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domingo, 17 de janeiro de 2021

CONJUNÇÕES - 2º ano A e B do EM- 2ª semana da 3ª e 4 ª U

 COLÉGIO ESTADUAL FAUSTO CARDOSO

PROFESSORA Me. Carla Correia

2º ano A e B do EM- 2ª semana da 3ª e 4 ª U

 

CONJUNÇÕES

 

Assim como a preposição, a conjunção é um importante elemento de conexão entre as orações. A conjunção é uma palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Vejamos a seguir:

 

O garoto segurou o brinquedo e mostrou quando chegou da escola.

 

A partir do exemplo podemos analisar três informações:

 

O garoto segurou o brinquedo.

O garoto mostrou.

O garoto chegou da escola.

Logo, a segunda oração está ligada à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações.

 

Conjunções coordenadas

As conjunções coordenativas também conhecidas como conjunções coordenadas, estabelecem uma ligação entre as orações coordenadas. No entanto, é importante destacar que estas orações não dependem sintaticamente das outras, assim como também ligam termos que têm a mesma função gramatical.

 

Locução conjuntiva

Há ainda a locução conjuntiva, que ocorre quando duas ou mais palavras exercem a função de conjunção. Como os casos de: ainda que, desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo que:

 

Ele participará da festa, desde que você faça a sua parte.

 

As conjunções coordenativas recebem o mesmo nome dos tipos de orações coordenadas sindéticas, a saber:

 

Conjunções aditivas - expressam soma.

Conjunções adversativas - expressam oposição.

Conjunções alternativas - expressam alternância.

Conjunções conclusivas - expressam conclusão.

Conjunções explicativas - expressam explicação.

 

Tipos

Conjunções

Exemplos

Aditivas

e, mas ainda, mas também, nem...

Gosta de chocolate, mas também de vegetais.

Adversativas

contudo, entretanto, mas, não obstante, no entanto, porém, todavia...

Correu muito, no entanto não consegui chegar.

Alternativas

já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, quer…

Não ouvia ou fingia não ouvir.

Conclusivas

assim, então, logo, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso, portanto...

Farei todos os exercícios, logo terei bom desempenho.

Explicativas

pois (antes do verbo), porquanto, porque, que...

Venci porque sou a melhor cozinheira.

 

 

Conjunções subordinativas

As conjunções subordinativas são os termos que ligam duas orações sintaticamente dependentes. É o contexto da frase o que determina o tipo de relação estabelecida pela conjunção, portanto o contexto é fundamental. As conjunções não desempenham função sintática na oração e são ligadas somente pelos conectivos. As conjunções subordinativas dividem-se em: causais, concessivas, condicionais, comparativas, finais, proporcionais, temporais, comparativas, consecutivas e integrantes.

 

Tipos

Conjunções

Exemplos

Causais

Porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que, por isso que, á que, uma vez que, visto que, visto como, que

Estava bem porque dormi.

Concessivas

Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que , apesar de que, nem que, que.

Embora ficasse calma, sempre tremia.

Condicionais

Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que.

Se tivesse viva, não a reconheceria.

Conformativas

Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante.

Aflita como coração de mãe.

Finais

Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que.

É tarde para que reverta o estrago.

Proporcionais

À medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais... (no sentido de mais), quanto mais... (no sentido de tanto mais), quanto mais... (no sentido de menos), quanto menos... (no sentido de menos), quanto menos... (no sentido de tanto menos), quanto menos (no sentido de mais), quanto menos (tanto mais).

Não gostava de João, quanto mais de Margarida.

Temporais

Quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que (desde que).

Desaprovou o comportamento do marido assim que soube do acontecimento.

Comparativas

Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior)

Qual (usado depois de tal)

As ideias chegavam como entrega rápida.

Consecutivas

Que (precedido de tão, tal, tanto), De modo que, De maneira que

Os fatos eram tão inusitados que tentou escapar.

 

 

 

 

 

Conjunções subordinativas integrantes

Introduzem uma oração que atua como sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo, entre outros, e que completa o sentido da oração principal: que; se.

Exemplo: Espero que meu pai chegue rápido.

 

Operadores argumentativos

 

     Os operadores argumentativos são elementos que servem para evidenciar as estratégias argumentativas bem como para cooperar na coesão do texto, por meio da relação entre as diferentes ideias apresentadas. Existem diversas funções que podem ser desempenhadas pelos operadores, como comparação entre argumentos, indicação de pressupostos, entre outras. Cada função possui um conjunto de elementos possíveis para ser utilizado, mas é preciso atentar-se ao contexto de uso, pois ele pode interferir ou modificar o sentido do operador.

Função dos operadores argumentativos

As funções desempenhadas pelos operadores argumentativos são diversas e atendem a diferentes demandas textuais. A seguir, segue uma lista com as principais funções dos operadores argumentativos no texto.

 

Reforçar argumento para uma mesma conclusão: quando se utiliza uma série de ideias, todas voltadas a uma mesma conclusão, e uma delas recebe uma ênfase de peso, iniciada geralmente por algum elemento que demarca essa importância, como “inclusive”.

