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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

3º ANO A e B, 3ª ATIVIDADE DE GEOGRAFIA DA III UNIDADE, PROF. MSc. EMERSON RIBEIRO

 

COLÉGIO ESTADUAL FAUSTO CARDOSO

GEOGRAFIA AULA REMOTA 3

III UNIDADE

Prof. MSc. Emerson Ribeiro.    Turmas: 3º ano do Ensino Médio A e B.       Data:17/12/2020

 

CONFLITOS INTERNACIONAIS E A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO

Continuidade

 

PRIMAVERA ÁRABE

 

            A Primavera Árabe foi um período de transformações históricas nos rumos da política mundial. Uma onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte da África em que a população foi às ruas para derrubar ditadores ou reivindicar melhores condições sociais de vida.

            Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se arrastou para outros países. No total, entre países que passaram e que ainda estão passando por suas revoluções, somam-se à Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã. Veja abaixo as principais informações a respeito de cada uma dessas revoluções.


Tunísia: Os protestos na Tunísia, os primeiros da Primavera Árabe, foram também denominados por Revolução de Jasmin. Essa revolta iniciou-se no final de 2010 e encerrou-se em 14 de janeiro de 2011 com a queda de Ben Ali, após 24 anos no poder.

Líbia: A revolta na Líbia ou Guerra Civil Líbia ou Revolução Líbia ocorreu sob a influência das revoltas na Tunísia, tendo como objetivo acabar com a ditadura de Muammar Kadhafi. Essa foi uma das revoluções mais sangrentas da Primavera Árabe e contou com a intervenção da OTAN. O ditador líbio foi morto em 20 de outubro de 2011.

            Egito: A Revolução de Lótus e Revolução do Nilo, foi a luta da população contra a longa ditadura de Hosni Mubarak. Os protestos se iniciaram em 25 de janeiro e terminou em fevereiro de 2011. Após a onda de protestos, Mubarak renunciou a uma possível candidatar a novas eleições. Em junho de 2011, Mohammed Morsi foi eleito presidente egípcio, porém, também foi deposto no ano de 2013.

            Argélia: A onda de protestos tenta derrubar o atual presidente Abdelaziz Bouteflika, há 12 anos no poder. Em virtude das manifestações e insatisfação com o governo, Bouteflika realizou novas eleições, que venceu com um elevado número de abstenções. Os protestos continuam, inclusive, atentados terroristas que demonstram a insatisfação dos argelinos frente ao governo.

 

UCRÂNIA

 

            Desde novembro de 2013 ocorreu uma onda de protestos na Ucrânia contra o governo do presidente Viktor Yanukovych, principalmente na praça da Liberdade (Maidan), no centro da capital Kiev. O motivo principal seria o fato de Yanukovych ter decidido que o país não assinaria o acordo com a União Europeia, pretendendo reforçar as relações com a Rússia. Prédios públicos foram ocupados, barricadas foram erguidas na capital Kiev e dezenas de mortes foram verificadas desde o início dos conflitos, evidenciando a violência dos protestos.

            Fatores das manifestações: crise econômica, a desigualdade social, a corrupção, o sucateamento dos serviços sociais, pobreza, o desemprego e força policial contra os manifestantes.

            A Rússia tem interesses particulares na Ucrânia por questões estratégicas, uma saída para o mar Mediterrâneo. A península da Criméia foi dada de presente a Ucrânia durante a guerra fria e logo após a Rússia construiu uma base militar.   

O conflito interno na Ucrânia está relacionado com divisões geográficas e culturais do país. A Ucrânia Central e Ocidental é mais próxima à Europa e é onde existe uma tradição cultural ucraniana. A Ucrânia do Sul e Oriental é mais próxima à Rússia e sua população é de maioria russa. Essa parte do pais composta por uma população russa que a anexação a Rússia, com isso, ela teria acesso ao mar Negro e por sua vez ao mar mediterrâneo e a o Oceano Atlântico.

A situação na Ucrânia é delicada já que passarem em seu território gasodutos que fornecem o combustível à Europa, tornando o conflito mais complexo.




ATIVIDADE 

1-Os protestos nessa revolução iniciaram-se em janeiro de 2011, com o objetivo de derrubar o então ditador Hosni Mubarak, o que foi concretizado em menos de um mês. Os rebeldes foram profundamente influenciados por outra revolução realizada em um país próximo, que derrubou o então ditador Zine El Abidini Ben Ali, que se encontrava há 24 anos no poder. 

As revoluções a que o texto se refere são, respectivamente:

 

a) Revolução dos Clérigos, em Bangladesh, e a Revolução dos Trópicos, na China.

b) Revolução de Independência da Bósnia e a Revolta Militar Sérvia.

c) Revolução de Lótus, no Egito, e Revolução de Jasmim, na Tunísia.

d) Revolução da Síria e Revolução Iraniana.


2-Assinale a alternativa com o nome da primeira das revoltas que marcaram a Primavera Árabe.

a) Revolução árabe

b) Revolução de Lótus

c) Revolução Líbia

d) Revolução de Jasmim

e) Revolução Palestina

 

3-"Primavera Árabe" precisa ser aposentada

Eu acho que agora é oficial: a "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Não tem nada de primaveril acontecendo por lá. O mais amplo, mas ainda vagamente esperançoso, "Despertar Árabe" também já não parece válido, considerando-se tudo o que já foi despertado. E, por isso, o estrategista Anthony Cordesman provavelmente está certo quando afirma que atualmente é melhor falar da "Década Árabe" ou do "Quarto de Século Árabe" – um longo período de instabilidade intranacional e intrarregional, durante o qual a luta tanto pelo futuro do Islã quanto pelo futuro de cada país árabe se misturou em um "choque dentro de uma civilização" [...].

FRIEDMAN, Thomas L. "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Uol Notícias, 13/04/2013. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/thomas-friedman/2013/04/13/primavera-arabe-precisa-ser-aposentada.htm

De acordo com a leitura do texto e com os seus conhecimentos sobre o que se denominou por “Primavera Árabe”, assinale a alternativa incorreta:

a) O autor defende a ideia de que a expressão “Primavera Árabe” não é suficiente para designar as sucessivas revoltas populares no Oriente Médio em razão do caráter duradouro desses movimentos, que se estendem por mais tempo do que uma simples estação do ano.

b) A escolha do autor pela expressão “Década Árabe” se deve ao fato de as revoluções da Primavera Árabe já terem completado dez anos de existência.

c) Ao contrário do que ocorre na Tunísia e no Egito, as revoluções na Líbia e na Síria caracterizam-se pelo confronto militar entre tropas leais aos regimes e os povos rebeldes.

d) Nem todas as revoluções da Primavera Árabe desejam a deposição dos governantes, a exemplo da população do Marrocos, que defende apenas a diminuição dos plenos poderes do Rei Mohammed VI.

e) Percebe-se no texto que o autor preconiza a ideia de que a duração das sucessivas revoluções árabes pode ser maior do que a comunidade internacional imaginava.