Continuação do Conteúdo sobre o Primeiro Reinado – Vídeo Aula
Primeiro Reinado: Crise
1.A Constituição outorgada de 1824 causou profundo descontentamento das camadas sociais, gerou revoltas, dando mais instabilidade ainda ao país recém independente. Uma dessas revoltas foi a:
Confederação do Equador
O Nordeste era uma das
regiões mais insatisfeitas com o autoritarismo de d. Pedro I, e a dissolução da
Assembleia Constituinte gerou um grande ressentimento na região a ponto da
Câmara de Olinda anunciar que não reconheceria a Constituição de 1824. Além
disso, houve desentendimentos entre a elite pernambucana e o imperador a
respeito da nomeação de um governador para a província.
A revolta iniciou em 2 de
julho em Pernambuco, mas que rapidamente se espalhou por várias províncias do Norte
e Nordeste. As províncias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí,
juntaram-se a causa dos confederados. Entre seus líderes, estavam Cipriano
Barata e Frei Caneca. A Confederação do Equador foi assim denominada porque
uniu algumas províncias que se situavam próximas à linha do equador. Teve como
principal objetivo lutar pelo estabelecimento do federalismo e da República.
Assim como aconteceu com outras rebeliões, as divergências internas do
movimento facilitaram a repressão organizada pelo poder central. Dom Pedro 1º
reuniu tropas e derrotou os rebeldes e muitos envolvidos foram executados,
entre eles, Frei caneca que teve como pena, a morte por fuzilamento
2.Guerra da Cisplatina
Um dos grandes erros
estratégicos de d. Pedro I foi o seu envolvimento em um conflito com as
Províncias Unidas do Prata (atual Argentina) pelo controle da Cisplatina —
província mais ao sul do território brasileiro naquela época. O governo
portenho incentivou uma rebelião, liderada por Juan Antonio Lavalleja, contra o
governo brasileiro. Brasil e Províncias Unidas entraram em guerra formalmente
em dezembro de 1825 (embora a rebelião tenha sido iniciada em abril). A
situação econômica brasileira não suportava o envolvimento do país em uma
guerra, e o resultado acabou não sendo o esperado pelo imperador. A Guerra da
Cisplatina foi desastrosa para o Brasil e para a reputação de d. Pedro I. O
Brasil acumulou derrotas no campo de batalha e sua situação econômica ficou
ainda pior. O país precisou aceitar negociações com as Províncias Unidas pelo
fim da guerra. Desse acordo, ambos territórios concordaram, em 1828, em
reconhecer a independência da Cisplatina sob o nome de República Oriental do
Uruguai.
3.A morte de dom João VI
Morreu em 1826 e surgiu um
grande embate quanto a sucessão do trono português. Diante de reivindicações de
brasileiros e portugueses, Dom Pedro abdica em favor da filha, D. Maria da
Glória. No entanto, seu irmão, D. Miguel, dá um golpe de Estado e usurpa o
poder da irmã. O Imperador brasileiro então envia tropas brasileiras para
solucionar o embate e restituir o poder à filha. Esse fato, irrita os
brasileiros, uma vez que o Imperador está novamente priorizando os assuntos de
Portugal em detrimento do Brasil. Essa “reaproximação’ entre Portugal e Brasil
incomoda e gera temor de uma nova época de dependência. Com isso, o Imperador
perde popularidade.
4.O assassinato de Líbero
Badaró
Em 1830, o jornalista
italiano Líbero Badaró foi assassinado nas ruas de São Paulo. Ele era um forte
crítico de d. Pedro I e usava o seu jornal O Observador Constitucional para
explicitar o autoritarismo do imperador. Em 20 de novembro de 1830, Líbero
Badaró foi morto na porta de sua casa, e boatos começaram a acusar o imperador
de proteger o mandante do crime.
5.Noite das Garrafadas
O imperador decidiu fazer uma série de viagens
pelas províncias, na tentativa de diminuir a oposição a seu governo. O primeiro
destino, Ouro Preto, em Minas Gerais, foi um verdadeiro fracasso. D. Pedro 1°
foi hostilizado pela população da cidade, que fechava as portas, em sinal de
protesto, quando passava a comitiva imperial. Os portugueses residentes no Rio
de Janeiro, então, decidiram fazer uma grande festa em apoio ao imperador, que
retornava de Ouro Preto. A festividade lusitana, em contraste com o clima de
acirramento político, o assassinato de Líbero Badaró e o autoritarismo do
imperador, só agravaram a situação. Na noite do dia 13, o conflito chegou às
ruas quando brasileiros, de pedras e garrafas nas mãos, atacaram os
portugueses.
