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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

3ª SÉRIES, A, B, C e D - QUINTA AULA REMOTA DE FÍSICA

                   Os raios e os cuidados que devemos ter

     O Brasil é o país campeão mundial em incidência de raios. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram cerca de 57 milhões de descargas na última década, que fizeram 1 321 vítimas fatais. O atrito entre minúsculas partículas de gelo no interior das nuvens gera eletrização. Nesse processo, normalmente as cargas negativas se concentram na parte de baixo da nuvem, enquanto as cargas positivas ficam na parte de cima.
    O aparecimento de campos elétricos é determinado pelas cargas elétricas distribuídas no interior da nuvem e entre a nuvem e o solo. Quando esses campos se tornam suficientemente intensos, ionizam o ar, tornando-o condutor. Ocorrem então descargas elétricas (raios) dentro da nuvem, entre nuvens, entre nuvem e ar, ou entre nuvem e superfície terrestre.
       No caso das descargas elétricas entre nuvem e superfície terrestre, a diferença de potencial chega a 3 . 106 V para cada metro de ar e podem ser de dois tipos: nuvem-solo (99% dos casos) e solo-nuvem (há como a descarga elétrica sair do solo e se dirigir à nuvem, mas esse tipo de descarga é extremamente raro e só ocorre em topo de montanhas ou estruturas altas). O raio faz o ar ao seu redor se iluminar, o que gera o clarão, e se aquecer até 30 000 °C. Esse aquecimento repentino faz o ar se expandir mais rápido que a velocidade do som, criando então uma onda de choque que produzem som – é o estrondo que conhecemos como trovão. Como o raio se constitui de uma série de pequenas descargas que ocorrem quase juntas, ondas de choque múltiplas são criadas em diferentes atitudes.
     Os efeitos da corrente elétrica do raio, nas pessoas, consistem basicamente em queimaduras, danos ao coração (paradas cardíacas), aos pulmões (paradas respiratórias) e ao sistema nervoso central, sequelas psicológicas (diminuição da capacidade de raciocínio e distúrbios do sono), entre outros.        
   A principal recomendação para se proteger dos raios é não sair de casa durante as tempestades. Entretanto, se você for surpreendido, convém algumas precauções básicas:
  • Evite ficar perto de árvores, cercas de arame, varais metálicos, trilhos e linhas de energia elétrica.
  • Evite utilizar equipamentos elétricos ou telefones com fio. Se o raio atingir a linha do telefone, a descarga elétrica vai passar por todos os telefones da linha. Por isso, use telefone sem fio ou celular dentro de casa, nunca na parte externa.
  • Não toque em equipamentos elétricos que estejam conectados à rede elétrica.
  • Se você estiver no campo e sentir seus pelos arrepiarem ou sua pele coçar (o que indica que um raio está prestes a cair), ajoelhe-se e curve-se para frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre estes. Deixe seus pés unidos e se abaixe com a cabeça o mais baixo que puder, sem tocar o chão.

           Assistir às vídeoaulas complementares a seguir:



(Opcional)
Estudo Complementar retirado do Link:


ATIVIDADE DE AVERIGUAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Observação: A atividade a seguir é obrigatória, deverá ser respondida no caderno usando caneta azul ou preta e entregue a professora via whatsapp.

1. Descreva como se formam os raios.

2. Conceitue raio, relâmpago e trovão.

3. A velocidade de propagação da luz no ar é cerca de 300 000 km/s e, do som, cerca de 340 m/s. Muitos afirmam ser esse o motivo pelo qual, durante uma tempestade, vemos primeiro o clarão e depois ouvimos o trovão. Isso está parcialmente correto. Por quê?

4. Há mitos populares sobre as descargas elétricas que dizem, por exemplo, que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Segundo o Inpe, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, é atingido 6 vezes por ano! Que outros mitos sobre raios você conhece? Tente justificá-los ou corrigi-los com argumentos científicos.