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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

PROFESSOR REGINALDO - PORTUGUÊS - 2ºs A, B, C e D. 

Escola Estadual Fausto Cardoso

Educando(a):

Turma: 2º anos A, B, C e D                Data: 14/12/2020

Componente Curricular: Língua Portuguesa

Professor: Reginaldo Silva de Araújo

O NATURALISMO, O REALISMO  e o PARNASIANISMO  - 3ª UNIDADE

naturalismo, tendência estética e literária em voga no último quartel do século XIX, surgiu na França e é entendido por muitos críticos como uma corrente mais extremada do movimento realista, sendo muitas vezes também chamado de realismo-naturalismo.

O Naturalismo introduz o caráter científico ao Realismo - o homem é produto do meio, resultado do ambiente social e da hereditariedade psicofisiológica. O Parnasianismo reforça os valores clássicos – daí o equilíbrio entre razão, objetividade, purismo linguístico e perfeição formal.

O termo naturalismo foi utilizado como vertente artística pelo escritor Émile Zola, inspirado no método de investigação das ciências naturais que se estabelecia desde o século XVII:

“O Naturalismo, nas letras, é igualmente o retorno à natureza e ao homem, a observação direta, a anatomia exata, a aceitação da pintura do que existe.”  

Empenhados em escrever um retrato fidedigno da realidade, ao contrário do universo idealizado e subjetivo do romantismo, os naturalistas desenvolveram um estilo literário objetivo e, como postulou o próprio Zola, anatômico: o “retorno à natureza” focalizava o lado mais animalesco do homem, em frequentes descrições patológicas – doenças, hereditariedade, influências do meio, em uma constante luta pela sobrevivência.

 

Contexto histórico

A Europa do século XIX vivenciava profundas transformações econômicas, políticas e sociais, proporcionadas por dois grandes eventos do século XVIII: a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Com a industrialização, surgiam os primeiros centros urbanos e a nova ordem econômica do capitalismo financeiro, dividindo a sociedade entre burguesia, a nova classe dominante após o fim do Antigo Regime, e proletariado, classe dos trabalhadores assalariados, que operavam o maquinário industrial.

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Essas oposições e as condições degradantes de trabalho da época propiciaram matéria-prima para as teorias socialistas de Karl Marx, cuja perspectiva classista influenciou diretamente a estética naturalista.

A burguesia consolidava-se no poder, o que propiciava o movimento da Segunda Revolução Industrial, que levaria à exploração do aço, do petróleo e da eletricidade. O entusiasmo das novas invenções e descobertas levava o cientificismo, em voga desde o século XVII, ao seu ápice: o método das ciências naturais era tido como a principal maneira de compreender a realidade.

Essa mentalidade deu origem também ao positivismo, doutrina de Auguste Comte que dividia a humanidade em três estágios, sendo o científico o mais evoluído dos três. A teoria defendia que a única maneira de se chegar à verdade era por meio da investigação científica – ou seja, acredita-se apenas naquilo que é passível de comprovação pelos meios da ciência.

Foi nessa época que Charles Darwin propôs sua teoria da evolução das espécies e que Mendel postulou suas leis da hereditariedade, grandes influenciadoras da corrente naturalista, que entendia o homem como um produto da natureza – portanto, sujeito à seleção natural e herdeiro de características das gerações anteriores.

Também em voga na época foi o determinismo de Hippolyte Taine, corrente de pensamento que entendia o contexto, o meio em que o indivíduo vive, como determinante de suas ações. Taine postulou que o meio, a raça e o momento são os três fatores que determinam as atitudes e o caráter dos indivíduos, teoria que também influenciou diretamente o naturalismo (e acabou por também dar espaço para correntes teóricas do racismo científico, por exemplo).

Principais características do naturalismo

·         Ênfase no lado mais animalesco do homem: a fome, o instinto, a parte “não civilizada”, a sexualidade etc., bem como a zoomorfização de personagens;

·         Determinismo: o indivíduo não é mais sujeito, mas um figurante da história, resultado das influências do meio;

·         Cientificismo: o homem é entendido como produto das leis naturais;

·         Patologias sociais: as obras naturalistas enfatizam esses temas, trazendo à tona tópicos como as taras sexuais, os vícios, as doenças, o incesto, o adultério;

·         Objetividade e impessoalidade narrativas;

·         Preferência por temas cotidianos, frequentemente priorizando as relações e vivências das classes “inferiores”;

·         Predominância da forma descritiva;

·         Obras comumente engajadas, denúncias de aspectos socialmente retrógrados, da miséria e do sistema de desigualdades que fundamentava o capitalismo que surgia.

