COLÉGIO
ESTADUAL FAUSTO CARDOSO
GEOGRAFIA
AULA REMOTA 3
IV
UNIDADE
Prof.
MSc. Emerson Ribeiro. Turmas: 3º ano
do Ensino Médio A e B. Data:28/01/2021
INTEGRAÇÃO
ECONÔMICA
A integração econômica se
caracteriza pela união de duas ou mais Nações que estão geograficamente
próximas, com o objetivo de fortalecer a economia nacional e proporcionar mútua
assistência, formando um mercado comum forte e competitivo no âmbito mundial.
Além dos objetivos econômicos, a
integração econômica também visa, em seus princípios, outros objetivos, como o
desenvolvimento social desses países.
A Supranacionalidade tem como base a
subordinação voluntária dos Estados membros aos órgãos do bloco econômico do
qual fazem parte, com o objetivo de constituir um mercado comum. Os blocos
econômicos passam por várias etapas de integração em âmbito social e político.
AS ETAPAS, NÍVEIS
E OBJETIVOS DE INTEGRAÇÃO ECONOMICA
a) Zonas de Preferências Tarifárias: É o
passo inicial de integração entre os países. São adotadas apenas algumas
tarifas em determinados produtos, tornando-os mais baratos que os dos países
que não são do bloco. Exemplo: ALADI (Associação Latino-Americana de
Integração).
b) Zona de Livre Comércio: Consiste na
eliminação ou diminuição significativa das tarifas alfandegárias dos produtos
comercializados entre os países membros. É um acordo meramente comercial.
Exemplo: NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio), CAN (Comunidade
Andina).
c) União Aduaneira: Trata-se de uma zona
de livre comércio que adotou, também, uma Tarifa Externa Comum (TEC) – tarifa
que visa taxar produtos oriundos de países que não são membros do bloco. Além
de reduzir o preço dos produtos comercializados entre os países membros.
d) Mercado Comum: Trata-se de um bloco
econômico que possui um nível avançado de integração. Nele envolve a livre
circulação de produtos, pessoas, bens, capitais e força de trabalho, assim, a
fronteira entre seus membros torna-se quase que inexistente quanto aos aspectos
comerciais e de mobilidade populacional.
e)
União Política e Monetária: Consiste em um mercado comum com maior nível de
integração, passando a alcançar, também, o campo monetário. É adotada uma moeda
comum entre os países membros, a qual substitui as moedas locais. Cria-se um
Banco Central para o bloco, passando a vigorar uma política econômica comum.
Exemplo: União Europeia – único exemplo de mercado comum e união política e
monetária
PRINCIPAIS BLOCOS
ECONÔMICOS
ALCA (Área de
Livre Comercio das Américas)
Visando a integração comercial do
continente, o governo Americano propôs a criação de uma Área de Livre Comércio
das Américas (Alca). Esse grande bloco econômico seria integrado por 34 nações;
a única exceção seria Cuba, visto que esse país apresenta divergências ideológicas
com os Estados Unidos.
Em 1998, na cidade de Santiago,
capital do Chile, foi realizada a primeira reunião para debater a criação da
Alca. Nessa ocasião, ficou estabelecido que o bloco entraria em vigor a partir
de 2005. Porém, vários pontos divergentes foram levantados em novas reuniões
(circulação de pessoas), tendo como consequência o fim das negociações.
APEC (A Cooperação
Econômica da Ásia e do Pacífico)
A Cooperação Econômica da Ásia e do
Pacífico é um bloco econômico formado por países asiáticos, americanos e da
Oceania. Basicamente, envolve uma rota comercial que segue pelo Oceano
Pacífico.
Esse bloco econômico surgiu a partir
da antiga Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), que não era um
bloco propriamente dito, mas um espaço de discussão entre os países-membros
para melhor definir os rumos comerciais entre eles. A criação da Asean ocorreu
em 1989 e sua transformação em Apec aconteceu em 1994 durante a Conferência de
Seatle.
Atualmente, a Apec conta com 21
países-membros: Austrália, Brunei, Canadá, Cingapura, Chile, China, Coreia do
Sul, Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México,
Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Rússia, Tailândia, Taiwan e Vietnã.
