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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

3º ANO A - 2ª ATIVIDADE DE BIOLOGIA & 2º EXERCÍCIO

 

3º ANO A - 2ª ATIVIDADE DE BIOLOGIA & 2º EXERCÍCIO

(4ª Fase das Atividades Remotas)

 

Ciclos Biogeoquímicos e problemas ambientais: Ciclo da água, do carbono e do nitrogênio e problemas ambientais relacionados ao ciclo de cada elemento.

 


CICLO DO CARBONO E O AQUECIMENTO GLOBAL

            O carbono é o componente de todos os compostos ditos orgânicos, como carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos. As substâncias pertencentes a essa classe são estruturadas em cadeias carbônicas. As etapas do ciclo do carbono na natureza estão representadas na Figura 1 abaixo:

 


Figura 1 – Ciclo do carbono em suas diversas etapas. Em um modelo de ciclo biogeoquímico é importante observar como o elemento em debate, nesse caso o Carbono, sai e entra de cada compartimento. Por exemplo, pelos animais herbívoros o carbono entra na cadeia alimentar e pode sair pela respiração (eliminação de CO2) e pela decomposição de seres vivos mortos.


Vídeo-aula 1: Ciclo do Carbono (Brasil Escola)

        


A interferência humana no ciclo do carbono tem promovido aumento da concentração de CO2 na atmosfera pelo consumo exagerado de combustíveis fósseis e pela remoção da cobertura vegetal. Petróleo e carvão natural são exemplos de combustíveis fósseis. Eles são assim chamados pois derivam da acumulação e transformação física e química de restos de animais que viveram há muito tempo no passado. Sendo derivado de matéria orgânica (seres vivos), os combustíveis fósseis são ricos em carbono. No último século, mais precisamente durante a após a revolução industrial, combustíveis fósseis estão sendo utilizados massivamente na geração de energia (usinas) e transportes (veículos). A quantidade de carbono, principalmente na forma de gás carbônico (CO2), que retorna à atmosfera em um relativo curto espaço de tempo é exorbitante.

 

            O gás carbono, o metano e o vapor d’água são chamados de gases do efeito estufa, pois conseguem reter grande quantidade de energia solar na forma de calor em suas moléculas. Isso faz com que o planeta Terra mantenha temperaturas constantes ao longo do ano, sem variações de temperatura que eliminem a vida. Esse efeito de abafamento que tais gases promovem na atmosfera e a consequente manutenção das temperaturas na superfície terrestre é chamado de efeito estufa (Figura 2). O efeito estufa é importante e essencial à manutenção da vida na Terra, do contrário teríamos variações tão grandes de temperatura ao longo do dia ou durante o ano que não seria mais possível a existência de vida no nosso planeta.


Figura 2 – O processo de retenção de calor causado por gases como o CO2 (um dos gases do efeito estufa). Parte da energia emitida pelo sol é mantida na superfície (raios vermelhos) devido a ação dos gases do efeito estufa. Fonte: https://www.todamateria.com.br/efeito-estufa/.

 

            Porém com o crescente aumento de gases do efeito estufa na atmosfera, principalmente CO2 está desencadeando o aumento desregrado da temperatura média do planeta. Ou seja, apela interferência humana a quantidade de carbono na atmosfera está aumentando e a cada ano estão sendo registradas temperaturas mais altas em regiões anteriormente muito gélidas.  Tal aquecimento tem como consequência também o derretimento das calotas de gelo dos polos. Antes permanentes, das geleiras polares atualmente se desprendem montanhas de gelo (icebergs) de quilômetros de comprimento, que derreterão com o tempo à deriva no oceano. Como um efeito cascata, é previsto que com o derretimento das geleiras dos polos, o nível médio do mar também se elevará em um futuro breve, ocasionando a inundação de grandes metrópoles costeiras.

 

            Abaixo vocês podem conferir um vídeo do biólogo Átila Iamariano em seu canal no Youtube. Vocês já devem ter ouvido sobre o Átila durante a pandemia de Covid, divulgando informações baseadas em modelos matemáticos sobre a expansão da Covid pelo mundo. Nessa vídeo-aula, ele faz um apanhado sobre o aquecimento global e como existe uma propaganda negacionista, produtora de falsas-notícias (fake news) e de cunho ideológico para negar a existência do aumento das temperaturas globais. Vale a pena ressaltar que o aquecimento global é um fato (comprovado cientificamente) e não uma questão de opinião! 

