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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

3 ° ANO A (II Aula Remota de Matemática)

 

II AULA REMOTA DE MATEMÀTICA (2ª Unidade)

 

Professora: Evany de Carvalho                                                 3° ano A

Link de videoaula sugerida: https://www.youtube.com/watch?v=451SxriwdvM

 

Distribuição de Frequência

 

Organização dos dados

Os métodos utilizados para organizar dados compreendem o arranjo desses dados em subconjuntos que apresentem características similares. Mesma idade (ou “faixa etária”), mesma finalidade, mesma escola, mesmo bairro, etc.

Os dados agrupados podem ser resumidos em tabelas ou gráficos e, a partir desses, podemos obter as estatísticas descritivas já definidas: média, mediana, desvio, etc.

Dados organizados em grupos ou categorias/classes são usualmente designados “distribuição de frequência”.

 

Distribuição de frequência

Uma distribuição de frequência é um método de se agrupar dados em classes de modo a fornecer a quantidade (e/ou a percentagem) de dados em cada classe.

 Com isso, podemos resumir e visualizar um conjunto de dados sem precisar levar em conta os valores individuais.

Uma distribuição de frequência (absoluta ou relativa) pode ser apresentada em tabelas ou gráficos.

Uma distribuição de frequência agrupa os dados por classes de ocorrência, resumindo a análise de conjunto de dados grandes.

Distribuição de frequência.

Vamos continuar estudando as notas entregues por um professor apresentadas acima. Para estudarmos melhor a variável, construiremos uma tabela apresentando os valores de maneira mais resumida. Com os dados organizados em um rol, identificamos que existem repetições de muitos valores. Essa repetição recebe o nome de frequência. Vejamos:

Tabela 16: Exemplo


Notas

Frequência

Notas

Frequência

 

Notas

Frequência

 

 1,5

1

5,0

3

 

8,0

2

 

2,5

2

5,2

1

 

8,5

1

 

2,6

1

5,4

1

 

8,8

1

 

2,9

1

5,6

1

 

9,5

1

 

3,0

2

6,3

2

 

9,7

1

 

3,5

2

6,6

2

 

9,8

1

 

3,7

1

6,8

1

 

9,9

1

 

3,8

1

7,0

                1

 

10,0

3

 

4,0

2

 7,5

1

 

4,9

1

 7,8

2

 

3,5

2

6,6

2

 

9,8

1

 

3,7

1

6,8

1

 

9,9

1

 

3,8

1

7,0

                1

 

10,0

3

 

4,0

2

 7,5

1

 

 

Total: 40

4,9

1

 7,8

2

 

 

 

Dispor os dados dessa maneira é melhor do que da forma anterior, mas ainda é inconveniente, porque exige muito espaço. Uma alternativa é agrupar os dados. Para desenvolver tal tarefa, é comum, em primeiro lugar, distribuir os dados em classes ou categorias em uma tabela. Essa tabela receberá o nome de distribuição de frequência ou tabela de frequência.

 Para construir a tabela de frequência das notas, consideraremos, por exemplo, quatro classes: da nota 0,0 até a nota 4,9 (0,0–4,9); da nota 5,0 até a nota 6,9 (5,0–6,9); da nota 7,0 até a nota 8,9 (7,0–8,9); por fim, da nota 9,0 até a nota 10,0 (9,0– 10,0).  Agrupando os dados dessa maneira, é comum chamá-los de dados agrupados. Vejamos:

 

 

 

A tabela de distribuição de frequência é uma tabela como outra qualquer, mas que apresenta o número de repetição dos valores ao invés de repeti-los integralmente. Por exemplo, ao invés de expor 2, 2, 2 ,2 e 3, em

uma tabela de frequência colocamos 2 (4 vezes)

e 3.

Tabela 17: Exemplo de tabela de distribuição de frequência

Notas de 40 alunos de uma disciplina

Notas

Número de estudantes (frequência)

0,0-4,9

14

5,0-6,9

11

7,0-8,9

8

9,0-10,0

7

 

Total: 40



A distribuição de frequência, acima, apresenta uma disposição mais amigável. Nela, podemos observar que 14 alunos tiraram notas entre 0,0 e 4,9; 11 alunos, entre 5,0 e 6,9; 8 alunos, entre 7,0 e 8,9; 7 alunos, entre 9,0 e 10,0. Identifica-se, de imediato, a maior e a menor concentração das notas dos alunos e essa é uma informação muito interessante.

Aprofundamento: regras para a elaboração de uma distribuição de frequência

Na construção de uma distribuição de frequência, a determinação do número de classes e da amplitude dessas classes é sempre uma preocupação.

No nosso exemplo anterior, as classes escolhidas não foram de manei-  ra aleatória, mas, de qualquer forma, existem regras que podem ser observadas se quisermos maior rigor no estudo de um evento.

Assim, Spiegel (1975, p. 45-46) sugere as seguintes regras gerais:

1.Determinam-se o maior e o menor número de dados brutos e, então, calcula-se a amplitude total do rol (diferença entre maior e o menor daqueles números).

