COLÉGIO ESTADUAL FAUSTO CARDOSO
PROFESSORA Me. Carla Correia
2º ano do EM- 3ª semana da 3ª e
4 ª U
Interpretação de
texto
1
– Assista ao vídeo sobre interpretação textual para compreender melhor como
interpretar um texto.
ATIVIDADE
Leia:
Café
A palavra “café” vem do árabe qahhwah e
significa “vinho”. Foi cultivado pela primeira vez pelo povo muçulmano, sendo
por isso conhecido também como vinho da Arábia. As sensações de vigor e ânimo
que o fruto proporciona foram descobertas pelo pastor etíope Caldi, que, após
perceber que suas cabras andavam agitadas, viu que elas se alimentavam de
folhas e grãos de um arbusto específico.
Os monges que viviam na região colheram os
frutos e prepararam um chá. A partir daí, passaram a consumir frequentemente a
bebida para ficarem mais acordados nas noites de vigília e oração.
Seu cultivo tornou-se tão importante para o
povo árabe, que era terminantemente proibido que seus grãos deixassem a região.
Todo café negociado era previamente fervido para que não pudesse mais germinar.
Apenas no século XVIII a planta ganhou a Europa, sendo cultivada na Holanda.
Disponível
em: http://www.muraljoia.com.br.
Questões
Questão
1 – O tema do texto é:
a)
a etimologia da palavra “café”.
b)
a origem do café.
c)
as sensações oriundas do consumo do café.
d)
a importância do café para o povo árabe.
e)
opinião sobre beber café.
Questão
2 – Assinale o trecho em que uma forma
pronominal faz referência à palavra-chave “café”:
a)
“As sensações de vigor e ânimo que o fruto proporciona foram descobertas […]”.
b)
“A partir daí, passaram a consumir frequentemente a bebida para ficarem […]”.
c)
“Seu cultivo tornou-se tão importante para o povo árabe […]”.
d)
“Apenas no século XVIII a planta ganhou a Europa, sendo cultivada na Holanda.”.
e)
“ Foi
cultivado pela primeira vez pelo povo muçulmano[...].”
Questão
3 – “Seu cultivo tornou-se tão importante para o povo árabe, que era
terminantemente proibido que seus grãos deixassem a região.”. Indique palavras
que poderiam substituir “terminantemente” no contexto acima:
________________________________________________________________
Questão
4 – “Todo café negociado era previamente fervido para que não pudesse mais
germinar.”. O conectivo sublinhado instaura entre as orações uma relação de:
a)
finalidade b) causa c) consequência
d)
conclusão e)afirmação.
Questão
5 – A palavra “café” vem do árabe qahhwah
e significa “vinho”. O vocábulo gahhwah
aparece em itálico porque:
a)
foi citado para explicar a origem de uma palavra.
b)
consiste em um termo pouco usual no Brasil.
c)
apresenta grafia controversa.
d)
constitui uma palavra de origem estrangeira.
e)
não é um vocábulo.
Questão
6 – Em “[…] após perceber que suas cabras andavam agitadas […]”, a forma
pronominal destacada refere-se:
a)
ao povo mulçumano. b)
ao pastor etíope Caldi.
c)
aos monges. d)
ao povo árabe. e) aos
holandeses.
Questão
7 – O item abaixo em que o elemento destacado tem seu valor corretamente
identificado é:
a)
“[…] sendo por isso conhecido também como vinho da Arábia.”. (causa)
b)
“A partir daí, passaram a consumir frequentemente […]”. (lugar)
c)
“[…] que era terminantemente proibido que seus grãos deixassem a região.”.
(concessão)
d)
“Apenas no século XVIII a planta ganhou a Europa […]”. (restrição)
e)
NDA.
Questão
8 – “Apenas no século XVIII a planta ganhou a Europa, sendo cultivada na
Holanda.”. A forma verbal sinalizada indica uma ação:
a)
iniciada no presente.
b)
que tinha presença contínua no passado.
c)
iniciada no passado e que permanece nos dias atuais.
d)
que já foi encerrada.
e)que
continua no futuro.
Questão 9 – Leia esse outro texto:
(Fuvest
- 2014) A civilização “pós-moderna” culminou em um progresso inegável, que não
foi percebido antecipadamente, em sua inteireza. Ao mesmo tempo, sob o “mau
uso” da ciência, da tecnologia e da capacidade de invenção nos precipitou na
miséria moral inexorável. Os que condenam a ciência, a tecnologia e a invenção
criativa por essa miséria ignoram os desafios que explodiram com o capitalismo
monopolista de sua terceira fase.
Em
páginas secas premonitórias, E. Mandel1 apontara tais riscos. O “livre jogo do
mercado” (que não é e nunca foi “livre”) rasgou o ventre das vítimas: milhões
de seres humanos nos países ricos e uma carrada maior de milhões nos países
pobres. O centro acabou fabricando a sua periferia intrínseca e apossou-se,
como não sucedeu nem sob o regime colonial direto, das outras periferias
externas, que abrangem quase todo o “resto do mundo”.
1:
Ernest Ezra Mandel (1923-1995): economista e militante político belga.
O
emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, inclusive, para indicar que
ela
I.
foi utilizada pelo autor com algum tipo de restrição;
II.
pertence ao jargão de uma determinada área do conhecimento;
III.
contém sentido pejorativo, não assumido pelo autor.
Considere
as seguintes ocorrências de emprego de aspas presentes no texto:
A.
“pós-moderna” (L. 1);
B.
“mau uso” (L. 2);
C.
“livre jogo do mercado” (L.6);
D.
“livre” (L. 7);
E.
“resto do mundo” (L. 9).
As
modalidades I, II e III de uso de aspas, elencadas acima, verificam-se,
respectivamente, em
a)
A, C e E b) B, C e D c) C, D e E
d)
A, B e E e) B, D e A
Questão
10 – Observe esse outro texto:
(Enem
- 2012) A substituição do haver por ter em construções existenciais, no
português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da
história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à
aplicação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase
arcaica.
Mattos
e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a
emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de
Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI,
encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não
mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como
verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como
“novidade” no século XVIII por Said Ali.
Como
se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento
deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma
norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria
língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros
usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?
CALLOU,
D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o
passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em:
www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).
Para
a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia
que
a)
o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b)
os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na
língua.
c)
a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição
da norma.
d)
a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos
linguísticos.
e)
os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição
linguística.
Complementação de estudo:
“O insucesso é apenas uma
oportunidade para recomeçar com mais inteligência.”
Henry Ford