmões (paradas respiratórias) e ao sistema nervoso central,
sequelas psicológicas (diminuição da capacidade de raciocínio e
distúrbios do sono), entre outros.
A
principal recomendação para se proteger dos raios é não sair de
casa durante as tempestades. Entretanto, se você for surpreendido,
convém algumas precauções básicas:
- Evite ficar perto de árvores, cercas de arame, varais metálicos, trilhos e linhas de energia elétrica.
- Evite utilizar equipamentos elétricos ou telefones com fio. Se o raio atingir a linha do telefone, a descarga elétrica vai passar por todos os telefones da linha. Por isso, use telefone sem fio ou celular dentro de casa, nunca na parte externa.
- Não toque em equipamentos elétricos que estejam conectados à rede elétrica.
- Se você estiver no campo e sentir seus pelos arrepiarem ou sua pele coçar (o que indica que um raio está prestes a cair), ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre estes. Deixe seus pés unidos e se abaixe com a cabeça o mais baixo que puder, sem tocar o chão.
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(Opcional)
Estudo Complementar retirado do Link:
ATIVIDADE
DE AVERIGUAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
Observação:
A atividade a seguir é obrigatória, deverá ser respondida no
caderno usando caneta azul ou preta e entregue a professora via
whatsapp.
1.
Descreva como se formam os raios.
2.
Conceitue raio, relâmpago e trovão.
3.
A velocidade de propagação da luz no ar é cerca de 300 000 km/s e,
do som, cerca de 340 m/s. Muitos afirmam ser esse o motivo pelo qual,
durante uma tempestade, vemos primeiro o clarão e depois ouvimos o
trovão. Isso está parcialmente correto. Por quê?
4.
Há mitos populares sobre as descargas elétricas que dizem, por
exemplo, que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Segundo o
Inpe, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, é atingido 6 vezes por
ano! Que outros mitos sobre raios você conhece? Tente justificá-los
ou corrigi-los com argumentos científicos.