PROFESSOR REGINALDO - PORTUGUÊS - 2ºs A, B, C e D.
Escola Estadual Fausto Cardoso
Educando(a):
Turma: 2º anos A, B, C e D Data: 14/12/2020
Componente
Curricular: Língua Portuguesa
Professor: Reginaldo Silva de Araújo
O NATURALISMO, O
REALISMO e o PARNASIANISMO - 3ª UNIDADE
O naturalismo, tendência estética e
literária em voga no último quartel do século XIX, surgiu na França e é
entendido por muitos críticos como uma corrente mais extremada do movimento realista, sendo muitas vezes também chamado
de realismo-naturalismo.
O Naturalismo introduz o caráter científico
ao Realismo - o homem é produto do meio, resultado do ambiente
social e da hereditariedade psicofisiológica. O Parnasianismo reforça
os valores clássicos – daí o equilíbrio entre razão, objetividade, purismo
linguístico e perfeição formal.
O termo naturalismo foi utilizado como
vertente artística pelo escritor Émile
Zola, inspirado no método de investigação das ciências naturais
que se estabelecia desde o século XVII:
“O Naturalismo, nas letras, é igualmente
o retorno à natureza e ao homem, a observação direta, a anatomia exata, a
aceitação da pintura do que existe.”
Empenhados em escrever um retrato fidedigno da realidade,
ao contrário do universo idealizado e subjetivo do romantismo, os naturalistas desenvolveram um estilo
literário objetivo e, como postulou o próprio Zola, anatômico: o “retorno à
natureza” focalizava o lado
mais animalesco do homem, em frequentes descrições patológicas –
doenças, hereditariedade, influências do meio, em uma constante luta pela
sobrevivência.
Contexto histórico
A Europa do século XIX vivenciava
profundas transformações econômicas, políticas e sociais, proporcionadas por
dois grandes eventos do século XVIII: a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Com a industrialização, surgiam
os primeiros centros
urbanos e a nova ordem econômica do capitalismo financeiro, dividindo a sociedade entre burguesia, a nova classe dominante após o fim
do Antigo Regime, e proletariado, classe dos
trabalhadores assalariados, que operavam o maquinário industrial.
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Essas oposições e as condições
degradantes de trabalho da época propiciaram matéria-prima para as teorias socialistas de Karl Marx, cuja perspectiva classista influenciou
diretamente a estética naturalista.
A burguesia consolidava-se no poder, o
que propiciava o movimento da Segunda Revolução
Industrial, que levaria
à exploração do aço, do petróleo e da eletricidade. O entusiasmo das novas invenções e descobertas levava
o cientificismo, em voga desde o século XVII, ao seu ápice: o método das
ciências naturais era tido como a principal maneira de compreender a realidade.
Essa mentalidade deu origem também
ao positivismo, doutrina de Auguste Comte que dividia a humanidade em três
estágios, sendo o científico o mais evoluído dos três. A teoria defendia que a
única maneira de se chegar à verdade era por meio da investigação científica –
ou seja, acredita-se apenas naquilo que é passível de comprovação pelos meios
da ciência.
Foi nessa época que Charles Darwin propôs sua teoria da evolução das
espécies e
que Mendel postulou
suas leis da hereditariedade, grandes influenciadoras da corrente naturalista,
que entendia o homem
como um produto da natureza – portanto, sujeito à seleção
natural e herdeiro de características das gerações anteriores.
Também em voga na época foi o determinismo de Hippolyte Taine, corrente de pensamento que entendia o contexto, o meio em que o indivíduo vive, como determinante de suas ações. Taine postulou que o meio, a raça e o momento são os três fatores que determinam as atitudes e o caráter dos indivíduos, teoria que também influenciou diretamente o naturalismo (e acabou por também dar espaço para correntes teóricas do racismo científico, por exemplo).