Principais autores do naturalismo

·         Émile Zola (Paris,1840-1902)

Considerado o fundador da estética naturalista, foi romancista, contista, dramaturgo, poeta, jornalista e crítico literário. Entendido como pai do romance experimental, Zola tencionava fazer da literatura um instrumento efetivo de luta para mudanças sociais. Autor prolífico, de sua vasta obra destacam-se os títulos A Taberna (1886), Naná (1880), Germinal (1885), A besta humana (1890) e J’accuse (1898). Exerceu influência decisiva na maioria dos escritores naturalistas.

·         Aluísio Azevedo (São Luís-MA, 1857 – Buenos Aires, 1913)

 

Aluísio Azevedo – escritor, dramaturgo, pintor, caricaturista e, no final de sua carreira, diplomata –  foi o autor que inaugurou a estética naturalista no Brasil. Sua obra O Mulato (1881) é tida como o primeiro expoente dessa corrente literária, que alcançou o seu auge com o célebre O Cortiço (1890), romance em que descreve em minúcias (patológicas) a organização social da periferia carioca, onde o português é o dono do imóvel, dividido em porções menores e alugado aos brasileiros das classes mais baixas, que se veem diante de diversas barreiras sociais, como o preconceito e a exploração constantes.

·         Adolfo Caminha (Aracati-CE, 1867 – Rio de Janeiro, 1897)

Escritor, jornalista e oficial da Marinha do Brasil, sua morte precoce por tuberculose não o impediu de ser um dos mais veementes naturalistas do cânone nacional. Estreou em 1886 com a publicação em versos Voos Incertos, mas foi com a obra A Normalista (1893) que se consolidou como autor naturalista: trata-se de uma chocante narrativa cujo enredo centra-se em uma relação incestuosa.

Aclamado por suas descrições minuciosas, o mais famoso romance de Caminha é O Bom Crioulo (1895), protagonizado por um oficial da Marinha que se envolve amorosa e sexualmente com um grumete (graduação mais inferior das praças da Armada). Trata-se da primeira obra brasileira centrada em uma relação homossexual.

Naturalismo no Brasil

Desde a década de 1870, o Brasil passava por ebulições políticas e sociais: o Segundo Reinado via-se ameaçado por crises diversas, que incluíam a longa duração da Guerra do Paraguai (1864-1870) e pela pressão em prol da abolição da escravatura – sendo o Brasil o último país a banir essa prática, que era embasada em distinção racial.

Os naturalistas brasileiros foram, grosso modo, abolicionistas e engajados no movimento republicano, de modo que a tendência estética de origem francesa ganhou aqui as cores e os problemas nacionais: o racismo, a herança colonial das relações de trabalho e da apropriação da terra, a mestiçagem etc. As questões universais das diferenças sociais misturaram-se às questões locais que urgiam reflexão.

Naturalismo e realismo

O naturalismo é entendido como uma corrente mais radical do realismo. As duas escolas compartilham, portanto, algumas premissas: o retrato verossímil da realidade, a preferência por cenas cotidianas, a objetividade das obras, o desprezo pelas idealizações românticas – retratando o adultério em oposição à realização amorosa matrimonial e o fracasso social ao contrário do herói idealizado –, a crítica da moralidade burguesa e a impessoalidade.

O que diferencia o naturalismo é a abordagem patológica das personagens e situações. Enquanto o realismo privilegia mergulhos psicológicos nas personagens, o naturalismo possui um olhar anatômico, ressaltando a doença e o aspecto animalesco do ser humano. As personagens são abordadas de fora para dentro, enfatizando as ações exteriores, sem preocupação com o aprofundamento psicológico. O realismo retrata o homem psicológico, enquanto o naturalismo propõe o homem biológico.

Se o realismo propõe retratar o homem em interação com seu meio, o naturalismo vai ainda um pouco além: expõe o indivíduo como um produto biológico, cujo comportamento é determinado a partir dessas relações com o meio e de acordo com suas características hereditárias.