Assista à video-aula 2 abaixo:



CICLO DA ÁGUA

            A água é uma das substâncias mais importantes no planeta, possui estreita relação com a origem e manutenção da vida na Terra e é componente obrigatório nas mais diversas formas de vida. A quantidade de água dentro dos organismos varia, mas ela está sempre presente (Figura 3).



Figura 3 – A quantidade de água presente em algumas formas de vida, incluindo o ser humano e como se dá a perda e a obtenção dessa substância.

 

A água ocupa vários compartimentos em diversos estados físicos ao longo de um ciclo, como quando está presente nas nuvens em forma de vapor d’água, nos rios e mares na forma líquida ou nas geleiras e topos de grandes montanhas na forma sólida. Observe na Figura 4 o ciclo que a água percorre nos ecossistemas (ciclo hidrológico).


Figura 4 – Ciclo da água ou ciclo hidrológico. Observe que é importante saber como a água passa de um estado físico pra outro (evaporação, condensação, congelamento) e quais partes do ecossistema ela ocupa em cada um dos estados físicos: líquido (água), sólido (gelo) e gasoso (vapor d’água).


            Vamos assistir uma explicação de como o ciclo da água se dá na natureza? Vamos assistir a mais uma aula do Prof. Fred do canal Brasil Escola (vídeo-aula 3):

 


Prestem bem atenção que o Prof. Fred menciona as expressões fatores bióticos e fatores abióticos, vocês lembram delas lá do começo do ano?


Muitas atividades humanas interferem direta ou indiretamente no ciclo da água, causando problemas ambientais diversos, tais como:

 

> Eutrofização: É o excesso de nutrientes em um ambiente aquático, resultante da decomposição de detritos orgânicos. Tais detritos podem ser provenientes de esgoto das residências e de indústrias. O excesso de nutrientes é utilizado pelas algas que se proliferam. Quando essas algas morrem, a matéria orgânica derivada das algas é decomposta por microrganismos aeróbios, o que aumenta a dinâmica bioquímica de oxigênio (DBO): o oxigênio da água é consumido e ocasiona a morte de peixes e outros seres vivos aquáticos. Com a diminuição de na quantidade de oxigênio dissolvido e o acúmulo de matéria orgânica animal e vegetal morta, a decomposição passa a ocorrer por ação de bactérias anaeróbias, que ao degradar a matéria orgânica, liberam substâncias de odor forte como o ácido sulfídrico. A água deste local se torna totalmente imprópria para o consumo humano e para o desenvolvimento de outros seres vivos.

 

> Derramamento de Petróleo: Petróleo e derivados podem chegar aos ambientes aquáticos mais frequentemente por acidentes com plataformas, navios petroleiros ou dutos de transporte destes produtos. Sendo escuro o petróleo impede a penetração de luz e a realização da fotossíntese, o que compromete as cadeias alimentares aquáticas. Além disso, é tóxico para o plâncton, impermeabiliza a superfície das águas e bloqueia as trocas gasosas com a atmosfera. Nas aves marinhas, o petróleo forma uma cola, que pode impossibilitar o voo e o nado e retira a camada lipídica impermeabilizante na superfície das penas.

 

> Mercúrio: Alcança principalmente rios pelo descarrego de detritos industriais e na garimpagem ilegal. Na busca de ouro muitos garimpeiros utilizam ilegalmente o mercúrio. Este elemento é misturado ao cascalho e jogado novamente no rio, sem o devido tratamento. O mercúrio é ingerido por peixes, crustáceos e moluscos e entra na cadeia alimentar. Os peixes podem ser ingeridos pelos seres humanos ou outros animais e o mercúrio ir se acumulando ao longo da cadeia alimentar. Esse fenômeno é chamado de magnificação trófica: ocorre quando há acúmulo progressivamente maior de uma substância tóxica de um nível trófico para outro ao longo da cadeia alimentar. Isso faz com que os consumidos do topo da cadeia concentrem níveis cada vez maiores de substância, nesse caso o mercúrio. Nos seres humanos, a ingestão de mercúrio é irreversível - não há como expelir o mercúrio – e acarreta principalmente danos ao sistema nervoso.

