COLÉGIO ESTADUAL FAUSTO CARDOSO
GEOGRAFIA AULA REMOTA 5
Prof. MSc. Emerson
Ribeiro. Turmas: 1º ano do Ensino
Médio A e B. Data:08/10/2020
AS INFORMAÇÕES CARTOGRÁFICAS.
A cartografia
é a área do conhecimento que se preocupa em estudar, analisar e produzir mapas,
cartogramas, plantas e demais tipos de representações gráficas do espaço.
Trata-se, portanto, de um conjunto de técnicas científicas e até artísticas que
visa à elaboração de documentos que representem de forma reduzida uma determinada
localidade.
Apesar de
contar, atualmente, com avançadas técnicas e modernos equipamentos, essa é uma
prática extremamente antiga, pois existe desde que o homem aprendeu que seria
melhor conhecer os lugares desenhando-os em pedaços de rochas. O mais antigo
mapa que se tem notícia tem 4500 anos e provavelmente foi produzido pelos povos
babilônicos. Ele foi produzido em uma placa de argila e representa,
provavelmente, a área do vale do Rio Eufrates.
Com o passar
dos tempos, as técnicas cartográficas foram se aprimorando, principalmente
durante o período das grandes navegações, em que os europeus utilizavam mapas
para encontrar novos caminhos marítimos e descobrir novos territórios. Temos aí
a constituição da Cartografia como ciência moderna. A evolução, no entanto, não
parou por aí, de forma que as técnicas cartográficas tornaram-se mais
aprimoradas, especialmente durante períodos de guerra e de grandes revoluções
científicas.
No século XX,
uma nova era estabeleceu-se na cartografia com o uso de fotografias aéreas para
auxiliar a produção dos mapas, uma técnica denominada por aerofotogrametria.
Pouco tempo depois, a Terceira Revolução Industrial propiciou o desenvolvimento
de procedimentos ainda mais avançados.
Nos dias de
hoje, graças aos avanços realizados no âmbito dos meios informacionais, a
produção de mapas conta com complexas técnicas de elaboração e representação,
envolvendo computadores, satélites, softwares e muitos outros equipamentos.
OS PROBLEMAS DA CARTOGRAFIA
Representar
uma dada realidade física em um plano não é uma tarefa muito simples, sobretudo
quando essa representação envolve todo o globo terrestre. O primeiro problema
está no fato de a Terra apresentar uma forma esférica, o que torna impossível a
sua representação em plano. O segundo problema está no fato de que essa esfera
não é perfeita, possuindo contornos e traços não muito bem definidos.
O primeiro
problema foi, de certa forma, resolvido por Karl F. Gauss (1777-1855), um
notável matemático que elaborou o conceito de Geoide, que considera o formato
da Terra sem considerar os continentes, ou seja, apenas imaginando como ela
seria se houvesse apenas os oceanos. Ao longo dos tempos, os cartógrafos foram
avançando nessa ideia e aproximaram-se da forma que atualmente caracteriza os
globos terrestres.
Já o segundo
problema é impossível de ser resolvido totalmente. No entanto, a melhor solução
foi a elaboração das chamadas Projeções Cartográficas, em que a Terra passa a
ser representada em um plano de diferentes maneiras, ora distorcendo as formas
dos continentes, ora distorcendo suas áreas e, às vezes, distorcendo ambos.
Existem inúmeras projeções da Terra atualmente, cada uma atendendo a um
determinado interesse ou aspectos da superfície terrestre.
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeções cartográficas
são representações da superfície esférica da Terra em um plano, possibilitando
a construção de um mapa. Um mapa corresponde à representação aproximada da
superfície terrestre em um plano utilizando as coordenadas geográficas. Essa
construção se dá por meio de um sistema plano de paralelos e meridianos
(representados por linhas), ou seja, as projeções cartográficas.
Existem
diversos tipos de projeções que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), representam cada uma um determinado aspecto, como a
dimensão e a forma. As projeções, por representarem uma superfície esférica,
apresentam deformações, sendo assim, nenhuma representa fielmente essa
superfície, pois nunca estará livre de distorções.
TIPOS DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeção Cilíndrica: é como se um cilindro envolvesse o globo terrestre. Nesse caso, os paralelos e os meridianos são representados por linhas retas que convergem entre si. Um exemplo notório é a representação do mapa mundi tal qual o conhecemos.
Projeção Cônica: é como se um cone envolvesse parte do globo. É muito utilizada para representar regiões continentais. Nesse caso, os paralelos representam círculos concêntricos, já os meridianos são linhas retas que convergem para os polos.
Projeção Plana ou Azimutal: também chamada de “projeção azimutal”,
trata-se de um plano tangente à esfera terrestre. Nesse caso, os paralelos
representam círculos concêntricos, já os meridianos retos irradiam-se do polo.
Dependendo da representação pretendida, elas são classificadas de três
maneiras: Polar, Equatorial e Oblíqua.
Dos três modelos apresentados acima, temos diversos tipos de projeções que foram estudados por muitos geógrafos. As mais importantes são
Projeção Mercator Projeção Peters
A projeção de Mercator: elaborada em
1569 pelo cartógrafo Gerhard Mercator, é do tipo cilíndrica. As coordenadas
geográficas são traçadas em linhas retas que se cruzam formando ângulos retos.
Nesse tipo de projeção, há conservação dos ângulos e deformação das áreas. As
altas latitudes apresentam-se de forma exagerada.
A projeção de Peters: elaborada em 1973 pelo historiador alemão Arno
Peters, é do tipo cilíndrica equivalente. Os paralelos são apresentados em
intervalos que decrescem a partir da Linha do Equador. A projeção de Peters
apresenta com maior exagero a região de baixas e médias latitudes. Na direção
leste-oeste, há achatamento, e na direção norte-sul, há alongamento. A
principal característica desse modelo é a conservação das áreas e a deformação
dos ângulos e das formas.