 

PARNASIANISMO

O Parnasianismo é um movimento literário que surgiu na mesma época do Realismo e do Naturalismo, no final do século XIX. De influência e tradição clássica, tem origem na França.

Seu nome surge de Parnase Contemporain, antologias publicadas em Paris a partir de 1866. Parnaso é como se chama a montanha consagrada a Apolo e às musas da poesia na mitologia grega.

Em 1882, Fanfarras, de Teófilo Dias, é a obra que inaugura o parnasianismo brasileiro, movimento que se prolonga até a Semana de Arte Moderna, em 1922.

De postura anti-romântica, o Parnasianismo é baseado no culto da forma, na impassibilidade e impessoalidade, na poesia universalista e no racionalismo.

 Raimundo Corrêa e Alberto de Oliveira

Os autores parnasianos criticavam a simplicidade da linguagem, a valorização da paisagem nacional e o sentimentalismo. Para eles, essa era uma forma de subjugar os valores da poesia.

A proposta inovadora era de uma poesia de linguagem rebuscada, racional e perfeita do ponto de vista formal. Acreditavam que, se estivessem apoiados no modelo clássico poderiam contrapor os exageros e a fantasia típica do movimento literário Romantismo.

Ao Parnasianismo, seguiu-se o Simbolismo, movimento que exalta a realidade subjetiva e que nega a razão explorada pelos parnasianos.

Características do Parnasianismo

Os parnasianos são esteticamente detalhistas. Ao se preocupar com a forma, valorizam o vocabulário culto, os sonetos, bem como as rimas raras.

Também de forma marcante, os temas da antiguidade clássica são observados nessa escola literária, cujos autores são realistas e objetivos e mostram as coisas como elas se apresentam, ou seja, de forma descritiva e sem lirismo, ou com exaltação de sentimentos muita vaga. Isso porque entendem que a arte já seja bela, de modo que não precisa ser explicada, pois ela vale por si.

Muitas características do Parnasianismo encontram-se presentes no Realismo. Observe, no entanto que, no Parnasianismo foram criadas apenas poesias, não existe prosa parnasiana.

Em resumo, as características do Parnasianismo são:

·         Idealização da arte pela arte

·         Busca da perfeição formal

·         Preferência pelo soneto

·         Preferência pela descrição

·         Rimas raras

·         Vocabulário culto

·         Objetivismo

·         Racionalismo

·         Universalismo

·         Apego à tradição clássica

·         Gosto pela mitologia greco-latina

·         Rejeição do lirismo

Contexto histórico

O fato dos parnasianos interpretarem o mundo de forma cientificista e positivista resulta do período em que esteve inserido, época de muitas invenções e avanços que traziam mudanças não só à economia, mas que transformavam a mentalidade das pessoas.

Isso porque, a valorização da ciência rompe com o subjetivismo, marca da escola literária anterior, o Romantismo.

Autores do Parnasianismo no Brasil

Os principais autores do Parnasianismo no Brasil foram Olavo Bilac (1865- 1918), Raimundo Corrêa (1859-1911) e Alberto de Oliveira (1857-1937). Os três formavam a chamada tríade parnasiana.

Além deles, outros autores também merecem destaque: Augusto de Lima (1859-1937), Bernardino Lopes (1859-1916), Fontoura Xavier (1856-1922), Francisca Júlia (1871-1920) e Múcio Teixeira (1857-1926)

Autores do Parnasianismo em Portugal

Embora tenha sido mais representativo no Brasil, alguns autores se destacam no Parnasianismo em Portugal. São exemplos: António Feijó (1859-1917), Cesário Verde (1855-1886), Gonçalves Crespo (1846-1883) e João Penha (1838-1919).

 

O REALISMO NO BRASIL

O Realismo é a escola literária que analisa a realidade. Tem origem na França e, no Brasil, surge depois do Romantismo e antes do Simbolismo, compreendendo os anos 1881 a 1893 - o mesmo período em que o Naturalismo e o Parnasianismo também ocorreram.

Marcado pelo objetivismo, pela veracidade e pela denúncia social, o Realismo brasileiro tem início com a obra de Machado de Assis “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, publicada em 1881.