6.A troca de ministério
Na tentativa de conciliar os
problemas, D. Pedro nomeia um ministério mais liberal, o Ministério dos
Brasileiros. A medida veio tardiamente e por se recusar a reprimir
manifestações populares, o novo ministério foi demitido. D. Pedro formou então,
o Ministério dos Marqueses, integrado por elementos do Partido Português. A
reação do povo foi violenta, que reunido no Campo da Aclamação, exigiam o
retorno do ministério composto só por brasileiros.
7.A abdicação
O imperador se recusou a ceder a vontade do
povo e abdicou. No dia 7 de abril 1931, o imperador abandonava o trono
brasileiro, deixando-o para o seu filho, Pedro de Alcântara, então com cinco
anos de idade, que ficou sob a tutela de José Bonifácio.
Material produzido pela professora Rita Cruz a partir de
pesquisas nos seguintes sites:
https://www.todamateria.com.br/primeiroreinado/
https://www.infoescola.com/historia/primeiro-reinado/
Responder e entregar
preferencialmente pelo Google Forms, clicando no link abaixo ou copiando
perguntas e respostas a caneta no caderno e enviar a foto das atividades via
Whatsapp da professora.
https://forms.gle/FCSDaSNZ6Af8MJLC6
ATIVIDADE DE AVERIGUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
1. Após o retorno de uma viagem a Minas
Gerais, onde Pedro l fora recebido com grande frieza, seus partidários
prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro,
armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março,
tiveram inicio os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas,
durante os quais os "brasileiros" apagavam as fogueiras
"portuguesas" e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com
cacos de garrafas jogadas das janelas.
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se
caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos
episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela
a)estímulos ao racismo.
b)apoio ao xenofobismo.
c)críticas ao federalismo.
d)repúdio ao republicanismo.
e)questionamentos ao autoritarismo.
2. Durante o reinado de D. Pedro I, uma série de acontecimentos abalou profundamente seu prestígio político. Estes acontecimentos ajudam a entender o processo que culminou com a sua abdicação do trono do Brasil em 1831. Aponte o acontecimento que não causou a abdicação do imperador.
a)O fechamento da Assembleia Constituinte em 1823.
b)A Confederação do Equador e a consequente
execução de Frei Caneca em 1824.
c)O assassinato do jornalista liberal e
opositor de D. Pedro I, Libero Badaró, em 1830.
d)A derrota na Guerra da Cisplatina, que
tornou a Província Cisplatina independente do Brasil em 1828.
e)A Guerra dos Farrapos, que separou o Rio
Grande do Sul do Império em 1835.
3. No Pernambuco da primeira metade do século XIX, ocorreram algumas revoltas políticas que conturbaram os anos finais da colonização portuguesa na América e as décadas iniciais do período imperial. Sobre esse contexto, assinale a alternativa CORRETA.
a)A
Revolução Praieira exigiu, em 1817, o retorno da família real para Portugal e a
Independência do Brasil.
b) A Revolução Pernambucana de 1817, liderada
por escravos e ex‐escravos, pregou a abolição da escravatura
logo após a independência política do Brasil.
c)A
Revolução Praieira contestou o regime monarquista adotado após a independência,
pregando a necessidade de a jovem nação aderir ao sistema político republicano.
d)A
Confederação do Equador, ocorrida em 1824, contestou o projeto político de D.
Pedro I para o Brasil independente, exigindo a implantação do federalismo
político.
e)A
Guerra dos Mascates foi um conflito liderado pela elite de Olinda que
questionou a abdicação de D. Pedro I e a implantação de uma regência política
no país.
4. Ao tornar-se independente, o Brasil optou pelo Regime Monárquico, ao contrário da quase totalidade dos demais países do continente americano. O primeiro monarca brasileiro, Dom Pedro I, teve, no entanto, um reinado relativamente curto, de 1822 a 1831. Vários eventos colaboraram para a pouca longevidade do I Reinado, dentre os quais:
a)a derrota na Guerra da Cisplatina.
b)o
envolvimento do Brasil na guerra contra o Paraguai.
c)a
abolição da escravatura.
d)a
adoção de uma doutrina excessivamente liberal por parte do Imperador.
e)a
ausência de envolvimento nas questões da região do Rio da Prata.
5. Leia a quadrinha popular abaixo e assinale a alternativa que apresenta a sequência cronológica CORRETA dos acontecimentos que antecederam ao 7 de abril citado.
“Passa fora pé de chumbo
Vai-te do nosso Brasil
Que o Brasil é brasileiro
Depois do 7 de abril.”
a) Revolução Farroupilha – Noite das Garrafadas – Ato Adicional de 1834 – Golpe da Maioridade.
b) Morte de Líbero Badaró – Noite das
Garrafadas – Ministério dos Brasileiros – Ministério dos Marqueses.
c)Dia do Fico – Noite das Garrafadas –
Constituição da Mandioca – Lei do Ventre Livre.
d)Confederação do Equador – Noite das
Garrafadas – Golpe da Maioridade – Morte de Líbero Badaró.