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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

1º ANOS A e B, 5º ATIVIDADE DA II UNIDADE DE GEOGRAFIA, PROF. MSc. EMERSON RIBEIRO

 

COLÉGIO ESTADUAL FAUSTO CARDOSO

GEOGRAFIA AULA REMOTA 5

 

Prof. MSc. Emerson Ribeiro.    Turmas: 1º ano do Ensino Médio A e B.       Data:08/10/2020

 

AS INFORMAÇÕES CARTOGRÁFICAS.

 

A cartografia é a área do conhecimento que se preocupa em estudar, analisar e produzir mapas, cartogramas, plantas e demais tipos de representações gráficas do espaço. Trata-se, portanto, de um conjunto de técnicas científicas e até artísticas que visa à elaboração de documentos que representem de forma reduzida uma determinada localidade.

Apesar de contar, atualmente, com avançadas técnicas e modernos equipamentos, essa é uma prática extremamente antiga, pois existe desde que o homem aprendeu que seria melhor conhecer os lugares desenhando-os em pedaços de rochas. O mais antigo mapa que se tem notícia tem 4500 anos e provavelmente foi produzido pelos povos babilônicos. Ele foi produzido em uma placa de argila e representa, provavelmente, a área do vale do Rio Eufrates.

Com o passar dos tempos, as técnicas cartográficas foram se aprimorando, principalmente durante o período das grandes navegações, em que os europeus utilizavam mapas para encontrar novos caminhos marítimos e descobrir novos territórios. Temos aí a constituição da Cartografia como ciência moderna. A evolução, no entanto, não parou por aí, de forma que as técnicas cartográficas tornaram-se mais aprimoradas, especialmente durante períodos de guerra e de grandes revoluções científicas.

No século XX, uma nova era estabeleceu-se na cartografia com o uso de fotografias aéreas para auxiliar a produção dos mapas, uma técnica denominada por aerofotogrametria. Pouco tempo depois, a Terceira Revolução Industrial propiciou o desenvolvimento de procedimentos ainda mais avançados.

Nos dias de hoje, graças aos avanços realizados no âmbito dos meios informacionais, a produção de mapas conta com complexas técnicas de elaboração e representação, envolvendo computadores, satélites, softwares e muitos outros equipamentos.

 

OS PROBLEMAS DA CARTOGRAFIA

 

Representar uma dada realidade física em um plano não é uma tarefa muito simples, sobretudo quando essa representação envolve todo o globo terrestre. O primeiro problema está no fato de a Terra apresentar uma forma esférica, o que torna impossível a sua representação em plano. O segundo problema está no fato de que essa esfera não é perfeita, possuindo contornos e traços não muito bem definidos.

O primeiro problema foi, de certa forma, resolvido por Karl F. Gauss (1777-1855), um notável matemático que elaborou o conceito de Geoide, que considera o formato da Terra sem considerar os continentes, ou seja, apenas imaginando como ela seria se houvesse apenas os oceanos. Ao longo dos tempos, os cartógrafos foram avançando nessa ideia e aproximaram-se da forma que atualmente caracteriza os globos terrestres.

Já o segundo problema é impossível de ser resolvido totalmente. No entanto, a melhor solução foi a elaboração das chamadas Projeções Cartográficas, em que a Terra passa a ser representada em um plano de diferentes maneiras, ora distorcendo as formas dos continentes, ora distorcendo suas áreas e, às vezes, distorcendo ambos. Existem inúmeras projeções da Terra atualmente, cada uma atendendo a um determinado interesse ou aspectos da superfície terrestre.

 

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

 

Projeções cartográficas são representações da superfície esférica da Terra em um plano, possibilitando a construção de um mapa. Um mapa corresponde à representação aproximada da superfície terrestre em um plano utilizando as coordenadas geográficas. Essa construção se dá por meio de um sistema plano de paralelos e meridianos (representados por linhas), ou seja, as projeções cartográficas.

Existem diversos tipos de projeções que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representam cada uma um determinado aspecto, como a dimensão e a forma. As projeções, por representarem uma superfície esférica, apresentam deformações, sendo assim, nenhuma representa fielmente essa superfície, pois nunca estará livre de distorções.

 

TIPOS DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

 

Projeção Cilíndrica: é como se um cilindro envolvesse o globo terrestre. Nesse caso, os paralelos e os meridianos são representados por linhas retas que convergem entre si. Um exemplo notório é a representação do mapa mundi tal qual o conhecemos.

Projeção Cônica: é como se um cone envolvesse parte do globo. É muito utilizada para representar regiões continentais. Nesse caso, os paralelos representam círculos concêntricos, já os meridianos são linhas retas que convergem para os polos.

Projeção Plana ou Azimutal: também chamada de “projeção azimutal”, trata-se de um plano tangente à esfera terrestre. Nesse caso, os paralelos representam círculos concêntricos, já os meridianos retos irradiam-se do polo. Dependendo da representação pretendida, elas são classificadas de três maneiras: Polar, Equatorial e Oblíqua.

 


Dos três modelos apresentados acima, temos diversos tipos de projeções que foram estudados por muitos geógrafos. As mais importantes são

                 Projeção Mercator                                            Projeção  Peters

                


A projeção de Mercator: elaborada em 1569 pelo cartógrafo Gerhard Mercator, é do tipo cilíndrica. As coordenadas geográficas são traçadas em linhas retas que se cruzam formando ângulos retos. Nesse tipo de projeção, há conservação dos ângulos e deformação das áreas. As altas latitudes apresentam-se de forma exagerada.

A projeção de Peters:  elaborada em 1973 pelo historiador alemão Arno Peters, é do tipo cilíndrica equivalente. Os paralelos são apresentados em intervalos que decrescem a partir da Linha do Equador. A projeção de Peters apresenta com maior exagero a região de baixas e médias latitudes. Na direção leste-oeste, há achatamento, e na direção norte-sul, há alongamento. A principal característica desse modelo é a conservação das áreas e a deformação dos ângulos e das formas.