Principais
características do naturalismo
·
Ênfase
no lado mais animalesco do homem: a fome, o instinto, a parte “não civilizada”,
a sexualidade etc., bem como a zoomorfização de personagens;
·
Determinismo:
o indivíduo não é mais sujeito, mas um figurante da história, resultado das
influências do meio;
·
Cientificismo:
o homem é entendido como produto das leis naturais;
·
Patologias
sociais: as obras naturalistas enfatizam esses temas, trazendo à tona tópicos
como as taras sexuais, os vícios, as doenças, o incesto, o adultério;
·
Objetividade
e impessoalidade narrativas;
·
Preferência
por temas cotidianos, frequentemente priorizando as relações e vivências das
classes “inferiores”;
·
Predominância
da forma descritiva;
· Obras comumente engajadas, denúncias de aspectos socialmente retrógrados, da miséria e do sistema de desigualdades que fundamentava o capitalismo que surgia.
Principais autores do
naturalismo
·
Émile Zola (Paris,1840-1902)
Considerado o fundador da estética naturalista,
foi romancista, contista, dramaturgo, poeta, jornalista e crítico literário.
Entendido como pai do romance experimental, Zola tencionava fazer da literatura
um instrumento efetivo de luta para mudanças sociais. Autor prolífico, de sua
vasta obra destacam-se os títulos A
Taberna (1886), Naná (1880), Germinal (1885), A besta humana (1890)
e J’accuse (1898).
Exerceu influência decisiva na maioria dos escritores naturalistas.
·
Aluísio Azevedo (São Luís-MA, 1857
– Buenos Aires, 1913)
Aluísio Azevedo – escritor, dramaturgo, pintor,
caricaturista e, no final de sua carreira, diplomata – foi o autor que inaugurou a estética
naturalista no Brasil. Sua obra O Mulato (1881) é tida
como o primeiro expoente dessa corrente literária, que alcançou o seu auge com
o célebre O Cortiço (1890),
romance em que descreve em minúcias (patológicas) a organização social da
periferia carioca, onde o português é o dono do imóvel, dividido em porções
menores e alugado aos brasileiros das classes mais baixas, que se veem diante
de diversas barreiras sociais, como o preconceito e a exploração constantes.
·
Adolfo Caminha (Aracati-CE, 1867
– Rio de Janeiro, 1897)
Escritor, jornalista e oficial da Marinha
do Brasil, sua morte precoce por tuberculose não o impediu de ser um dos mais veementes
naturalistas do cânone nacional. Estreou em 1886 com a publicação em
versos Voos Incertos,
mas foi com a obra A
Normalista (1893) que se consolidou como autor naturalista:
trata-se de uma chocante narrativa cujo enredo centra-se em uma relação incestuosa.
Aclamado por suas descrições minuciosas, o
mais famoso romance de Caminha é O Bom Crioulo (1895), protagonizado por um
oficial da Marinha que se envolve amorosa e sexualmente com um grumete (graduação mais inferior das praças da Armada).
Trata-se da primeira obra brasileira centrada em uma relação homossexual.
Naturalismo no Brasil
Desde a década de 1870, o Brasil passava
por ebulições
políticas e sociais: o Segundo Reinado via-se ameaçado por crises
diversas, que incluíam a longa duração da Guerra do Paraguai (1864-1870) e pela
pressão em prol da abolição da escravatura – sendo o Brasil o último país a
banir essa prática, que era embasada em distinção racial.
Os naturalistas brasileiros foram, grosso modo, abolicionistas e engajados no movimento republicano, de modo que a tendência estética de origem francesa ganhou aqui as cores e os problemas nacionais: o racismo, a herança colonial das relações de trabalho e da apropriação da terra, a mestiçagem etc. As questões universais das diferenças sociais misturaram-se às questões locais que urgiam reflexão.
Naturalismo e realismo
O naturalismo é entendido como uma corrente mais radical do realismo.
As duas escolas compartilham, portanto, algumas premissas: o retrato verossímil
da realidade, a preferência por cenas cotidianas, a objetividade das obras, o
desprezo pelas idealizações românticas – retratando o adultério em oposição à
realização amorosa matrimonial e o fracasso social ao contrário do herói
idealizado –, a crítica da moralidade burguesa e a impessoalidade.
O que diferencia o naturalismo é a
abordagem patológica das personagens e situações. Enquanto o realismo
privilegia mergulhos psicológicos nas personagens, o naturalismo possui um
olhar anatômico, ressaltando a doença e o aspecto animalesco do ser humano. As
personagens são abordadas de fora para dentro, enfatizando as ações exteriores,
sem preocupação com o aprofundamento psicológico. O realismo retrata o homem psicológico,
enquanto o naturalismo propõe o homem biológico.
