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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

2ª Série C e D - 3ª ATIVIDADE DE HISTÓRIA

                           Vídeo aula sobre a Independência do Brasil



            Regência de dom Pedro e a processo de independência do Brasil

 1.Antecedentes

 Entre os séculos 18 e 19, cresceram no Brasil as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e a cobrança de altos impostos numa época de livre comércio. A independência dos Estados Unidos aliada à Revolução Francesa, provocaram o enfraquecimento do colonialismo e reforçaram o liberalismo comercial no Brasil. Em 1808, com a abertura dos portos, o Brasil passou a ter mais liberdade econômica e, com sua elevação à categoria de Reino Unido, deixou de ser, formalmente, uma colônia.

Em 1820, o reino de Portugal foi palco da revolução Liberal do Porto. Os revolucionários lusitanos convocaram as Cortes Gerais. Entre suas deliberações, exigiram o retorno imediato de dom D. João VI para Portugal e a recolonização do Brasil.

 Essas duas exigências das Cortes portuguesas logicamente repercutiram no Brasil, e grande parte dessa repercussão foi negativa. A pressão sobre d. João VI para o seu retorno era muito grande, e a opinião no Brasil sobre isso dividia-se. Sobre a segunda exigência, a opinião em geral foi extremamente negativa, pois demonstrou a intenção das cortes portugueses de recolonizar o Brasil.

Pressionado, d. João VI jurou lealdade à Constituição portuguesa em fevereiro de 1821, e, em abril, partia de volta para Lisboa. No entanto, seu filho, Pedro de Alcântara, permanecia no Rio de Janeiro como príncipe regente do Brasil. O novo regente do Brasil, D. Pedro, tinha 23 anos. Várias medidas das cortes de Lisboa buscaram diminuir o poder do Príncipe Regente e, desse modo, por fim à autonomia do Brasil.

 2.Regência de dom Pedro

 A partir daí, a relação entre Brasil e Portugal só se desgastou, a começar pela atuação das Cortes portuguesas e sua relação com os representantes brasileiros. Os portugueses demonstraram a intenção de impor a autoridade de Lisboa sobre todas as regiões do Império Português e tratavam os representantes brasileiros e o próprio Brasil com desdém.

A intransigência dos portugueses na relação com os brasileiros fez com que a disposição da elite brasileira a negociar fosse transformada em resistência. Com isso, a agitação revolucionária no Brasil começou a aumentar e foi impulsionada pela elite do Sudeste. Entre setembro e outubro, a relação entre Brasil e Portugal agravou-se por medidas determinadas pelas Cortes. Essas medidas foram: Envio de mais tropas portuguesas para o Brasil; Transferência de instituições do Rio de Janeiro para Lisboa e a exigência do retorno do príncipe regente.

 3.O Dia do Fico

 A reação ao pedido de retorno de d. Pedro para Portugal foi muito grande e negativa, fazendo os brasileiros insatisfeitos organizarem o que ficou conhecido como Clube da Resistência. Por meio deste, foi organizado um abaixo-assinado contra o retorno de d. Pedro a Portugal. O príncipe regente recebeu esse documento com oito mil assinaturas em janeiro de 1822.

Esse evento acabou levando ao Dia do Fico, que aconteceu em 9 de janeiro, e foi uma ocasião em que d. Pedro anunciou publicamente que desobedeceria a ordem portuguesa e permaneceria no Brasil. Até hoje os historiadores não têm certeza da fala proferida por d. Pedro, pois existem divergências nos relatos. Porém a fala mais conhecida de dom Pedro foi:

 "Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico". O Dia do Fico era mais um passo para a independência do Brasil. No entanto, em algumas províncias brasileiras, os partidários dos portugueses não eram favoráveis ao governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio de Janeiro e fiel às Cortes de Lisboa, tentou obrigar o embarque do regente, mas foi frustrado pela mobilização dos brasileiros, que ocupavam o Campo de Santana.

4.Movimento pela independência

Os acontecimentos desencadeavam uma crise no governo e os ministros portugueses, demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio, até então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo.

Nessa altura dos acontecimentos, a saída pela defesa da independência começava a ganhar força nas elites brasileiras, embora ainda fosse do desejo de muitos encontrar um caminho que conciliasse os interesses de Brasil e Portugal. A atuação das Cortes, por sua vez, selou o caminho e conseguiu unificar a maioria das províncias brasileiras pela independência.

No mês de maio, o governo brasileiro estabelecia que as determinações vindas de Portugal só poderiam ser acatadas após a aprovação de D. Pedro.

Enquanto isso, na Bahia, desencadeava-se a luta entre tropas portuguesas e brasileiras. Por sua vez, as Cortes em Portugal tomaram medidas como: declararam ilegítima a Assembleia Constituinte reunida no Brasil; o governo do Príncipe Regente foi declarado ilegal e este deveria regressar imediatamente a Portugal. Diante da atitude da metrópole, o movimento pela separação ganhava mais adeptos.

