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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

3º ANO A - 11ª ATIVIDADE DE BIOLOGIA & 6º EXERCÍCIO (2ª Unidade)

 

3º ANO A - 11ª ATIVIDADE DE BIOLOGIA & 6º EXERCÍCIO

(2ª Unidade)


2ª Lei de Mendel, Interações gênicas, Ligação gênica e Permutação, Determinação cromossômica do sexo e Herança ligada ao sexo.

 

2ª LEI DE MENDEL

No di-hibridismo, faz-se a análise concomitante de duas características em um cruzamento. Entre as características estudadas por Mendel, estavam a forma e a cor das vagens das ervilhas-de-jardim (Figura 1). Dois pares de alelos estão envolvidos na determinação dessas duas características:

C – Vagens infladas                          A – Vagens verdes

c – Vagens constritas                         a – Vagens amarelas

 

            No cruzamento de duas plantas homozigotas para os dois pares de alelos – uma de vagem inflada (genótipo CCAA) e outra de vagem constrita (genótipo ccaa) – todos os descendentes apresentam vagem inflada verde (genótipo CcAa). Estando os pares de alelos Cc e Aa em cromossomos diferentes, a separação dos alelos de um dos pares, na meiose, não interfere na separação dos alelos do outro par, de tal forma que os gametas podem se formar com quatro combinações possíveis, nas mesmas proporções.


            Na geração F2, esses gametas podem se combinar de várias maneiras, todas com a mesma probabilidade.

Figura 1 – Na geração P, plantas puras (homozigotas) de vagens infladas verdes são cruzadas com plantas puras de vagens constritas amarelas. Na geração F1, todos os descendentes são heterozigotos ou híbridos (vagem inflada verde). Na geração F2, as características aparecem em combinações inexistentes na geração parental.

 

            Na geração F2, as proporções genotípicas e fenotípicas obtidas do cruzamento representado na Figura 1 são:

           


            O enunciado da Segunda Lei de Mendel é: “Dois ou mais pares de fatores segregam-se independentemente durante a formação dos gametas, nos quais se recombinam ao acaso”. Atenção: Essa lei só se aplica a pares de alelos situados em pares diferentes de cromossomos homólogos. É possível ainda determinar quantos tipos de gametas um indivíduo pode gerar conhecendo-se seu genótipo. Essa quantidade é dada por 2n, em que n é o número de pares de alelos em heterozigose, no genótipo analisado.

 

INTERAÇÕES GÊNICAS

            Nas interações gênicas, dois ou mais pares de alelos determinam, ao mesmo tempo, uma única característica. O formato da crista de galinhas é determinado por dois pares de alelo que interagem. O alelo dominante R determina crista “rosa”; o alelo dominante E condiciona crista “ervilha”. As aves rree possuem cristas simples. Quando ambos os alelos dominantes estão presentes em uma mesma ave, a crista possui o formato “noz”.

            Um gene pode impedir a expressão fenotípica de outro. Esse fenômeno denomina-se epistasia. O gene que impede a manifestação é o epistático e aquele cuja manifestação é inibida é chamado de hipostático. Em galinhas, quando se cruzam aves brancas da variedade Leghorn com aves brancas da variedade Plymouth, todos os descendentes são brancos. Entretanto, quando esses descendentes são cruzados, surgem aves brancas e também aves coloridas. Existem dois pares de alelos envolvidos nesse tipo de herança:

C – determina plumagem colorida

c – determina plumagem branca

I – impede a produção de pigmentos (alelo inibidor)

i – permite a produção de pigmentos


            Em um canteiro de ervilhas, é possível separar plantas de flores púrpuras e plantas de flores brancas. Quando as classes fenotípicas são bem distintas, as características possuem variação qualitativa ou descontínua, entretanto, há características que têm variação contínua ou gradativa, como a estatura humana. As estaturas dos alunos de uma escola, por exemplo, podem ser distribuídas segundo uma curva em sino. Essa curva é também chamada de curva de Gauss.


