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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

2ª SÉRIE C / D - 1ª ATIVIDADE DA IV UNIDADE

               

  Continuação do Conteúdo sobre o Primeiro Reinado – Vídeo Aula



                                   Primeiro Reinado: Crise

 1.A Constituição outorgada de 1824 causou profundo descontentamento das camadas sociais, gerou revoltas, dando mais instabilidade ainda ao país recém independente. Uma dessas revoltas foi a:

Confederação do Equador

O Nordeste era uma das regiões mais insatisfeitas com o autoritarismo de d. Pedro I, e a dissolução da Assembleia Constituinte gerou um grande ressentimento na região a ponto da Câmara de Olinda anunciar que não reconheceria a Constituição de 1824. Além disso, houve desentendimentos entre a elite pernambucana e o imperador a respeito da nomeação de um governador para a província.

A revolta iniciou em 2 de julho em Pernambuco, mas que rapidamente se espalhou por várias províncias do Norte e Nordeste. As províncias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí, juntaram-se a causa dos confederados. Entre seus líderes, estavam Cipriano Barata e Frei Caneca. A Confederação do Equador foi assim denominada porque uniu algumas províncias que se situavam próximas à linha do equador. Teve como principal objetivo lutar pelo estabelecimento do federalismo e da República. Assim como aconteceu com outras rebeliões, as divergências internas do movimento facilitaram a repressão organizada pelo poder central. Dom Pedro 1º reuniu tropas e derrotou os rebeldes e muitos envolvidos foram executados, entre eles, Frei caneca que teve como pena, a morte por fuzilamento

2.Guerra da Cisplatina

Um dos grandes erros estratégicos de d. Pedro I foi o seu envolvimento em um conflito com as Províncias Unidas do Prata (atual Argentina) pelo controle da Cisplatina — província mais ao sul do território brasileiro naquela época. O governo portenho incentivou uma rebelião, liderada por Juan Antonio Lavalleja, contra o governo brasileiro. Brasil e Províncias Unidas entraram em guerra formalmente em dezembro de 1825 (embora a rebelião tenha sido iniciada em abril). A situação econômica brasileira não suportava o envolvimento do país em uma guerra, e o resultado acabou não sendo o esperado pelo imperador. A Guerra da Cisplatina foi desastrosa para o Brasil e para a reputação de d. Pedro I. O Brasil acumulou derrotas no campo de batalha e sua situação econômica ficou ainda pior. O país precisou aceitar negociações com as Províncias Unidas pelo fim da guerra. Desse acordo, ambos territórios concordaram, em 1828, em reconhecer a independência da Cisplatina sob o nome de República Oriental do Uruguai.

3.A morte de dom João VI

Morreu em 1826 e surgiu um grande embate quanto a sucessão do trono português. Diante de reivindicações de brasileiros e portugueses, Dom Pedro abdica em favor da filha, D. Maria da Glória. No entanto, seu irmão, D. Miguel, dá um golpe de Estado e usurpa o poder da irmã. O Imperador brasileiro então envia tropas brasileiras para solucionar o embate e restituir o poder à filha. Esse fato, irrita os brasileiros, uma vez que o Imperador está novamente priorizando os assuntos de Portugal em detrimento do Brasil. Essa “reaproximação’ entre Portugal e Brasil incomoda e gera temor de uma nova época de dependência. Com isso, o Imperador perde popularidade.

4.O assassinato de Líbero Badaró

Em 1830, o jornalista italiano Líbero Badaró foi assassinado nas ruas de São Paulo. Ele era um forte crítico de d. Pedro I e usava o seu jornal O Observador Constitucional para explicitar o autoritarismo do imperador. Em 20 de novembro de 1830, Líbero Badaró foi morto na porta de sua casa, e boatos começaram a acusar o imperador de proteger o mandante do crime.

5.Noite das Garrafadas

 O imperador decidiu fazer uma série de viagens pelas províncias, na tentativa de diminuir a oposição a seu governo. O primeiro destino, Ouro Preto, em Minas Gerais, foi um verdadeiro fracasso. D. Pedro 1° foi hostilizado pela população da cidade, que fechava as portas, em sinal de protesto, quando passava a comitiva imperial. Os portugueses residentes no Rio de Janeiro, então, decidiram fazer uma grande festa em apoio ao imperador, que retornava de Ouro Preto. A festividade lusitana, em contraste com o clima de acirramento político, o assassinato de Líbero Badaró e o autoritarismo do imperador, só agravaram a situação. Na noite do dia 13, o conflito chegou às ruas quando brasileiros, de pedras e garrafas nas mãos, atacaram os portugueses.