Se o realismo propõe retratar o homem em
interação com seu meio, o naturalismo vai
ainda um pouco além: expõe
o indivíduo como um produto biológico, cujo comportamento é
determinado a partir dessas relações com o meio e de acordo com suas
características hereditárias.
PARNASIANISMO
O Parnasianismo é um movimento literário que surgiu na mesma época do
Realismo e do Naturalismo, no final do século XIX. De influência e tradição
clássica, tem origem na França.
Seu nome
surge de Parnase Contemporain, antologias publicadas em Paris a
partir de 1866. Parnaso é como se chama a montanha consagrada a Apolo e às
musas da poesia na mitologia grega.
Em
1882, Fanfarras, de Teófilo Dias, é a obra que inaugura o parnasianismo
brasileiro, movimento que se prolonga até a Semana de Arte Moderna,
em 1922.
De postura
anti-romântica, o Parnasianismo é baseado no culto da forma, na impassibilidade
e impessoalidade, na poesia universalista e no racionalismo.
Raimundo
Corrêa e Alberto de Oliveira
Os autores
parnasianos criticavam a simplicidade da linguagem, a valorização da paisagem
nacional e o sentimentalismo. Para eles, essa era uma forma de subjugar os
valores da poesia.
A proposta
inovadora era de uma poesia de linguagem rebuscada, racional e perfeita do
ponto de vista formal. Acreditavam que, se estivessem apoiados no modelo
clássico poderiam contrapor os exageros e a fantasia típica do movimento
literário Romantismo.
Ao
Parnasianismo, seguiu-se o Simbolismo, movimento que exalta a realidade
subjetiva e que nega a razão explorada pelos parnasianos.
Características do Parnasianismo
Os
parnasianos são esteticamente detalhistas. Ao se preocupar com a forma,
valorizam o vocabulário culto, os sonetos, bem como as rimas raras.
Também de
forma marcante, os temas da antiguidade clássica são observados nessa escola
literária, cujos autores são realistas e objetivos e mostram as coisas como
elas se apresentam, ou seja, de forma descritiva e sem lirismo, ou com
exaltação de sentimentos muita vaga. Isso porque entendem que a arte já seja
bela, de modo que não precisa ser explicada, pois ela vale por si.
Muitas
características do Parnasianismo encontram-se presentes no Realismo. Observe,
no entanto que, no Parnasianismo foram criadas apenas poesias, não existe prosa
parnasiana.
Em resumo,
as características do Parnasianismo são:
·
Idealização da arte pela arte
·
Busca da perfeição formal
·
Preferência pelo soneto
·
Preferência pela descrição
·
Rimas raras
·
Vocabulário culto
·
Objetivismo
·
Racionalismo
·
Universalismo
·
Apego à tradição clássica
·
Gosto pela mitologia greco-latina
·
Rejeição do lirismo
Contexto histórico
O fato dos
parnasianos interpretarem o mundo de forma cientificista e positivista resulta
do período em que esteve inserido, época de muitas invenções e avanços que
traziam mudanças não só à economia, mas que transformavam a mentalidade das
pessoas.
Isso
porque, a valorização da ciência rompe com o subjetivismo, marca da escola
literária anterior, o Romantismo.
Autores do Parnasianismo no Brasil
Os
principais autores do Parnasianismo no Brasil foram Olavo Bilac (1865- 1918), Raimundo Corrêa (1859-1911) e Alberto de
Oliveira (1857-1937). Os três formavam a chamada tríade parnasiana.
Além
deles, outros autores também merecem destaque: Augusto de Lima (1859-1937),
Bernardino Lopes (1859-1916), Fontoura Xavier (1856-1922), Francisca Júlia
(1871-1920) e Múcio Teixeira (1857-1926)
Autores do Parnasianismo em Portugal
Embora
tenha sido mais representativo no Brasil, alguns autores se destacam no
Parnasianismo em Portugal. São exemplos: António Feijó (1859-1917), Cesário
Verde (1855-1886), Gonçalves Crespo (1846-1883) e João Penha (1838-1919).