            Essas duas constatações – fenótipo com variação contínua e distribuição fenotípica em curva de Gauss – indicam que a herança é determinada por vários pares de alelos, tratando-se de herança quantitativa ou poligênica. Nesse padrão de herança, há uma série de pares de alelos, em que cada alelo pode contribuir com certa variação no fenótipo, a partir de um valor mínimo chamado fenótipo residual. Em cada um desses pares, não existe alelo dominante nem recessivo, mas alelo aditivo e alelo não aditivo.


            Um exemplo é a determinação genética da cor da pele humana. De acordo com o modelo proposto por Charles Davenport (embora se saiba atualmente que mais de cinco pares de alelos estão envolvidos), a cor da pele é condicionada por dois pares de alelos (S’ S e P’ P). Em cada par de alelos, há um alelo aditivo (S’ e P’) que contribui para tornar a pele escura e um alelo não aditivo (S e P).



LIGAÇÃO GÊNICA E PERMUTAÇÃO


            Os genes que estão em um mesmo cromossomo formam um grupo de ligação. Tal distribuição peculiar faz com que seus alelos não sigam o princípio da segregação independente, expresso na segunda lei de Mendel. Quando dois ou mais genes estão em um mesmo cromossomo, entre eles há ligação gênica (linkage, vinculação ou ligação fatorial).


            Na prófase I da Meiose, enquanto os cromossomos homólogos estão pareados, pode ocorrer permutação (ou crossing-over), troca de fragmentos entre as cromátides homólogas (Figura 2).

Figura 2(a) As células em que ocorre permutação entre os pares de alelos Pp e Vv originam quatro tipos de gametas PV, Pv, pV e pv. (b) As células nas quais não ocorrem permutação formam dois tipos: PV e pv. (c) Os gametas PV e pv são formulados mesmo que não haja permutação e repetem a ligação gênica existente nos cromossomos do indivíduo gerador; são gametas parentais. Os gametas Pv e pV refletem a ocorrência de permutação; são os gametas recombinantes.

 

            A permutação acontece entre as cromátides internas dos pares de cromossomos homólogos, enquanto nas cromátides externas mantém-se a ligação gênica original. Por isso, se em todas as células ocorresse permutação entre dois pares de alelos, a proporção de gametas recombinantes seria de apenas 50%. A proporção de gametas recombinantes, no total de gametas produzidos, é a Taxa de Recombinação (TR):

            

            Em geral, a taxa de recombinação é calculada por meio da análise de descendência dos cruzamentos. Quanto mais afastados estiverem dois genes, em um mesmo par de cromossomos homólogos, maior será a taxa de recombinação entre eles. Esse princípio básico permitiu a elaboração dos primeiros mapas cromossômicos.

 

DETERMINAÇÃO CROMOSSÔMICA DO SEXO


            Quando se comparam os conjuntos cromossômicos (ou cariótipos) de células diploides masculinas e femininas, um par de cromossomos – os cromossomos sexuais – faz a diferença. Na espécie humana a determinação cromossômica do sexo é conhecida por sistema XY. Além de dois lotes de autossomos, as células somáticas das pessoas do sexo masculino possuem um par de cromossomos sexuais X e Y. Já as células somáticas de indivíduos do sexo feminino possuem um par de cromossomos sexuais X.


            O cromossomo X é bem maior que o cromossomo Y, o que faz concluir que neles existem regiões de síntese proteica (locos) que não possuem correspondência no cromossomo Y. Por sua vez, apesar de ser bem menor que o cromossomo sexual X, o cromossomo sexual Y também possui locos que não existem no cromossomo X (Figura 3 e Figura 4).


Figura 3 – Comparação entre o tamanho dos cromossomos sexuais X e Y dos seres humanos. À direita o par XX responsável pelo desenvolvimento de pessoas do sexo feminino e do lado esquerdo do par XY, característico de pessoas do sexo masculino. (Fonte: biologia.seed.pr.gov.br).