CONTEXTO HISTÓRICO DO REALISMO NO BRASIL

Quando o Realismo surge no Brasil em 1881, o País passava pelo processo do abolicionismo, um movimento que tinha surgido na Europa e promoveu o fim da escravidão brasileira em 1888.

Na mesma altura, em 1889, ocorre a Proclamação da República.

É nesse cenário, influenciado pelo Positivismo, pelo Socialismo e pelo Marxismo, que se desenvolvem ao longo dos anos 1800, que o Realismo surge no Brasil.

Características do realismo brasileiro

·         Inversão dos ideais do Romantismo;

·         Enfoque no homem e no seu cotidiano;

·         Crítica social;

·         Linguagem simples e objetiva;

·         Personagens e ambientes descritos de forma detalhada.

O Realismo no Brasil dá enfoque ao homem, ao seu cotidiano e à crítica social. Assim, por meio de uma linguagem simples e objetiva, as obras são ricas na descrição de detalhes - características que visam aproximar o leitor o mais possível da realidade.

O Realismo em Portugal, por sua vez, tem enfoque no combate ao Romantismo e a sua idealização da sociedade, bem como no ataque à burguesia, à monarquia e ao clero.

Assim, tenta mostrar como a mentalidade romântica ilude as pessoas e como era preciso dar espaço à ciência.

Obras do realismo brasileiro

No Brasil, o Realismo tem como marco inicial a publicação de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881) de Machado de Assis

Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis (1881)

Clássico da literatura brasileira, Memórias Póstumas é a obra de maior destaque de Machado de Assis, e aquela que inaugura o Realismo no Brasil.

Isso porque é uma obra ousada, a partir da qual tem início o processo de inversão dos ideais românticos ao desmascarar interesses presentes nas relações sociais.

Dividida em 160 capítulos, começa com o relato da morte do seu narrador, Brás Cubas, o “defunto autor”.

Dom Casmurro, de Machado de Assis (1899)

Outra incrível obra de Machado de Assim, Dom Casmurro trata da desconfiança na relação conjugal, mais uma vez opondo-se aos ideais do romantismo.

Dom Casmurro apresenta-se em 148 capítulos, que não são suficientes para revelar a dúvida quanto à traição de Capitu com Escobar. Capitu é o amor da vida do narrador Bentinho, conhecido como “Dom Casmurro”; Escobar é o seu melhor amigo.

Quincas Borba, Machado de Assis (1891)

É com Quincas Borba que se completa a trilogia realista de Machado de Assis, obra em que o autor aborda a questão dos casamentos por interesse.

Composta por 201 capítulos curtos, o narrador da obra é onisciente e, por vezes, chega a se comunicar com o leitor.

O Ateneu, de Raul Pompeia (1888)

Importante obra do realismo, ao mostrar a realidade de um colégio interno através de descrições detalhadas, O Ateneu constitui uma crítica à sociedade.

O livro, inicialmente publicado em folhetins, é composto por 12 capítulos, e pode ser considerado autobiográfico, uma vez que fala de uma realidade vivida pelo próprio autor, que estudou num colégio interno.

Canções sem Metro, de Raul Pompeia (1900)

Canções sem Metro é uma prosa poética que inaugura o poema em prosa no Brasil.

Apesar do fato de dar início a esse tipo de expressão que conjuga os gêneros literários prosa e poesia -, é uma obra que poucos conhecem e, inclusive, é vista por alguns como um fracasso de Pompeia.

Os 2 autores brasileiros da escola realista

Machado de Assis (1839-1908)

Considerado um dos maiores escritores da Literatura Brasileira, Machado de Assis foi também jornalista e crítico literário.

Figura singular, um dos fundadores e diretor da Academia Brasileira de Letras, escreveu poesia, contos, crônicas, romances e teatro.

Marcada por temas sociais, críticas à burguesia e profunda análise psicológica dos personagens, sua prosa é dividida em dois momentos: uma fase com a presença de características românticas, e outra marcadamente realista.

Raul Pompeia (1863-1895)

Jornalista, escritor e orador brasileiro, Raul Pompeia publica seu primeiro romance, Uma Tragédia no Amazonas, em 1880.

O grande destaque dessa fase é o seu romance intitulado O Ateneu (1888), primeiramente publicado nos folhetins e posteriormente a obra completa.