O REALISMO NO BRASIL
O Realismo é a escola literária que analisa a realidade. Tem
origem na França e, no Brasil, surge depois do Romantismo e antes do
Simbolismo, compreendendo os anos 1881 a 1893 - o mesmo período em que o
Naturalismo e o Parnasianismo também ocorreram.
Marcado pelo objetivismo, pela veracidade e pela denúncia
social, o Realismo brasileiro tem início com a obra de Machado de Assis
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, publicada em 1881.
CONTEXTO HISTÓRICO DO REALISMO NO
BRASIL
Quando o Realismo surge no Brasil em 1881, o País passava pelo
processo do abolicionismo, um movimento que tinha surgido na Europa e promoveu
o fim da escravidão brasileira em 1888.
Na mesma altura, em 1889, ocorre a Proclamação da República.
É nesse cenário, influenciado pelo Positivismo, pelo Socialismo
e pelo Marxismo, que se desenvolvem ao longo dos anos 1800, que o Realismo
surge no Brasil.
Características do realismo
brasileiro
·
Inversão dos ideais do Romantismo;
·
Enfoque no homem e no seu cotidiano;
·
Crítica social;
·
Linguagem simples e objetiva;
·
Personagens e ambientes descritos de
forma detalhada.
O Realismo no Brasil dá enfoque ao homem, ao seu cotidiano e à
crítica social. Assim, por meio de uma linguagem simples e objetiva, as obras
são ricas na descrição de detalhes - características que visam aproximar o
leitor o mais possível da realidade.
O Realismo em Portugal, por sua vez, tem enfoque no combate ao
Romantismo e a sua idealização da sociedade, bem como no ataque à burguesia, à
monarquia e ao clero.
Assim, tenta mostrar como a mentalidade romântica ilude as
pessoas e como era preciso dar espaço à ciência.
Obras do realismo brasileiro
No Brasil, o Realismo tem como marco inicial a publicação de
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881) de Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis (1881)
Clássico da literatura brasileira, Memórias Póstumas é a obra de
maior destaque de Machado de Assis, e aquela que inaugura o Realismo no Brasil.
Isso porque é uma obra ousada, a partir da qual tem início o
processo de inversão dos ideais românticos ao desmascarar interesses presentes
nas relações sociais.
Dividida em 160 capítulos, começa com o relato da morte do seu
narrador, Brás Cubas, o “defunto autor”.
Dom Casmurro, de Machado de Assis (1899)
Outra incrível obra de Machado de Assim, Dom Casmurro trata da
desconfiança na relação conjugal, mais uma vez opondo-se aos ideais do
romantismo.
Dom Casmurro apresenta-se em 148 capítulos, que não são
suficientes para revelar a dúvida quanto à traição de Capitu com Escobar.
Capitu é o amor da vida do narrador Bentinho, conhecido como “Dom Casmurro”;
Escobar é o seu melhor amigo.
Quincas Borba, Machado de Assis (1891)
É com Quincas Borba que se completa a trilogia realista de
Machado de Assis, obra em que o autor aborda a questão dos casamentos por
interesse.
Composta por 201 capítulos curtos, o narrador da obra é
onisciente e, por vezes, chega a se comunicar com o leitor.
O Ateneu, de Raul Pompeia (1888)
Importante obra do realismo, ao mostrar a realidade de um
colégio interno através de descrições detalhadas, O Ateneu constitui uma
crítica à sociedade.
O livro, inicialmente publicado em folhetins, é composto por 12
capítulos, e pode ser considerado autobiográfico, uma vez que fala de uma
realidade vivida pelo próprio autor, que estudou num colégio interno.
Canções sem Metro, de Raul Pompeia (1900)
Canções sem Metro é uma prosa poética que inaugura o poema em
prosa no Brasil.
Apesar do fato de dar início a esse tipo de expressão que
conjuga os gêneros literários prosa e poesia -, é uma obra que poucos conhecem
e, inclusive, é vista por alguns como um fracasso de Pompeia.
Os 2 autores brasileiros da escola realista
Machado de Assis (1839-1908)
Considerado um dos maiores escritores da Literatura Brasileira,
Machado de Assis foi também jornalista e crítico literário.
Figura singular, um dos fundadores e diretor da Academia
Brasileira de Letras, escreveu poesia, contos, crônicas, romances e teatro.