6.A troca de ministério

Na tentativa de conciliar os problemas, D. Pedro nomeia um ministério mais liberal, o Ministério dos Brasileiros. A medida veio tardiamente e por se recusar a reprimir manifestações populares, o novo ministério foi demitido. D. Pedro formou então, o Ministério dos Marqueses, integrado por elementos do Partido Português. A reação do povo foi violenta, que reunido no Campo da Aclamação, exigiam o retorno do ministério composto só por brasileiros.

7.A abdicação

 O imperador se recusou a ceder a vontade do povo e abdicou. No dia 7 de abril 1931, o imperador abandonava o trono brasileiro, deixando-o para o seu filho, Pedro de Alcântara, então com cinco anos de idade, que ficou sob a tutela de José Bonifácio.

Material produzido pela professora Rita Cruz a partir de pesquisas nos seguintes sites:

https://www.todamateria.com.br/primeiroreinado/

https://www.infoescola.com/historia/primeiro-reinado/

Responder e entregar preferencialmente pelo Google Forms, clicando no link abaixo ou copiando perguntas e respostas a caneta no caderno e enviar a foto das atividades via Whatsapp da professora.

https://forms.gle/FCSDaSNZ6Af8MJLC6

ATIVIDADE DE AVERIGUAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1. Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro l fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram inicio os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os "brasileiros" apagavam as fogueiras "portuguesas" e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.

Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela

a)estímulos ao racismo.

b)apoio ao xenofobismo.

c)críticas ao federalismo.

d)repúdio ao republicanismo.

e)questionamentos ao autoritarismo.

2. Durante o reinado de D. Pedro I, uma série de acontecimentos abalou profundamente seu prestígio político. Estes acontecimentos ajudam a entender o processo que culminou com a sua abdicação do trono do Brasil em 1831. Aponte o acontecimento que não causou a abdicação do imperador.

 a)O fechamento da Assembleia Constituinte em 1823.

b)A Confederação do Equador e a consequente execução de Frei Caneca em 1824.

c)O assassinato do jornalista liberal e opositor de D. Pedro I, Libero Badaró, em 1830.

d)A derrota na Guerra da Cisplatina, que tornou a Província Cisplatina independente do Brasil em 1828.

e)A Guerra dos Farrapos, que separou o Rio Grande do Sul do Império em 1835.

3. No Pernambuco da primeira metade do século XIX, ocorreram algumas revoltas políticas que conturbaram os anos finais da colonização portuguesa na América e as décadas iniciais do período imperial. Sobre esse contexto, assinale a alternativa CORRETA.

 a)A Revolução Praieira exigiu, em 1817, o retorno da família real para Portugal e a Independência do Brasil.

b) A Revolução Pernambucana de 1817, liderada por escravos e exescravos, pregou a abolição da escravatura logo após a independência política do Brasil.

 c)A Revolução Praieira contestou o regime monarquista adotado após a independência, pregando a necessidade de a jovem nação aderir ao sistema político republicano.

 d)A Confederação do Equador, ocorrida em 1824, contestou o projeto político de D. Pedro I para o Brasil independente, exigindo a implantação do federalismo político.

 e)A Guerra dos Mascates foi um conflito liderado pela elite de Olinda que questionou a abdicação de D. Pedro I e a implantação de uma regência política no país.

4. Ao tornar-se independente, o Brasil optou pelo Regime Monárquico, ao contrário da quase totalidade dos demais países do continente americano. O primeiro monarca brasileiro, Dom Pedro I, teve, no entanto, um reinado relativamente curto, de 1822 a 1831. Vários eventos colaboraram para a pouca longevidade do I Reinado, dentre os quais:

a)a derrota na Guerra da Cisplatina.

b)o envolvimento do Brasil na guerra contra o Paraguai.

c)a abolição da escravatura.

d)a adoção de uma doutrina excessivamente liberal por parte do Imperador.

e)a ausência de envolvimento nas questões da região do Rio da Prata.

5. Leia a quadrinha popular abaixo e assinale a alternativa que apresenta a sequência cronológica CORRETA dos acontecimentos que antecederam ao 7 de abril citado.

“Passa fora pé de chumbo

Vai-te do nosso Brasil

Que o Brasil é brasileiro

Depois do 7 de abril.”

a) Revolução Farroupilha – Noite das Garrafadas – Ato Adicional de 1834 – Golpe da Maioridade.

b) Morte de Líbero Badaró – Noite das Garrafadas – Ministério dos Brasileiros – Ministério dos Marqueses.

c)Dia do Fico – Noite das Garrafadas – Constituição da Mandioca – Lei do Ventre Livre.

d)Confederação do Equador – Noite das Garrafadas – Golpe da Maioridade – Morte de Líbero Badaró.