 Figura 4 – As porções homólogas (ou pares) dos cromossomos sexuais são aquelas em que há correspondência entre os locos. Nas porções não homólogas (ou ímpares), os locos do cromossomo X não ocorrem no Y e vice-versa. (Imagem sem escala e colorida artificialmente).

 

            Nesse sistema o sexo masculino é heterogamético, isto é, origina dois tipos diferentes de gametas, enquanto o sexo feminino é homogamético, pois todos os seus gametas contêm um cromossomo X. Observe a Figura 5 abaixo: A criança do sexo feminino recebe, de seu pai, o cromossomo X, enquanto a criança do sexo masculino recebe dele o cromossomo Y. Os genes localizados nos cromossomos X não são transmitidos de pai pra filho, mas sim de pai para filha. Por outra lado, genes presentes no cromossomo Y são transmitidos de pai para filho, mas não de pai para a filha.


Figura 5 – No sistema XY, os gametas masculinos - que contêm o cromossomo X ou o cromossomo – determinam o sexo dos descendentes. (Fonte: proenem.com.br).

 

            O Sistema X0 é responsável pela determinação cromossômica do sexo em muitas espécies de insetos. As células somáticas dos machos possuem dois lotes de autossomos e apenas um cromossomo sexual X. A designação X0 indica a falta de um dos cromossomos desse par. As células somáticas das fêmeas apresentam dois lotes de autossomos e um par de cromossomos X.


            Em aves e em lepidópteros (borboletas e mariposas), as células somáticas dos machos contêm dois lotes de autossomos e um par de cromossomos sexuais ZZ, já as células somáticas das fêmeas têm dois lotes de autossomos e um par de cromossomos sexuais ZW (Figura 6).


Figura 6(a) No sistema X0, o sexo heterogamético é o masculino e os espermatozoides determinam o sexo dos descendentes. As fêmeas são homogaméticas. (b) No sistema ZW, as fêmeas são heterogaméticas e os gametas femininos determinam o sexo dos descendentes. Os machos são homogaméticos e todos os espermatozoides possuem um cromossomo Z.


HERANÇA LIGADA AO SEXO

            Na espécie humana, os alelos da porção não homóloga do cromossomo X determinam a chamada herança ligada ao sexo. São exemplos desse tipo de herança a hemofilia e o daltonismo. A hemofilia A, deficiência de um dos fatores de coagulação é condicionada por um alelo recessivo – representado por Xh – localizado na porção não homóloga do cromossomo X. O alelo dominante – indicado por XH – determina a coagulação normal. Os possíveis genótipos e fenótipos correspondentes são (Figura 7):



Figura 7(a) Uma mulher portadora do alelo da hemofilia A pode transmiti-lo para seus descendentes. As filhas que receberem o alelo Xh serão portadoras e os filhos serão de fato hemofílicos (manifestarão a doença). (b) Um homem hemofílico transmite esse alelo para todas as filhas, que serão portadoras e para nenhum dos filhos, que serão normais.

 

            O daltonismo, doença determinada por um alelo recessivo da porção não homóloga do cromossomo X, é a incapacidade de distinguir cores, geralmente o verde e o vermelho. A herança do daltonismo é semelhante à da hemofilia: um alelo recessivo da porção não-homóloga do cromossomo X – o alelo Xd – estando presente em dose dupla nas mulheres determina a ocorrência do daltonismo; nos homens, basta um alelo Xd para que a doença se manifeste. Observe no quadro abaixo.




 

6º EXERCÍCIO – 2ª UNIDADE

 

Confiram abaixo a seleção de questões no Google Formulários para a averiguação da aprendizagem.


O formulário pode ser acessado pelo atalho a seguir: 6ºexercício – 2ª Unidade

 

Abraços e até a próxima postagem!

 

Vinícius