Figura polêmica, envolveu-se na campanha abolicionista e nas causas republicanas. Além disso, foi caluniado e afastado pelos amigos e, diante disso, suicidou-se no dia 25 de dezembro de 1895.

Aluísio Azevedo, Rodolfo Teófilo e Visconde de Taunay são realistas?

Machado e Pompeia são os autores em cujas obras as características do realismo são marcantes. Além de ambos, no período realista Aluísio Azevedo, Rodolfo Teófilo e Visconde de Taunay transportam em alguns trabalhos marcas realistas.

Aluísio Azevedo e Rodolfo Teófilo pertencem ao Naturalismo, o qual é considerado por alguns estudiosos uma vertente do Realismo. Isso porque as duas escolas literárias apresentam semelhanças - especialmente no que respeita à representação da realidade e a inversão dos ideais do Romantismo.

Visconde de Taunay, por sua vez, pertence ao Romantismo. No entanto, sua obra de maior destaque, Inocência, conjuga características românticas e realistas. Para alguns críticos literários, Inocência, marca a transição do autor entre uma escola e outra.

 

UM POUCO DE GRAMÁTICA - Tempos e Modos Verbais

 

O verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir: presente, pretérito e futuro.
Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala.
Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente.
Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala.
Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios.
Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala.
Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios.
O pretérito (ou passado) subdivide-se em:
• Pretérito perfeito: indica um fato passado totalmente concluído.
Ex.: Ninguém relatou o seu delírio.
• Pretérito imperfeito: indica um processo passado não totalmente concluído, revela o fato em sua duração.
Ex.: Ele conversava muito durante a palestra.
• Pretérito mais-que-perfeito: indica um processo passado anterior a outro também passado.
Ex.: “... sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade)
O futuro subdivide-se em:
• Futuro do presente: indica um fato posterior ao momento em que se fala.
Ex.: Não tenho a intenção de esconder nada, assim que seus pais chegarem contarei o fato ocorrido.
• Futuro do pretérito: indica um processo futuro tomado em relação a um fato passado.
Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria ao hospital.
Empregos especiais:
• Presente:
- pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido no passado (presente histórico).
Ex.: Em 15 de agosto de 1769 nasce Napoleão Bonaparte. (nasce = nasceu)
- pode indicar futuro próximo.
Ex.: Amanhã eu compro o doce pra você. (compro = comprarei)
- pode indicar um processo habitual, ininterrupto.
Ex.: Os animais nascem, crescem, se reproduzem e morrem.
• Imperfeito:
- pode ocorrer com valor de futuro do pretérito.
Ex.: Se eu não tivesse motivo, calava. (calava = calaria)
• Mais-que-perfeito:
- pode ser usado no lugar do futuro do pretérito ou do imperfeito do subjuntivo.
Ex.: Mais fizera se não fora pouco o dinheiro que dispunha. (fizera = faria, fora = fosse)
- pode ser usado em orações optativas.
Quem me dera ter um novo amor!
•Futuro do presente:
- pode exprimir ideia de dúvida, incerteza. 
Ex.: O rapaz que processou o patrão por racismo, receberá uns trinta mil de indenização.
- pode ser usado com valor de imperativo.
Ex.: Não levantarás falso testemunho.
• Futuro do pretérito:
- pode ocorrer com valor de presente, exprimindo polidez ou cerimônia.
Ex.: Você me faria uma gentileza
Modos verbais
• Modo indicativo:
 exprime certeza, precisão do falante perante o fato.
Ex.: Eu gosto de chocolate.
• Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza, dúvida, imprecisão do falante perante o fato.
Ex.: Espero que você esteja bem.
• Modo imperativo: exprime atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho.
Exs.: Não cante agora!
Empreste-me 10 reais, por favor.
Venha ao hospital agora, seu amigo vai ser operado.
Não ponha tanto sal, isso pode lhe fazer mal.
Infinitivo pessoal ou impessoal
• Infinitivo impessoal: terminado em r para qualquer pessoa.
Ex.: comprar, comer, partir.
Emprega-se o infinitivo impessoal:
a) Quando ele não estiver se referindo a sujeito algum.
Ex.: É preciso amar.
b) Na função de complemento nominal (regido de preposição).
Ex.: Esses exercícios não são fáceis de resolver.
c) Quando faz parte de uma locução verbal.
Ex.: Ele deve ir ao dentista.
d) Quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, mandar, ver, tiver por sujeito um pronome oblíquo.
Sujeito
Deixei-as passear.
= eles

