Marcadores

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

VIII SEMANA - LÍNGUA PORTUGUESA - (CHARGE CARTUM E TIRINHAS) - TODAS AS TURMAS

 

GÊNEROS TEXTUAIS: CHARGES, CARTUM, TIRINHA ( IRONIA, NEGAÇÃO, CRÍTICA E HUMOR)



 

O exercício de interpretar textos perpassa por algumas habilidades específicas relacionadas ao olhar crítico e ao reconhecimento de cada gênero como único e característico. Diante disso, é preciso lembrar-se, primeiramente, que os textos podem conter linguagem verbal (com palavras), linguagem não-verbal (apenas com imagens) e, ainda, linguagem verbal e não verbal, que são os textos híbridos. Os textos verbais são considerados mais fáceis de interpretar, a depender do grau de conhecimento ou desconhecimento do leitor sobre as palavras ali inseridas. Já os textos não-verbais, demandam maior conhecimento de mundo e capacidade de relação com fatos e acontecimentos extra textuais. Por fim, os textos híbridos exigem de quem os interpreta uma habilidade de criar sentido a partir da conexão entre as partes verbais e não-verbais do texto.

 As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sempre apresentam textos verbais e textos não verbais em suas questões. É necessário saber diferenciar os textos não verbais!

Os textos imagéticos, como tirinhas, charges e cartuns são tão importante quanto a leitura dos textos escritos.

No entanto, no Enem, as tirinhascharges e cartuns, textos não verbais mais recorrentes, não estão restritas apenas aos textos norteadores da redação ou à parte de língua portuguesa. Saber diferenciar textos não verbais é indispensável, pois este estar presentes em todo o exame.

Por esse motivo, é necessário que você saiba diferenciar estes três tipos de textos para que a leitura e a interpretação sejam feitas de forma adequada, facilitando a resolução das questões e agilizando o seu tempo de resposta nas provas.

Tirinhas

A tirinha consiste em uma sequência de quadrinhos, que pode ou não combinar linguagem verbal e não verbal.

As tirinhas apresentam personagens e contam histórias curtas que, a princípio, não apresentam contexto histórico. No entanto, as tirinhas podem trazer algum tipo de reflexão ou crítica social, deixando subentendido, em alguns casos, ensinamentos.

Algumas personagens de tirinhas são velhas conhecidas nossas dos livros didáticos. É o exemplo de Mafalda, do argentino Quino, de Armandinho, de Alexandre Beck, e de Garfield,  de Jim Davis.

 



 

Charges

 

A charge, por sua vez, combina três elementos: linguagem verbal e não verbal, desenho único, e contexto histórico.

Diferente da tirinha que pode ser apresentada em dois ou mais quadros com desenhos diferentes, a charge é feita em uma só cena. Além de, geralmente, tratar de alguma questão social ou política, apresentando um gancho histórico, bem como a imagem de figuras públicas.

É necessário ter conhecimento dos acontecimentos para compreender, como na imagem abaixo, que contém uma sátira à fala da ministra Damares Alves.



 

Cartuns

O que diferencia o cartum da charge é justamente a ausência do contexto histórico ou político. O cartum pode conter critica ou sátira, mas não está restrito a elas necessariamente.

Desse modo, pode conter reflexão acerca de acontecimentos cotidianos comuns, com linguagem bem humorada.

O cartum também é composta textos não verbais que não necessariamente estarão combinados a textos verbais.





 

PARTE COMPLEMENTAR 1:

Literatura negra: produções e poesias

 

Literatura é a expressão artística escolhida para encerrar o especial do Culturadoria que celebra o dia da Consciência Negra. Como diversas outras artes, a literatura negra e os escritores negros foram, e ainda estão sendo, constantemente invisibilizados. O Brasil, por exemplo, tem nomes de destaque na literatura negra. Carolina Maria de Jesus, uma catadora de papéis, teve o diário que mantinha transformado no clássico livro Quarto de despejo, um relato sobre o dia a dia em comunidades pobres de São Paulo. Outros nomes de destaque na contemporaneidade são de Ana Maria Gonçalves, autora de Um defeito de cor e Conceição Evaristo.

A escrita afro-brasileira permite ao negro falar por si, a contar sua própria história e, pela literatura, enfrentar o racismo pelos múltiplos labirintos da memória, grafando, na escrita, histórias e História como recursos de polifonias e resistência.

Como podemos perceber em seu poema:

 

Vozes-mulheres

A voz de minha bisavó

ecoou criança

 nos porões do navio.

Ecoou lamentos

De uma infância perdida.

A voz de minha avó

 ecoou obediência

 aos brancos-donos de tudo.

 [...] (EVARISTO, 2008)

 

PARTE COMPLEMENTAR 2:

Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher – 25 de novembro

 

No dia 25 de novembro comemora-se o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher. A data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), dominicanas que ficaram conhecidas como Las Mariposas e se opuseram à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo sendo assassinadas em 25 de novembro de 1960.

No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado em Bogotá, Colômbia, a data do assassinato das irmãs foi proposta pelas feministas para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher. Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que 25 de novembro é o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas.

Nos dias de hoje a data vem sendo promovida pela ONU e pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome, sendo fonte de divulgação, inclusive, para o disque 180, que atende casos de denúncias de violência contra a mulher. Iniciada em 25 de novembro de 1991, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres.

Este período que vai de 25 de novembro até 10 de dezembro, quando se comemora o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, também contempla outras datas significativas como o 1º de dezembro (Dia Mundial de Combate à Aids), 6 de dezembro (Massacre de Mulheres de Montreal) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).

REFERÊNCIAS Bibliográficas:

https://www.ufrgs.br/telessauders/noticias/dia-internacional-de-luta-contra-violencia-mulher-25-de-novembro/

https://descomplica.com.br/artigo/aqui-estao-4-dicas-para-voce-arrasar-na-interpretacao-de-tirinhas-no-vestibular-vai-perder/4M3/

GONÇALVES, A. M. Um defeito de cor. Rio de Janeiro. Editora Record, 2006.