2.Divide-se a amplitude total em um número conveniente de intervalos de classe que tenham a mesma amplitude. Nem sempre isso é possível; nesse caso, usamos intervalos de classe de amplitudes diferentes. O número de intervalo de classes é nor- malmente entre 5 e 20, dependendo dos dados.

3.Os intervalos de classe são escolhidos de maneira que seus pontos médios coincidam com dados realmente observados. Isso tende a diminuir erros.

4.Determina-se o número de observações que caem dentro de cada intervalo de classe, isto é, calculam-se as frequências de classe. Seguindo as regras gerais acima, que alterações teríamos no nosso exercício das notas?

Bem, primeiro, vamos calcular a diferença entre o maior e o menor número: 10,0 – 1,5 = 8,5. Isso significa que entre a maior nota e a menor nota há uma distância de 8,5. Essa é a amplitude total, isto é, os valores variam, no máximo, 8,5. De outra forma, a distância do menor valor para o maior valor é de 8,5. OK!

Agora, na segunda etapa das regras acima, vamos escolher o número de intervalos de classe. Vamos tentar o menor número sugerido:

5.Se quero 5 classes e minha amplitude total é 8,5, basta dividir a amplitude total pelo número de classes escolhido para determinar os intervalos de classe. Assim,

Intervalo de classes = amplitude total = 8,5 = 1,7 = 2

total de classes          5

 

Definições

1) Dados Brutos: Conjunto de dados que ainda não foram numericamente organizados,  obtidos após a crítica dos valores.

2) Rol: É um arranjo dos dados brutos em ordem crescente.

3) Amplitude Total (AT): É a diferença entre o maior e o menor valor observado.

4) Frequência (fi): É o número de observações que se encontra presente em uma classe ou intervalo especifico.

AT = Maior valor – Menor valor

5) Frequência percentual (fi%): Representa o percentual de um certo valor na amostra.

fi%=(fi /n)x100

6) Frequência acumulada (fai): É a soma das frequências simples das classes ou dos valores anteriores.

fai = f1 + f2 + ... + fi

7) Frequência percentual acumulada (fai%): É a soma das frequências relativas percentual das classes ou dos valores anteriores.

fai%= f1% + f2% + ... + fi% fai%= (fai /n)x100

 

Dados brutos e rol

Na unidade anterior, trabalhamos com exposição de dados. Mas, infelizmente, os dados, raramente, apresentam-se organizados. Por exemplo, vamos supor que um professor entregue as notas de seus alunos, conforme a Tabela 14, abaixo:

 

Tabela 14: Exemplo de tabela primitiva


Notas de 40 alunos de uma disciplina

8,0

5,0

3,0

3,5

4,0

10,0

5,6

3,0

2,5

1,5

9,5

7,5

6,3

6,6

7,8

4,0

2,5

5,0

7,0

8,0

10,0

9,8

9,7

3,5

3,8

5,0

3,7

4,9

5,4

6,8

6,3

7,8

8,5

6,6

9,9

10,0

2,6

2,9

5,2

8,8



 

Observe que, nesta tabela, as notas não estão numericamente organizadas. Este tipo de tabela denomina-se tabela primitiva (CRESPO, 1995, p. 54). Partindo desta tabela, é difícil identificar o comportamento das notas, isto é: onde se concentram? Qual a maior? Qual a menor? Quantos alunos estão abaixo ou acima de uma determinada nota?

Esses dados estão, de fato, desorganizados e, por isso, vamos organizá-los. A maneira mais simples é realizando uma ordenação(crescente ou decrescente). Após essa ordenação dos dados, a tabela recebe o nome de rol. Veja como fica:


 Tabela 15: Exemplo de rol

Notas de 40 alunos de uma disciplina

1,5

2,9

3,5

4,0

5,0

6,3

6,8

7,8

8,8

9,9

2,5

3,0

3,7

4,9

5,2

6,3

7,0

8,0

9,5

10,0

2,5

3,0

3,8

5,0

5,4

6,6

7,5

8,0

9,7

10,0

2,6

3,5

4,0

5,0

5,6

6,6

7,8

8,5

9,8

10,0


De fato, com os dados assim organizados, podemos saber, com facilidade, qual a menor nota (1,5) e qual a maior (10,0). E, também, podemos encontrar a amplitude de variação, isto é, a diferença entre o maior valor e o menor valor: 10,0 – 1,5 = 8,5. Além dessas informações, com um pequeno esforço, podemos ainda identificar que as notas se concentram em dois valores (5,0 e 10,0) e que 6,0 é o valor que divide as notas. Convém destacar que os dados são úteis, apenas, se conseguirmos transformá-los em informação. Mais à frente, discutiremos essas medidas.

Enfim,

Dados brutos são aqueles que não foram numericamente organizados e rol é um arranjo de dados numéricos brutos em ordem: crescente ou decrescente. Em um rol, a diferença entre o maior e o menor número chama-se amplitude total. (SPIEGEL, 1975, p. 43).