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e) Quando tiver valor de imperativo.
Ex.: Não fumar neste recinto.
• Infinitivo pessoal: além da desinência r vem marcado com desinência de pessoa e número.
Ex.: cantar – ø
cantar - es
cantar - ø
cantar - mos
cantar - des
cantar – em
Ex.: Com esse calor convém tomarmos um sorvete.
- Usa-se o infinitivo pessoal quando o seu sujeito é diferente do sujeito do verbo da oração principal.
Ex.: A única solução era ficarmos em casa.

 Boa sorte pra vocês e sucesso!

OBS. Caros educandos e educandas: Para responderem as atividades, inerentes a esses conteúdos, não se atenham apenas na leitura dos mesmos, valham-se da pesquisa, pois assim aprofunda mais o seu conhecimento e facilitará no acerto das questões propostas nas atividades, já que os conteúdos são selecionados partes mais importantes de determinado assunto, principalmente quando se trata de literatura. Ok.


Escola Estadual Fausto Cardoso

Educando(a):

Turma: 2º A – B – C  e D            Data: 14/12/2020

Componente Curricular: Língua Portuguesa

Professor: Reginaldo Silva de Araújo

Após os conteúdos apresentados e levando-se em consideração a leitura acerca dos mesmos, respondam a atividade que segue.

1º)  Leia a seguinte assertiva: Documentar e dissecar o comportamento humano e social, explicando a influência que o meio ambiente pode exercer nos comportamentos tidos como “anormais”, e a tentativa de compreender os fatos sociais da época, são características do:

a)      Realismo

b)      Naturalismo

c)      Parnasianismo

d)      Romantismo

2ª) Assinale a única opção que não se apresenta como característica da linguagem naturalista.

a)      Determinismo

b)      Objetivismo científico e impessoalidade

c)      Linguagem simples

d)      Preferência por temas de patologia social

e)      Subjetividade

3ª) Acerca do Realismo, das assertivas abaixo, uma é INCORRERTA. Assinale-a.

a)      O realismo surgiu na Europa, como reação ao Naturalismo.

b)      O Realismo e o Naturalismo, têm as mesmas bases, embora sejam movimentos diferentes.

c)      O Realismo surgiu como consequência do cientificismo do século XIX.

d)      Gustave Flaubert foi um dos precursores do Realismo. Escreveu Madame Bovary

e)      Emile Zola escreveu romances de tese e influenciou escritores brasileiros.

4ª) As características de estilo abaixo relacionadas, são pertencentes ao Parnasianismo, exceto:

a)      O apuro quanto a parte formal.

b)      A reserva nas efusões pessoais

c)      A procura de rimas ricas.

d)      A imaginação criadora.

e)      O uso de descrições.

5ª) O Parnasianismo brasileiro foi um movimento:

a)      Poético do final do século XIX e início do século XX.

b)      Lítero-musical do final do século XVIII e início do século XIX.

c)      Poético do final do século XVIII e início do século XIX.

d)      Teatral do final do século XX.

 

6ª) Leia o seguinte fragmento e, após, responda ao que se pede:

“Ah, quase ninguém vê

Quanto mais o tempo passa

Mais aumenta a graça em te viver (...)”

 (https://www.letras.com.br/tiago-iorc/amei-te-ver)

 - Se passássemos o primeiro verbo do trecho da música “ver” para, respectivamente, o pretérito perfeito e imperfeito, teríamos as formas:

a) viu – verá

b) via – viu

c) viu – vir

d) viu – ver

e) viu via

 

7ª) Se o compositor da música tivesse criado o primeiro verso da seguinte forma: “Ah, quando ninguém “vir”, estaria usando o verbo ver de forma ____________________, pois está no___________________do subjuntivo:

 

a)      Incorreta – futuro

b)      Correta – presente

c)      Correta – futuro

d)      Incorreta – presente

e)      Correta passado

 

    Boa Sorte pra vocês e uma semana de muita paz e muita luz!!!