 

Somar argumentos para uma mesma conclusão: quando se utiliza o operador argumentativo para encadear-se ideias que se somam a uma mesma conclusão.

 

Introduzir conclusão relacionada a argumento anterior: quando se utiliza o operador argumentativo para iniciar-se a conclusão relacionada a argumentos que foram apresentados anteriormente.

 

Introduzir argumentos alternativos que levam a conclusões opostas ou alternativas: quando se utiliza o operador para criar-se possibilidades ou alternativas de conclusões: “ou isso ou aquilo”.

 

Estabelecer relação de comparação para determinada conclusão: quando se utiliza o operador argumentativo para marcar-se uma comparação entre ideias que se direcionam a determinada conclusão.

 

Introduzir uma explicação: quando se explica alguma afirmação feita anteriormente e utiliza-se o operador argumentativo para marcar-se o início dessa explicação.

 

Contrapor argumentos de conclusão contrária: quando o operador argumentativo marca uma ideia de adversidade com a conclusão apresentada.

 

Introduzir conteúdos pressupostos: quando se utiliza o operador para indicar-se pressupostos de ideias que serão desenvolvidas.

 



 

ATIVIDADES

 

QUESTÃO 1

Assinale a alternativa que possa substituir, pela ordem, as partículas de transição dos períodos abaixo, sem alterar o significado delas.

 

"Em (primeiro lugar), observemos o avô. (Igualmente), lancemos um olhar para a avó. (Também) o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos. (Consequentemente), a filha também será morena e alta."

 

a) primeiramente, ademais, além disso, em suma

b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente

c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto

d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, por conseguinte

e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com efeito.

 

QUESTÃO 2

No período: "Da própria garganta saiu um grito de admiração, que Cirino acompanhou, embora com menos entusiasmo", a palavra destacada expressa uma ideia de:

a) explicação

b) concessão

c) comparação

d) modo

e) consequência

 

QUESTÃO 3

Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.

LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

 

A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas

a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.

b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase.

c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.

d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.

e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.

 

QUESTÃO 4

No fragmento “A vida ganhou em qualidade, prorrogando a juventude, sem com isso perder os benefícios da longevidade bem-vinda [...]", a oração destacada expressa ideia de:

a) Condição    b) Consequência         c) Concessão   d) Comparação           e) Causa

 

QUESTÃO 5

Em: “… ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas…” a partícula como expressa uma ideia de:

 

a) comparação            b) causa           c) explicação               d) conclusão   e) proporção

 

 

QUESTÃO 6

Não gostava muito de novelas policiais; admirava, porém, a técnica de seus autores. Comece com: Admirava a técnica...

a) visto como              b) enquanto                c) conquanto

d) porquanto               e) à medida que

 

QUESTÃO 7

"Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila." Os dois pontos (:) do período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicitando-se o nexo entre as duas orações pela conjunção:

a) portanto      b) e                  c) como           d) pois             e) embora

 

QUESTÃO 8

Assinale “como” assume a mesma função que exerce em "como fosse trazido à sua presença um pirata".

a) Como você conseguiu chegar até aqui?

b) Como todos podem ver, a situação não é das melhores.

c) Não só leu os livros indicados, como também outros de interesse pessoal.

d) Como não telefonou, resolvi procurá-lo pessoalmente.

e) O arquiteto projetou o jardim exatamente como lhe pediram.

 

QUESTÃO 9

"Que não pedes um diálogo de amor, é claro, desde que impões a cláusula da meia-idade."

O segmento destacado poderia ser substituído, sem alteração do sentido da frase, por:

a) desde que imponhas.

b) se bem que impões.

c) contanto que imponhas.

d) conquanto imponhas.

e) porquanto impões.

 

QUESTÃO 10

Tarefa

Morder o fruto amargo e não cuspir

Mas avisar aos outros quanto é amargo

Cumprir o trato injusto e não falhar

Mas avisar aos outros quanto é injusto

Sofrer o esquema falso e não ceder

Mas avisar aos outros quanto é falso

Dizer também que são coisas mutáveis...

E quando em muitos a não pulsar

— do amargo e injusto e falso por mudar —

então confiar à gente exausta o plano

de um mundo novo e muito mais humano.

CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.

Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam, para além de sua função sintática,

 

a) a ligação entre verbos semanticamente semelhantes.

b) a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis.

c) a introdução do argumento mais forte de uma sequência.

d) o reforço da causa apresentada no enunciado introdutório.

e) a intensidade dos problemas sociais presentes no mundo.

 Links para videoaula:

1 –Conjunções:

 

https://youtu.be/589N9KHjVGI

 

https://youtu.be/x-7bLLi_vkE

 

https://youtu.be/qTocB4QV8bQ

 

 

2- Operadores argumentativos:

 

https://youtu.be/l6Ksxsaq7Ag

 

https://youtu.be/I2_Zrz9WRU0

 

https://youtu.be/areqYxRwz2A

 

Complementação de estudo:

https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/conjuncao.htm

 

 

                        

 

 

 

 

 

A persistência é o caminho do êxito.

 

Charles Chaplin