Marcada por temas sociais, críticas à burguesia e profunda
análise psicológica dos personagens, sua prosa é dividida em dois momentos: uma
fase com a presença de características românticas, e outra marcadamente realista.
Raul Pompeia (1863-1895)
Jornalista, escritor e orador brasileiro, Raul Pompeia publica
seu primeiro romance, Uma Tragédia no Amazonas, em 1880.
O grande destaque dessa fase é o seu romance intitulado O Ateneu
(1888), primeiramente publicado nos folhetins e posteriormente a obra completa.
Figura polêmica, envolveu-se na campanha abolicionista e nas
causas republicanas. Além disso, foi caluniado e afastado pelos amigos e,
diante disso, suicidou-se no dia 25 de dezembro de 1895.
Aluísio Azevedo, Rodolfo Teófilo e
Visconde de Taunay são realistas?
Machado e Pompeia são os autores em cujas obras as
características do realismo são marcantes. Além de ambos, no período realista
Aluísio Azevedo, Rodolfo Teófilo e Visconde de Taunay transportam em alguns trabalhos
marcas realistas.
Aluísio Azevedo e Rodolfo Teófilo pertencem ao Naturalismo, o
qual é considerado por alguns estudiosos uma vertente do Realismo. Isso porque
as duas escolas literárias apresentam semelhanças - especialmente no que
respeita à representação da realidade e a inversão dos ideais do Romantismo.
Visconde de Taunay, por sua vez, pertence ao Romantismo. No
entanto, sua obra de maior destaque, Inocência, conjuga características
românticas e realistas. Para alguns críticos literários, Inocência, marca a
transição do autor entre uma escola e outra.
UM POUCO DE GRAMÁTICA - Tempos e Modos Verbais
O verbo indica um processo localizado no tempo.
Podemos distinguir: presente, pretérito e futuro.
Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala.
Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente.
Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala.
Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios.
Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala.
Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios.
O pretérito (ou passado) subdivide-se em:
• Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído.
Ex.: Ninguém relatou o seu delírio.
• Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído,
revela o fato em sua duração.
Ex.: Ele conversava muito durante a palestra.
• Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro
também passado.
Ex.: “... sempre nos faltara aquele
aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade)
O futuro subdivide-se em:
• Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala.
Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato ocorrido.
• Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em relação a um fato
passado.
Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao
hospital.
Empregos especiais:
• Presente:
- pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido no
passado (presente histórico).
Ex.: Em 15 de agosto de 1769 nasce Napoleão
Bonaparte. (nasce = nasceu)
- pode indicar futuro próximo.
Ex.: Amanhã eu compro o doce pra você.
(compro = comprarei)
- pode indicar um processo habitual, ininterrupto.
Ex.: Os animais nascem, crescem, se reproduzem e morrem.
• Imperfeito:
- pode ocorrer com valor de futuro do pretérito.
Ex.: Se eu não tivesse motivo, calava. (calava =
calaria)
• Mais-que-perfeito:
- pode ser usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito do
subjuntivo.
Ex.: Mais fizera se não fora pouco o dinheiro
que dispunha. (fizera = faria, fora = fosse)
- pode ser usado em orações optativas.
Quem me dera ter um novo amor!
•Futuro do presente:
- pode exprimir ideia de dúvida, incerteza.
Ex.: O rapaz que processou o patrão por racismo, receberá uns trinta mil de indenização.
- pode ser usado com valor de imperativo.
Ex.: Não levantarás falso testemunho.
• Futuro do pretérito:
- pode ocorrer com valor de presente, exprimindo polidez ou cerimônia.
Ex.: Você me faria uma gentileza
Modos verbais
• Modo indicativo: exprime
certeza, precisão do falante perante o fato.
Ex.: Eu gosto de chocolate.
• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza,
dúvida, imprecisão do falante perante o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.
• Modo imperativo: exprime atitude de ordem,
solicitação, convite ou conselho.
Exs.: Não cante agora!
Empreste-me 10 reais, por favor.
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado.
Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.
Infinitivo pessoal ou impessoal
• Infinitivo impessoal: terminado em r para qualquer pessoa.
Ex.: comprar, comer, partir.
Emprega-se o infinitivo impessoal:
a) Quando ele não estiver se referindo a sujeito algum.
