COLÉGIO
ESTADUAL FAUSTO CARDOSO
GEOGRAFIA
AULA REMOTA 2
III
UNIDADE
Prof.
MSc. Emerson Ribeiro. Turmas: 3º ano
do Ensino Médio A e B. Data:10/12/2020
CONFLITOS
INTERNACIONAIS E A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
1-CONFLITO ISRAEL
E PALESTINA
A disputa territorial entre Israel e
Palestina é um conflito que dura séculos, onde israelenses e palestinos querem
o controle de Jerusalém, a qual possui importantes localidades para judeus,
cristãos e muçulmanos. Em 1948 Jerusalém foi dividida entre Ocidental (Israel)
e Oriental (Jordânia), já em 1980 Israel anexou a parte Oriental ao seu
território, medida vista como ilegal pela ONU e União Europeia.
De 1993 em diante, após tratado
firmado entre ambas as partes em conflito, foi acordado que o status final da
cidade deve ser discutido nos últimos estágios das negociações de paz, mediada
pelos EUA.
Desde 2014, porém, uma série de conflitos vêm agravando a situação, principalmente no território palestino, contabilizando mais de 2 mil mortes em apenas um mês. Nos últimos meses, protestantes palestinos têm feito atos nos limites do território da Faixa de Gaza contra as condições inviáveis na qual vivem.
A taxa de desemprego na região já atinge os 44%. Soldados israelenses têm usado armas de máximo dano contra os palestinos, a maioria não demonstrando ameaça a eles. A Anistia Internacional denuncia estes atos, afirmando ser um sério abuso dos direitos humanos e que as autoridades israelenses não estão punindo estas ações.
2- CONFLITO DA CAXEMIRA
A Caxemira representa um dos mais importantes conflitos da atualidade que envolve diferenças étnicas e disputas pela divisão de fronteiras nacionais. Antes de 1947 alguns territórios estiveram sob o domínio do Marajá Hari Singh Bahadur. Após a 2ª Guerra Mundial, o território foi dividido entre Índia, Paquistão e China.
A Índia ganhou o controle do território de Jammu, Caxemira e Ladakh, e o Paquistão tomou o controle de Gilgit, Baltisan, e a parte ocidental da Caxemira. Atualmente, o estado indiano formado por Jammu, Caxemira e Ladakh é oficialmente chamado Jammu e Caxemira equivalente a 60% do território. O Paquistão detém 30% e a China possui uma área relativamente menor, com 10%.
A Caxemira
Oriental, de controle da Índia, tem sua maioria da população de origem
mulçumana e por esse motivo é reivindicada pelo governo do Paquistão.
3- A
GUERRA CIVIL SÍRIA
Em
março de 2011, um grupo de crianças e jovens foi preso em Daraa, no sul da
Síria, por picharem frases com críticas ao governo. Inconformadas, centenas de
pessoas saem às ruas da cidade para protestar contra as restrições à liberdade
promovidas pelo governo do presidente Bashar Al-Assad. Num primeiro momento,
simpatizantes dos que se rebelaram contra o governo começaram a pegar em armas
– primeiro para se defender e depois para expulsar as forças de segurança de
suas regiões.
Após a represália do governo de
Assad alguns grupos foram formados a fim de combater as forças governamentais e
tomar o controle de cidades e vilas. A batalha chegou à capital, Damasco, e
depois a Aleppo em 2012 instalando uma a guerra civil na Síria.
O grupo terrorista Estado Islâmico
aproveitou o vácuo por parte do governo e foi conquistando território, tanto na
Síria como no Iraque, e proclamou seu ‘califado’ em 2014. Para isso, tiveram de
lutar contra rebeldes, governistas, e outros grupos terroristas.
Para
conter o avanço do Estado Islâmico no ganho de territórios, os Estados Unidos e
Rússia fizeram ataques aéreos na Síria. Mas o Governo de Bashar Al-Assad e
ativistas da oposição dizem que os ataques têm matado civis e rebeldes apoiados
pelo Ocidente.
O resumo da obra em termos de apoio
é esse: a Rússia e os Estados Unidos querem o fim do Estado Islâmico. Porém, os
Estados Unidos querem a queda do governo de Bashar Al-Assad – por considerarem
que seu regime não-democrático é prejudicial à Síria – e, por isso apoia os
rebeldes; por outro lado, a Rússia acredita na força de Assad e está apoiando
seu regime. A Síria, então, é o território do fogo cruzado dessa guerra fria.
A guerra civil na Síria já vitimou ao menos 400 mil pessoas, além de forçar mais de 5 milhões a saírem do país como refugiados e outros 11 milhões foram obrigados a se deslocar dentro da Síria. Com a economia em frangalhos, quase 80% dos sírios que permaneceram agora vivem abaixo da linha de pobreza.
EXERCÍCIO
1-No âmbito da
Partilha da Palestina, realizada após uma série de debates e acordos
diplomáticos, a cidade de Jerusalém seria considerada.
a) parte do
território judeu, mas de livre acesso pelos árabes.
b) a capital da
Palestina, porém com participação gestora de Israel.
c) uma cidade
administrada igualmente pelos dois países.
d) a capital de
Israel, sendo restrita à entrada de palestinos em sua área.
e) uma cidade
neutra, de cunho internacional, administrada pela ONU
2-Ao longo de
vários períodos da história e, principalmente, durante o século XX, os judeus
intensificaram sua busca e migração em prol da ocupação da região que
consideram como a Terra Prometida. Mais tarde, a criação do Estado de Israel
nessa área esteve entre os vários fatores que desencadearam a discórdia com os
palestinos, que também habitam a região.
A busca ideológica
e religiosa dos judeus pela terra que consideram ser sagrada é chamada de:
a) inversão
diaspórica
b) judaísmo
c) sionismo
d)
territorialização
e) intifada
3- Desde março de
2011, estima-se que o conflito na Síria tenha causado a morte de 100 mil
pessoas, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos
(ACNUDH). Estima-se que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência
humanitária urgente. Há mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países
vizinhos e no Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas
atingidas (ONU Brasil).
Sobre o conflito na Síria, assinale a alternativa CORRETA.
a) Trata-se de um
conflito entre Israel e o governo de Bashar Al-Assad que disputam o controle e
a influência sobre o território vizinho do Líbano.
b) Trata-se de um conflito
entre árabes e curdos. Bashar Al-Assad é um governante curdo que vem sendo
pressionado a deixar o poder pela maioria árabe.
c) Os curdos,
entre os quais está Bashar Al-Assad, correspondem a 70% da população síria,
portanto, garantem amplo apoio ao seu governo democrático.
d) Os principais
aliados do governo de Bashar Al-Assad são os governos dos Estados Unidos e da
Rússia que juntos conseguem dar suporte ao ditador e evitar que grupos de
adversários como o Hezbollah dominem o território sírio.
e) O conflito na
Síria surgiu em seguida aos movimentos da Primavera Árabe na Tunísia e no
Egito. A reação violenta do governo, aos protestos populares, resultou em
aumento das tensões. Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos sunitas, sofrem
forte repressão de Bashar Al-Assad que pertence à minoria alauíta.