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O que foi a Patrística?
A Patrística foi uma doutrina filosófica criada por alguns padres que também exerceram a função de filósofos durante um período da história. A missão desses caras era proporcionar uma argumentação Lógica e ontológica com a finalidade de afirmar e defender a existência de um Deus (Católico, uno, onipotente, onipresente e onisciente).
A Patrística foi uma corrente filosófica que se passou durante a Idade Média, quando os padres produziram textos para defender o Cristianismo, buscando uma conciliação entre Fé e razão, que nem sempre se deram bem.
Essa corrente filosófica (Patrística) ocorreu numa uma época marcada pela forte presença da religião, onde epidemias que mataram um terço da população. Para entender melhor este período, vamos contextualizá-lo historicamente:
Idade Média
A Idade Média foi um período bastante longo. Estendeu-se desde o século V (quando Teodósio I instituiu o Cristianismo como a única religião permitida no Império Romano) até o século XV .
O seu início foi marcado pela queda do Império Romano do Ocidente no ano de 476. Já seu fim tem como marco histórico a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453, pouco antes das grandes navegações.
Agora, a herança que mais nos interessa aqui nos foi deixada por influentes filósofos, como Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino. Esses dois padres, posteriormente canonizados, juntamente com o trabalho de vários de seus monges, corroboraram para preservar a cultura grega e romana. Isso vai ser essencial para o surto de revalorização da Antiguidade Clássica ocorrido durante o Renascimento.
A Filosofia Cristã
A Filosofia Cristã da Idade Média, isto é, a Patrística, procurava interpretar o cristianismo a partir de conceitos da filosofia grega. Ora, como não havia uma Lógica na narrativa cristã, muitos questionamentos eram levantados e pouco consenso havia dentro da religião. A Lógica, inspirada na Lógica aristotélica, foi uma peça fundamental que a Patrística se valeu para a construção da doutrina cristã.
A sacada da Patrística foi unificar as ideias cristãs. Tal acontecimento levou a igreja a abandonar os ideais da doutrina cristã primitiva e incorporar várias ideias gregas. Isso tornou possível o combate das heresias e a justificativa da fé para converter a todos para a fé cristã.
Os Santo Padres
Os grandes responsáveis por toda essa Filosofia Medieval foram os padres. Estudiosos da Filosofia e grandes teólogos esses padres foram, em sua grande maioria, consagrados santos devido a sua imensa contribuição para a Fé cristã.
Uma das coisas mais desafiadoras e importantes que foi teorizado pelos padres, mais especificamente por Santo Agostinho, diz respeito a forma como o mal pode existir no mundo. uma vez que, tudo foi criado por Deus, que é pura perfeição e bondade.
Santo Agostinho, foi influenciado pelo maniqueísmo. Essa seita que afirmava que o mundo seria regido pelas forças do bem e do mal.
Se Deus é perfeito, criador de tudo, ele também seria criador do mal? Ora, se Deus criou o mal, como é possível que ele possua uma bondade infinita? E digo mais, se ele é onipotente, como existe tanta miséria e desgraça no mundo? Seria ele o responsável por toda essa infelicidade?
Para Santo Agostinho, não! Segundo o filósofo, o mal não é a ausência do bem, a ausência da obra divina. O mal não é algo que foi criado. A origem do mal estaria no livre-arbítrio, concedido por Deus. Ora, todo mal seria o resultado do livre afastamento do bem. Isto é, resultado do afastamento das pessoas em relação a Deus.
Além dessa, existe outra teoria famosa postulada por Agostinho, a qual, recebeu o nome de Teoria da Iluminação. Segundo S. Agostinho, o Espírito Santo nos revela a verdade. Basta que tenhamos fé. Ao contrário da teoria da reminiscência de Platão, segundo a qual as ideias já residiriam em nossa alma e caberia ao filósofo despertá-las.
Por fim, Agostinho defendia a ideia de que, embora a verdade estava na Fé, o melhor caminho para alcança-la seria a razão. Com isso Santo Agostinho consegue conciliar Fé e Razão. Essa genialidade serviu para inspirar outros filósofos como Tomás de Aquino.
Fonte:https://cursoenemgratuito.com.br/patristica/
Livro do aluno:Pág.137-140
AVERIGUAÇÃO DA APRENDIZAGEM.
1) Apesar de ter sido influenciado pela filosofia de Platão, por meio dos escritos de Plotino, o pensamento de Agostinho apresenta muitas diferenças se comparado ao pensamento de Platão.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma dessas diferenças:
(A) Para Agostinho, é possível ao ser humano obter o conhecimento verdadeiro, enquanto, para Platão, a verdade a respeito do mundo é inacessível ao ser humano.
(B) Para Platão, a verdadeira realidade encontra-se no mundo das Ideias, enquanto para Agostinho não existe nenhuma realidade além do mundo natural em que vivemos.
(C) Para Agostinho, a alma é imortal, enquanto para Platão a alma não é imortal, já que é apenas a forma do corpo.
(D) Para Platão, o conhecimento é, na verdade, reminiscência, a alma reconhece as Ideias que ela contemplou antes de nascer; Agostinho diz que o conhecimento é resultado da Iluminação divina, a centelha de Deus que existe em cada um.
2) Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do mal porque
a) o surgimento do mal é anterior à existência de Deus.
b) o mal, enquanto princípio ontológico, independe de Deus.
c) Deus apenas transforma a matéria, que é, por natureza, má.
d) por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal.
3) Cite 3 diferenças entre as Filosofias de Platão e Santo Agostinho. Fique livre pra dar sua opinião a respeito.