Vídeo aula sobre a Independência do Brasil
Regência de dom Pedro e a processo de independência do
Brasil
Em 1820, o reino de Portugal foi palco da
revolução Liberal do Porto. Os revolucionários lusitanos convocaram as Cortes
Gerais. Entre suas deliberações, exigiram o retorno imediato de dom D. João VI
para Portugal e a recolonização do Brasil.
Essas
duas exigências das Cortes portuguesas logicamente repercutiram no Brasil, e
grande parte dessa repercussão foi negativa. A pressão sobre d. João VI para o
seu retorno era muito grande, e a opinião no Brasil sobre isso dividia-se.
Sobre a segunda exigência, a opinião em geral foi extremamente negativa, pois
demonstrou a intenção das cortes portugueses de recolonizar o Brasil.
Pressionado, d. João VI jurou lealdade à
Constituição portuguesa em fevereiro de 1821, e, em abril, partia de volta para
Lisboa. No entanto, seu filho, Pedro de Alcântara, permanecia no Rio de Janeiro
como príncipe regente do Brasil. O novo regente do Brasil, D. Pedro, tinha 23
anos. Várias medidas das cortes de Lisboa buscaram diminuir o poder do Príncipe
Regente e, desse modo, por fim à autonomia do Brasil.
A intransigência dos portugueses na relação
com os brasileiros fez com que a disposição da elite brasileira a negociar
fosse transformada em resistência. Com isso, a agitação revolucionária no
Brasil começou a aumentar e foi impulsionada pela elite do Sudeste. Entre
setembro e outubro, a relação entre Brasil e Portugal agravou-se por medidas
determinadas pelas Cortes. Essas medidas foram: Envio de mais tropas portuguesas
para o Brasil; Transferência de instituições do Rio de Janeiro para Lisboa e a
exigência do retorno do príncipe regente.
Esse evento acabou levando ao Dia do Fico,
que aconteceu em 9 de janeiro, e foi uma ocasião em que d. Pedro anunciou
publicamente que desobedeceria a ordem portuguesa e permaneceria no Brasil. Até
hoje os historiadores não têm certeza da fala proferida por d. Pedro, pois
existem divergências nos relatos. Porém a fala mais conhecida de dom Pedro foi:
"Como
é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo
que fico". O Dia do Fico era mais um passo para a independência do Brasil.
No entanto, em algumas províncias brasileiras, os partidários dos portugueses
não eram favoráveis ao governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio
de Janeiro e fiel às Cortes de Lisboa, tentou obrigar o embarque do regente,
mas foi frustrado pela mobilização dos brasileiros, que ocupavam o Campo de
Santana.
4.Movimento pela independência
Os acontecimentos desencadeavam uma crise no governo e os ministros portugueses, demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio, até então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo.
Nessa altura dos acontecimentos, a saída pela
defesa da independência começava a ganhar força nas elites brasileiras, embora
ainda fosse do desejo de muitos encontrar um caminho que conciliasse os
interesses de Brasil e Portugal. A atuação das Cortes, por sua vez, selou o
caminho e conseguiu unificar a maioria das províncias brasileiras pela
independência.
No mês de maio, o governo brasileiro
estabelecia que as determinações vindas de Portugal só poderiam ser acatadas
após a aprovação de D. Pedro.
Enquanto isso, na Bahia, desencadeava-se a
luta entre tropas portuguesas e brasileiras. Por sua vez, as Cortes em Portugal
tomaram medidas como: declararam ilegítima a Assembleia Constituinte reunida no
Brasil; o governo do Príncipe Regente foi declarado ilegal e este deveria regressar
imediatamente a Portugal. Diante da atitude da metrópole, o movimento pela separação
ganhava mais adeptos.
Dom Pedro resolveu partir para a província de
São Paulo a fim de garantir o apoio dos líderes locais. A princesa Dona
Leopoldina seria a regente durante a ausência do marido.
No final de agosto, uma carta com novas
ordens de Portugal chegava ao Brasil, e o tom continuava ríspido. As Cortes
criticavam os “privilégios” brasileiros, exigiam novamente o retorno do regente
e chamavam José Bonifácio de traidor. Essa nova carta fez a esposa de d. Pedro,
d. Leopoldina, convocar uma sessão extraordinária que ficou decidida pela
independência do Brasil.