 

> Poluição térmica: Esse tipo de poluição decorre do uso da água para o resfriamento em indústrias, usinas termelétricas e nucleares. Depois de passar pelos sistemas de arrefecimento (resfriamento), a água é devolvida a seu meio original (rios, lagos ou oceanos) com a temperatura muito superior àquela temperatura de entrada no sistema. O aquecimento da água em um lago ou rio resulta na diminuição da quantidade de oxigênio dissolvido, o que afeta os organismos aeróbios.

 

 

CICLO DO NITROGÊNIO E PRÁTICAS AGRÍCOLAS

Embora represente 79% (em massa) do ar atmosférico, o nitrogênio gasoso (N2 ou nitrogênio molecular) é biologicamente inerte em animais e plantas: ele entra e sai do organismo sem se incorporar em nenhum tecido. O nitrogênio é essencial à manutenção da vida, compondo substâncias orgânicas como as proteínas, os ácidos nucleicos, a clorofila e a molécula de ATP.

 

Além do N2, as principais formas de nitrogênio inorgânico são a amônia (NH3), os nitritos (NO-2) e os nitratos (NO-3). A principal fonte de nitrogênio para as plantas (seres produtores) são os nitratos, embota também possa utilizar a amônia. Os consumidores (como os animais) obtêm, direta oi indiretamente compostos nitrogenados alimentando-se dos produtores, que os fabricam a partir de substâncias inorgânicas retiradas do ambiente.

 

O caminho percorrido por esse importante nutriente na biosfera constitui o ciclo do nitrogênio (Figura 5), que sofre diversas influências da ação humana. Um exemplo é a emissão atmosférica de óxido nitroso (N2O), liberado na queima de combustíveis fósseis e um dos responsáveis pela intensificação do efeito estufa e aumento das temperaturas médias do planeta (aquecimento global).

           


Figura 5 – Ciclo do nitrogênio. Vale especial atenção o papel das bactérias fixadoras, nitrificantes e desnitrificantes na conversão das diferentes formas de nitrogênio na natureza (amônia, nitritos e nitratos).

 

O desenvolvimento das plantas requer diversos nutrientes, dos quais três são considerados macronutrientes essenciais: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). Estes três elementos formam a composição de um dos mais conhecidos fertilizantes na agricultura, o NPK. A deficiência de nitrogênio torna as folhas amareladas e reduz a taxa fotossintética, bem como a velocidade de crescimento e a produtividade das plantas. As lavouras podem retirar grandes quantidades de nitrogênio do solo, exigindo a reposição na forma de fertilizantes orgânicos (como o esterco animal) ou fertilizantes nitrogenados inorgânicos.

 

Ainda com relação ao plantio de gêneros agrícolas, a fixação biológica de nitrogênio pela mediação de bactérias tem sido desenvolvida no Brasil desde 1950, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), propiciando ao país grande economia anual de gastos com fertilizantes. Bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico são incorporadas em plantas de arroz e de cana-de-açúcar, tornando as plantações menos dependentes de fertilizantes.

 

Veja abaixo a vídeo-aula sobre ciclo no nitrogênio com o prof. Fred, do canal Brasil Escola no Youtube:

 


Na internet ou em algum livro didático vocês podem conferir o ciclo de outros elementos nos ecossistemas, como o ciclo do cálcio, do oxigênio e do enxofre.

Por hoje é só, fiquem com a segunda atividade de Biologia da quarta Unidade de atividade remotas.


Abraços



Prof. Vinicius

 

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2º EXERCÍCIO

(4ª FASE DE ATIVIDADES REMOTAS)

 

 Abaixo o atalho para a segunda atividade da quarta fase de aulas remotas sobre os temas trabalhados acima: ciclos biogeoquímicos e problemas ambientais.

Clique aqui: 2ª atividade - 4ª Unidade

Abraços

VInicius

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2º EXERCÍCIO

(4ª FASE DE ATIVIDADES REMOTAS)

 

 

Link: https://forms.gle/s2dNqiTtAnJkHCuD9