MERCOSUL
O
MERCOSUL atravessa um processo acelerado de fortalecimento econômico, comercial
e institucional. Os Estados Partes consolidaram um modelo de integração
pragmático. A atual integração do MERCOSUL busca a prosperidade econômica com
democracia, estabilidade política e respeito aos direitos humanos e liberdades
fundamentais.
Os resultados desse novo momento do
MERCOSUL já começaram a aparecer. Entre os muitos avanços recentes,
destacam-se:
1-Aprovação
do Protocolo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (2017), que amplia a
segurança jurídica e aprimora o ambiente para atração de novos investimentos na
região.
2-Conclusão
do acordo do Protocolo de Contratações Públicas do MERCOSUL (2017), que cria
oportunidades de negócios para as nossas empresas, amplia o universo de
fornecedores dos nossos órgãos públicos e reduz custos para o governo.
3-Encaminhamento
positivo da maioria dos entraves ao comércio intrabloco.
4-Modernização
dos regulamentos técnicos.
5-Apresentação
dos projetos brasileiros para Iniciativas Facilitadoras de Comércio e Protocolo
de Coerência Regulatória.
6-Tratamento
do tema de proteção mútua de indicações geográficas entre Estados Partes do
MERCOSUL.
7-Aprovação
do Acordo do MERCOSUL sobre Direito Aplicável em Matéria de Contratos
Internacionais de Consumo (2017), que estabelece critérios para definir o
direito aplicável a litígios dos consumidores em suas relações de consumo.
Os membros fundadores (Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai) e a Venezuela, que completou seu processo de adesão em
meados de 2012, abrangem, aproximadamente, 72% do território da América do Sul,
69,5% da população sul-americana e 76,2% do PIB da América do Sul em 2016 de
US$ 2,79 trilhões de um total de US$ US$ 3,66 trilhões.
Se tomado em conjunto, o MERCOSUL
seria a quinta maior economia do mundo. É o principal receptor de investimentos
estrangeiros diretos (IED) na região, com 47,4% de todo o fluxo direcionado à
América do Sul, América Central, México e Caribe em 2016.
NAFTA (Acordo de
livre-comércio da América do Norte)
O NAFTA (Acordo de livre-comércio da
América do Norte) é um acordo entre Estados Unidos, Canadá e México, assinado
em 1994, que tem como intenção a redução das barreiras econômicas e
alfandegárias entre eles. Esse processo seria gradativo, chegando até a criação
de uma zona de livre-comércio, na qual acabaria com todas tarifas aduaneiras.
Os três países formam um mercado de
mais de 420 milhões de habitantes e respondem por um PIB de mais de 20 trilhões
de dólares em 2013. A diferença em relação a União Europeia é que ele não prevê
a livre circulação de pessoas, mas apenas de bens, serviços e capitais.
1-Reduzir as barreiras ao comércio entre
os países-membros;
2-Ampliar a
cooperação visando à melhoria das condições de trabalho na América do Norte;
3-Criar um mercado amplo e seguro para a
circulação e comercialização de bens e serviços produzidos na América do Norte;
4-Estabelecer regras comerciais claras e
igualmente vantajosas para os países;
5-Ajudar a desenvolver e expandir o
comércio mundial dinamizando uma cooperação internacional.
UNIÃO
EUROPEIA
O bloco econômico da Europa teve início em
1950, promovido após o término da Segunda Guerra, pois o setor produtivo se
encontrava destruído, ocorreu então o Plano Marshall que consistia no apoio dos
Estados Unidos para a reconstrução dos países europeus
O processo de formação da União Europeia
foi relativamente lento, porém pioneiro. Podemos dizer que o embrião que, mais
tarde, veio a dar origem à União Europeia foi o Benelux, um grupo econômico
formado por Bélgica, Holanda e Luxemburgo, criado em 1944.
Inicialmente, esse bloco funcionava como
uma União Aduaneira, com reduções nas tarifas de importações e exportações, e a
adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC).
Em 1952, juntaram-se ao Benelux: França,
Alemanha e Itália, dando origem à CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do
Aço).
Em 25 de março de 1957, os países membros
assinaram o Tratado de Roma, que deu origem à CEE (Comunidade Econômica
Europeia), também conhecida por MCE (Mercado Comum Europeu). Após a formação da CEE, ingressaram
no bloco: Inglaterra, Irlanda, Dinamarca, Grécia, Espanha, Portugal e Alemanha
Oriental após 1989. A CEE foi a primeira proposta existente de promoção à livre
circulação de mercadorias, capitais e, principalmente, de pessoas.
