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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

1º Ano D / Atividade I / GEOGRAFIA





O TEMPO GEOLÓGICO E A TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL


Tempo geológico e Tempo Histórico
O planeta Terra, muito provavelmente, possui cerca de 4,6 bilhões de anos. Isso significa que ele é bem antigo, a depender do referencial, pois, se considerarmos a idade do universo (13 bilhões de anos), o nosso planeta não é tão “velho” assim; mas se compararmos com o tempo de formação das civilizações, aí a idade da Terra é muito ampla.

Por esse motivo, existem duas principais escalas de tempo: a do tempo geológico e a do tempo histórico. Como são escalas diferentes, a medição delas também o é, de forma que a proporcionalidade entre uma e outra é bastante distinta em termos de amplitude.

Quando falamos em tempo geológico, referimo-nos a uma escala de tempo que costuma ser medida nos milhões ou até bilhões de anos, tal a classificação das eras geológicas e seus respectivos períodos. Já quando falamos em tempo histórico (incluindo, aí, a Pré-História), referimo-nos ao período de surgimento da humanidade, o que corresponde ao uso de medidas de dezenas, centenas e até milhares de anos.

Observe a tabela a seguir, que indica a sucessão dos diferentes períodos e eras da escala geológica do tempo:


 Tabela da escala geológica do tempo

Considerando todas essas transformações sobre as quais a Terra passou, podemos ficar perplexos ao descobrirmos que os primeiros humanos em suas formas atuais surgiram apenas no período quartenário, o último deles. Isso significa que, ao passo em que o planeta possui quatro bilhões e meio de anos, os seres humanos habitam-no há apenas alguns conjuntos de milênios.

Portanto, essa diferença entre uma escala de tempo e outra pode ser, para nós, algo difícil de imaginar. Para facilitar essa tarefa, podemos fazer algumas metáforas, por exemplo:
- Se todo o tempo geológico fosse reduzido a um dia, as primeiras civilizações teriam surgido nos últimos três segundos.
- Se resumíssemos toda a história da Terra em um ano, os primeiros homens teriam surgido nas últimas horas do dia 31 de dezembro.
- Se todos os dias da Terra fossem escritos em um livro de 460.000 páginas, o ser humano teria aparecido pela primeira vez na página 459.600.

Dessa forma, quando falamos, por exemplo, que o relevo do Brasil é geologicamente antigo, significa que ele tem uma data de formação que leva mais tempo do que a de outros lugares. Por outro lado, quando falamos que os dobramentos modernos são formações recentes, isso não significa que eles tenham surgido há pouco tempo em termos históricos, mas há algumas centenas de milhares de anos, o que é muito pouco comparado à idade da Terra. Por esse motivo, é muito importante sabermos a diferença entre tempo histórico e tempo geológico!

 https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tempo-historico-tempo-geologico.htm



Teoria da Deriva Continental

Deriva Continental é uma teoria que inicialmente postulou o movimento das massas continentais ao longo do tempo geológica da Terra, considerando que, anteriormente, os atuais continentes possuíam outras formas e até mesmo se situavam em outras localidades do planeta. Essas observações foram realizadas antes mesmo do conhecimento a respeito das placas tectônicas, o que serviu como uma posterior comprovação da movimentação não só dos continentes terrestres, mas de toda a crosta.
A teoria da deriva continental surgiu há muito tempo, pois desde que o mapeamento de alguns pontos da Terra foi realizado, desconfiava-se que os continentes estavam unidos anteriormente. Francis Bacon, em 1620, sugeriu, por exemplo, que a costa leste do continente sul-americano e a costa oeste da África encaixava-se perfeitamente, dando a ideia de que eles haviam se separado em um passado remoto. Uma observação semelhante a essa já havia sido feita por Abraham Ortelius, em 1596.

E o que era desconfiança tornou-se, século depois, uma teoria científica com argumentos e hipóteses previamente elaborados. Nascia, então, oficialmente, a teoria da Deriva Continental, quando o alemão Alfred Wegener a formulou no ano de 1912. No entanto, tratava-se apenas de uma polêmica teoria que ainda não havia encontrado uma comprovação completa, baseando-se apenas em evidências, como a existência de fósseis e grupos de vegetação semelhantes em áreas separadas por oceanos inteiros.
Wegener defendia que, no passado, havia apenas um único continente: Pangeia (termo que significa “toda a Terra”). Com a sua lenta fragmentação, formaram-se então dois grandes continentes: a Laurásia e a Gondwana. Em seguida, novas fragmentações aconteceram e, em alguns casos, uniões de massas continentais também, a exemplo da inserção da área correspondente ao território da Índia que se juntou à Ásia.



 A evolução da deriva continental terrestre


Embora fosse uma teoria baseada em muitos estudos e evidências empíricas, a Deriva Continental de Wegener não foi muito aceita em sua época, pois não se concebia uma ideia que explicasse o motivo da movimentação desses continentes, embora houvesse suspeitas de que a camada superficial terrestre estivesse flutuando sobre uma camada líquida quente, que hoje sabemos ser o manto. 

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com o desenvolvimento de equipamentos e tecnologias mais avançadas, a exemplo dos sonares, é que se pôde conceber o fato de que a crosta terrestre é apenas uma fina camada superior do planeta que se encontra dividida em várias placas tectônicas, que se movimentam continuamente. Com isso, as suspeitas levantadas no passado e defendidas por Wegener puderam ser finalmente comprovadas.

Vale ressaltar que a formação dos continentes atuais não é o processo “final” da deriva continental, uma vez que eles continuam a movimentar-se, porém em uma velocidade de apenas poucos centímetros ao longo de vários anos. Daqui a alguns milhões de anos, é bem possível que a configuração das terras emersas apresente diferenças em relação ao seu estágio atual.



De acordo com a teoria da Deriva Continental, no passado havia só um continente: Pangeia
Publicado por: Rodolfo F. Alves Pena


https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/deriva-continental.htm