Dom Pedro resolveu partir para a província de São Paulo a fim de garantir o apoio dos líderes locais. A princesa Dona Leopoldina seria a regente durante a ausência do marido.

No final de agosto, uma carta com novas ordens de Portugal chegava ao Brasil, e o tom continuava ríspido. As Cortes criticavam os “privilégios” brasileiros, exigiam novamente o retorno do regente e chamavam José Bonifácio de traidor. Essa nova carta fez a esposa de d. Pedro, d. Leopoldina, convocar uma sessão extraordinária que ficou decidida pela independência do Brasil.

5.O Grito de Independência

As notícias trazidas de Portugal e a decisão dessa sessão extraordinária foram enviadas para d. Pedro. Era 7 de setembro de 1822 quando o mensageiro, Paulo Bregaro, alcançou a comitiva do regente que estava voltando para o Rio de Janeiro, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador, sujeito às autoridades das Cortes.  Ao inteirar-se da situação, o regente, decidiu que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal. Assim, ordenou que todos os presente tirassem dos uniformes as insígnias portuguesas que levavam e teria supostamente, realizou o grito da independência, também conhecido como Grito do Ipiranga.

 6.Brasil independente

Depois da independência, o Brasil começou a organizar-se enquanto nação. A primeira decisão a ser tomada era a forma de governo a ser imposta aqui, e nosso país decidiu ir na contramão de grande parte do continente americano. O Brasil optou por transformar-se em uma monarquia e não em uma república.

Na América do Sul, o nosso país foi o único a transformar-se em monarquia, e na América Latina, além do Brasil, só o Haiti e o México tiveram experiências monárquicas. Enquanto monarquia, o país precisava de um monarca, e, assim, no dia 12 de outubro de 1822, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.

Texto elaborado usando os seguintes sites:

https://www.todamateria.com.br/independencia-do-brasil/

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/independencia-do-brasil-brasil-livra-se-da-condicao-de-colonia.htm

Atividades com o Google Forms:

https://forms.gle/toZnrbB3RBTy49kDA

Atividades de Averiguação de Aprendizagem

1.Sobre a independência do Brasil, é incorreto afirmar que:

 a)resultou de um processo político comandado pelos grandes proprietários de terras.

 b)girou em torno de D. Pedro I com o objetivo de garantir a unidade do país.

c) proporcionou mudanças radicais na estrutura de produção para beneficiar as elites.

d) continuou a produção a atender as exigências do mercado internacional.

2. A respeito da Independência do Brasil é correto afirmar que:

a) implicou em transformações radicais da estrutura produtiva e da ordem social, sob o regime monárquico.

b) significou a instauração do sistema republicano de governo, como o dos outros países da América Latina.

c) trouxe consigo o fim do escravismo e a implementação do trabalho livre como única forma de trabalho e o fim do domínio metropolitano.

d) implicou em autonomia política e em reformas moderadas na ordem social decorrentes do novo status político.

e) decorreu da luta palaciana entre João VI, Carlota Joaquina e Pedro I, que teve como consequência imediata a abertura dos portos.

3. É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império a mais remota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se unânime para comemorar o dia que o tirou dentre as nações dependentes para colocá-Io entre as nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que até então haviam ficado a cargo de um povo estranho.

As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário desde os anos imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa comemoração está diretamente relacionada com

a)a construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade nacional.

b)o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou logo após 1822.

c)os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a abolição da escravidão.

d)o apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de estrangeiros do país.

e)a consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à transferência da Corte para o Rio de Janeiro.

4. Os acontecimentos abaixo se relacionam com a crise do sistema colonial no Brasil e possibilitaram o processo de Independência, exceto:

a)Assinatura do Decreto de Berlim, que determinou o Bloqueio Continental.

b) Promulgação da Tarifa Alves Branco, com características protecionistas.

c)Abertura dos portos brasileiros às nações amigas.

d) A Revolução Liberal do Porto.

e) A elevação do Brasil a Categoria de reino Unido a Portuga e Algarve

5. Todos os anos, no dia sete de setembro, o Brasil comemora sua independência de Portugal. Entre as várias motivações que corroboraram para a efetivação desta ruptura, assinale a alternativa correta.

a)O apoio dos cafeicultores paulistas que, em 1822, representavam o setor econômico mais dinâmico do país.

b)A adesão ao movimento de independência de todas as tropas portuguesas existentes no Brasil auxiliou os planos do príncipe regente.

c)A permanência em 1821 de D. João VI no Brasil, negando-se a retornar para Portugal, fortaleceu o ideário de independência.

d)As medidas tomadas por Lisboa, em 1821, ao transferir para Portugal importantes repartições instaladas no Brasil por D. João VI, aumentaram o espírito oposicionista em relação à Corte.

e)O acatamento, por parte do príncipe regente, às ordens vindas de Lisboa que determinavam o seu retorno à Portugal, em setembro de 1822.