Ex.: É preciso amar.
b) Na função de complemento nominal (regido de preposição).
Ex.: Esses exercícios não são fáceis de resolver.
c) Quando faz parte de uma locução verbal.
Ex.: Ele deve ir ao dentista.
d) Quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ver,
tiver por sujeito um pronome oblíquo.
Sujeito
Deixei-as passear.
= eles
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e) Quando tiver valor de imperativo.
Ex.: Não fumar neste recinto.
• Infinitivo pessoal: além da desinência r vem marcado com desinência de pessoa
e número.
Ex.: cantar – ø
cantar - es
cantar - ø
cantar - mos
cantar - des
cantar – em
Ex.: Com esse calor convém tomarmos um sorvete.
- Usa-se o infinitivo pessoal quando o seu sujeito é diferente do sujeito do
verbo da oração principal.
Ex.: A única solução era ficarmos em casa.
OBS.
Caros educandos e educandas: Para responderem as atividades, inerentes a esses
conteúdos, não se atenham apenas na leitura dos mesmos, valham-se da pesquisa,
pois assim aprofunda mais o seu conhecimento e facilitará no acerto das
questões propostas nas atividades, já que os conteúdos são selecionados partes
mais importantes de determinado assunto, principalmente quando se trata de
literatura. Ok.
Educando(a):
Turma:
2º A – B – C e D Data: 14/12/2020
Componente Curricular: Língua
Portuguesa
Professor: Reginaldo Silva de Araújo
Após os conteúdos apresentados e levando-se em
consideração a leitura acerca dos mesmos, respondam a atividade que segue.
1º) Leia a seguinte assertiva: Documentar e dissecar o comportamento humano e social, explicando a
influência que o meio ambiente pode exercer nos comportamentos tidos como
“anormais”, e a tentativa de compreender os fatos sociais da época, são
características do:
a) Realismo
b) Naturalismo
c) Parnasianismo
d) Romantismo
2ª) Assinale a única opção que não se apresenta como
característica da linguagem naturalista.
a)
Determinismo
b)
Objetivismo científico e impessoalidade
c)
Linguagem simples
d)
Preferência por temas de patologia social
e)
Subjetividade
3ª) Acerca do Realismo, das
assertivas abaixo, uma é INCORRERTA. Assinale-a.
a)
O realismo surgiu na Europa, como reação ao Naturalismo.
b)
O Realismo e o Naturalismo, têm as mesmas bases, embora sejam
movimentos diferentes.
c)
O Realismo surgiu como consequência do cientificismo do século
XIX.
d)
Gustave Flaubert foi um dos precursores do Realismo. Escreveu
Madame Bovary
e)
Emile Zola escreveu romances de tese e influenciou escritores
brasileiros.
4ª) As características de estilo abaixo
relacionadas, são pertencentes ao Parnasianismo, exceto:
a) O apuro quanto a parte formal.
b) A reserva nas efusões pessoais
c) A procura de rimas ricas.
d) A imaginação criadora.
e) O uso de descrições.
5ª) O Parnasianismo brasileiro foi um movimento:
a) Poético do final do século XIX e
início do século XX.
b) Lítero-musical do final do século
XVIII e início do século XIX.
c) Poético do final do século XVIII e
início do século XIX.
d) Teatral do final do século XX.
6ª) Leia o seguinte fragmento e, após, responda ao que se pede:
“Ah,
quase ninguém vê
Quanto
mais o tempo passa
Mais
aumenta a graça em te viver (...)”
(https://www.letras.com.br/tiago-iorc/amei-te-ver)
- Se passássemos o primeiro verbo do trecho
da música “ver” para, respectivamente, o pretérito perfeito e imperfeito,
teríamos as formas:
a) viu – verá
b) via – viu
c) viu – vir
d) viu – ver
e) viu via
7ª) Se o compositor da música tivesse
criado o primeiro verso da seguinte forma: “Ah, quando ninguém “vir”, estaria usando o verbo ver de
forma ____________________, pois está no___________________do subjuntivo:
a)
Incorreta
– futuro
b)
Correta
– presente
c)
Correta
– futuro
d)
Incorreta
– presente
e)
Correta
passado
Boa Sorte pra vocês e uma semana de muita paz
e muita luz!!!