5.O Grito de Independência
As notícias trazidas de Portugal e a decisão dessa sessão extraordinária foram enviadas para d. Pedro. Era 7 de setembro de 1822 quando o mensageiro, Paulo Bregaro, alcançou a comitiva do regente que estava voltando para o Rio de Janeiro, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador, sujeito às autoridades das Cortes. Ao inteirar-se da situação, o regente, decidiu que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal. Assim, ordenou que todos os presente tirassem dos uniformes as insígnias portuguesas que levavam e teria supostamente, realizou o grito da independência, também conhecido como Grito do Ipiranga.
Depois da independência, o Brasil começou a organizar-se enquanto nação. A primeira decisão a ser tomada era a forma de governo a ser imposta aqui, e nosso país decidiu ir na contramão de grande parte do continente americano. O Brasil optou por transformar-se em uma monarquia e não em uma república.
Na América do Sul, o nosso país foi o único a
transformar-se em monarquia, e na América Latina, além do Brasil, só o Haiti e
o México tiveram experiências monárquicas. Enquanto monarquia, o país precisava
de um monarca, e, assim, no dia 12 de outubro de 1822, D. Pedro foi aclamado
como o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado
em 1º de dezembro de 1822.
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Atividades de Averiguação de Aprendizagem
1.Sobre a independência do Brasil, é
incorreto afirmar que:
a)resultou de um processo político comandado
pelos grandes proprietários de terras.
b)girou em torno de D. Pedro I com o objetivo
de garantir a unidade do país.
c) proporcionou mudanças radicais na
estrutura de produção para beneficiar as elites.
d) continuou a produção a atender as
exigências do mercado internacional.
2. A respeito da Independência do Brasil é
correto afirmar que:
a) implicou em transformações radicais da
estrutura produtiva e da ordem social, sob o regime monárquico.
b) significou a instauração do sistema
republicano de governo, como o dos outros países da América Latina.
c) trouxe consigo o fim do escravismo e a
implementação do trabalho livre como única forma de trabalho e o fim do domínio
metropolitano.
d) implicou em autonomia política e em
reformas moderadas na ordem social decorrentes do novo status político.
e) decorreu da luta palaciana entre João VI,
Carlota Joaquina e Pedro I, que teve como consequência imediata a abertura dos
portos.
3. É hoje a nossa festa nacional. O Brasil
inteiro, da capital do Império a mais remota e insignificante de suas aldeolas,
congrega-se unânime para comemorar o dia que o tirou dentre as nações
dependentes para colocá-Io entre as nações soberanas, e entregou-lhe os seus
destinos, que até então haviam ficado a cargo de um povo estranho.
As festividades em torno da Independência do
Brasil marcam o nosso calendário desde os anos imediatamente posteriores ao 7
de setembro de 1822. Essa comemoração está diretamente relacionada com
a)a
construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade nacional.
b)o
domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se
efetivou logo após 1822.
c)os
interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a abolição
da escravidão.
d)o apoio popular às medidas tomadas pelo
governo imperial para a expulsão de estrangeiros do país.
e)a
consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à
transferência da Corte para o Rio de Janeiro.
4. Os acontecimentos abaixo se relacionam com
a crise do sistema colonial no Brasil e possibilitaram o processo de
Independência, exceto:
a)Assinatura
do Decreto de Berlim, que determinou o Bloqueio Continental.
b) Promulgação da Tarifa Alves Branco, com
características protecionistas.
c)Abertura
dos portos brasileiros às nações amigas.
d) A Revolução Liberal do Porto.
e) A elevação do Brasil a Categoria de reino
Unido a Portuga e Algarve
5. Todos os anos, no dia sete de setembro, o
Brasil comemora sua independência de Portugal. Entre as várias motivações que
corroboraram para a efetivação desta ruptura, assinale a alternativa correta.
a)O
apoio dos cafeicultores paulistas que, em 1822, representavam o setor econômico
mais dinâmico do país.
b)A adesão ao movimento de independência de todas as tropas portuguesas existentes no Brasil auxiliou os planos do príncipe regente.
c)A permanência em 1821 de D. João VI no Brasil, negando-se a retornar para Portugal, fortaleceu o ideário de independência.
d)As
medidas tomadas por Lisboa, em 1821, ao transferir para Portugal importantes
repartições instaladas no Brasil por D. João VI, aumentaram o espírito
oposicionista em relação à Corte.
e)O acatamento, por parte do príncipe regente, às ordens vindas de Lisboa que determinavam o seu retorno à Portugal, em setembro de 1822.