Em 7 de fevereiro de 1992, com a
assinatura do Tratado de Maastricht, deu origem à União Europeia, o primeiro
bloco econômico a atingir uma integração total entre seus países-membros. Em 2002, o euro entrou em circulação,
tornando-se a moeda oficial da UE, com exceção de Reino Unido e Dinamarca.
Hoje a UE é o maior e mais avançado bloco
econômico do mundo, formando um verdadeiro “Estado Europeu”.
Atualmente (2016), o bloco conta com 28
países-membros. Além disso, Turquia, Ucrânia e Macedônia negociam suas entradas
no bloco, enquanto a República de San Marino encontra-se em fase de adesão. O
Reino Unido decidiu em referendo popular - Brexit - pela saída da União
Europeia, que acontecerá em um futuro próximo.
A União Europeia enfrenta vários
problemas, dentre eles:
1-desigualdade econômica entre os países
membros.
2-desigualdade de infraestrutura
3-terroristas separatistas
4-partidos xenófobos.
5-crescimento da taxa de desemprego, que
hoje é de 8,3%, correspondendo 27 milhões de empregados.
ATIVIDADE
1-Existem vários blocos econômicos, alguns
deles reúnem somente países de um mesmo continente e outros, numa tentativa de
maximizar as relações comercias globais, são integrados por nações de várias
partes do planeta. São exemplos de blocos econômicos, exceto:
a) União Europeia
b) Mercosul
c) Nafta
d) BRIC
e) Apec
2- Os blocos econômicos podem ser Zona de
livre comércio, União aduaneira, Mercado comum, União econômica e monetária.
Nesse sentido, marque (V) para as características verdadeiras das vertentes dos
blocos econômicos e (F) para as falsas.
(
)Na União aduaneira é permitida a livre circulação de pessoas entre os
países membros, como por exemplo, na União Europeia.
( )
A União econômica e monetária se caracterizando pela eliminação das tarifas
alfandegárias, livre circulação de capitais, serviços e pessoas, utilização de
uma moeda única.
( )A Zona de livre comércio é o tipo de
bloco mais restrito, estabelecendo somente a redução e/ou eliminação das
barreiras fiscais como o NAFTA.
( ) O Mercado comum se caracteriza pela
redução e/ou eliminação das barreiras alfandegárias, livre circulação de
pessoas e capitais. Não é utilizada a moeda única entre os países integrantes.
( ) A União econômica e monetária se
limita à redução de barreiras fiscais, não permitindo a livre circulação de
capitais.
a) FFVVV
b) FVFVV
c) VVVFF
d) FVVVF
e)
VVFVV
3- Os blocos econômicos são a mais recente
alternativa adotada pela maioria dos Estados do mundo para ampliar as suas
respectivas relações econômicas. Tal aspecto vem contribuindo para a construção
de uma nova forma de regionalização mundial. Assinale a alternativa que
apresente a mais importante entre as causas para a formação dos blocos
econômicos no mundo contemporâneo.
a) surgimento do dinheiro.
b) instalação da indústria avançada em
nível global.
c) consolidação da Globalização.
d) transformação do capitalismo financeiro
em capitalismo industrial.
e) emergência de um espírito mundial de
solidariedade.
4- LEIA: “A formação de blocos econômicos
tem por objetivo criar condições para dinamizar e intensificar a economia num
mundo globalizado. Em todas as modalidades de blocos econômicos, o intuito é a
redução e/ou eliminação das tarifas ou impostos de importação e exportação
entre os países-membros”.
Com base nas informações acima
apresentadas, assinale a alternativa que não apresenta um bloco econômico.
a) União Europeia
b) Mercosul
c) BRICS
d) Comunidade Andina
e) Comunidade dos Estados Independentes
(CEI)
5- (CEFET-CE) A iniciativa para as
Américas, lançada pelo presidente George Bush em junho de 1990, se inseria na
orientação reformista: a sua meta consistia na formação de uma zona de livre
comércio em todo o continente americano, com a exclusão de Cuba. Essa zona de
integração econômica é chamada de:
a) Mercado Comum do Sul (Mercosul).
b) União Europeia.
c) Novos Países Industrializados (NPIs).
d) Zona da Bacia do Pacífico.
e) Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).