COLÉGIO ESTADUAL FAUSTO CARDOSO
PROFESSORA Me. Carla Correia
2º ano A e B do EM- 2ª semana da 3ª e
4 ª U
CONJUNÇÕES
Assim
como a preposição, a conjunção é um importante elemento de conexão entre as
orações. A conjunção é uma palavra
invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma
oração. Vejamos a seguir:
O
garoto segurou o brinquedo e mostrou
quando chegou da escola.
A
partir do exemplo podemos analisar três informações:
O
garoto segurou o brinquedo.
O
garoto mostrou.
O
garoto chegou da escola.
Logo,
a segunda oração está ligada à primeira por meio do "e", e a terceira
oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras
"e" e "quando" ligam, portanto, orações.
Conjunções
coordenadas
As
conjunções coordenativas também conhecidas como conjunções coordenadas,
estabelecem uma ligação entre as orações coordenadas. No entanto, é importante
destacar que estas orações não dependem sintaticamente das outras, assim como
também ligam termos que têm a mesma função gramatical.
Locução
conjuntiva
Há
ainda a locução conjuntiva, que ocorre quando duas ou mais palavras exercem a
função de conjunção. Como os casos de: ainda que, desde que, assim que, uma vez
que, antes que, logo que:
Ele
participará da festa, desde que você faça a sua parte.
As
conjunções coordenativas recebem o mesmo nome dos tipos de orações coordenadas
sindéticas, a saber:
Conjunções
aditivas - expressam soma.
Conjunções
adversativas - expressam oposição.
Conjunções
alternativas - expressam alternância.
Conjunções
conclusivas - expressam conclusão.
Conjunções
explicativas - expressam explicação.
Tipos |
Conjunções |
Exemplos |
Aditivas |
e, mas ainda, mas também, nem... |
Gosta de chocolate, mas também de vegetais. |
Adversativas |
contudo, entretanto, mas, não obstante, no entanto, porém,
todavia... |
Correu muito, no entanto não consegui chegar. |
Alternativas |
já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, quer… |
Não ouvia ou fingia não ouvir. |
Conclusivas |
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por conseguinte, por
isso, portanto... |
Farei todos os exercícios, logo terei bom desempenho. |
Explicativas |
pois (antes do verbo), porquanto, porque, que... |
Venci porque sou a melhor cozinheira. |
Conjunções subordinativas
As
conjunções subordinativas são os termos que ligam duas orações sintaticamente
dependentes. É o contexto da frase o que determina o tipo de relação
estabelecida pela conjunção, portanto o contexto é fundamental. As conjunções
não desempenham função sintática na oração e são ligadas somente pelos
conectivos. As conjunções subordinativas dividem-se em: causais, concessivas,
condicionais, comparativas, finais, proporcionais, temporais, comparativas,
consecutivas e integrantes.
Tipos |
Conjunções |
Exemplos |
Causais |
Porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que,
por isso que, á que, uma vez que, visto que, visto como, que |
Estava bem porque dormi. |
Concessivas |
Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se
bem que , apesar de que, nem que, que. |
Embora ficasse calma, sempre tremia. |
Condicionais |
Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, dado que,
desde que, a menos que, a não ser que. |
Se tivesse viva, não a reconheceria. |
Conformativas |
Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante. |
Aflita como coração de mãe. |
Finais |
Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que. |
É tarde para que reverta o estrago. |
Proporcionais |
À medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto
mais... (no sentido de mais), quanto mais... (no sentido de tanto mais),
quanto mais... (no sentido de menos), quanto menos... (no sentido de menos),
quanto menos... (no sentido de tanto menos), quanto menos (no sentido de
mais), quanto menos (tanto mais). |
Não gostava de João, quanto mais de Margarida. |
Temporais |
Quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que,
assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que (desde
que). |
Desaprovou o comportamento do marido assim que soube
do acontecimento. |
Comparativas |
Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, melhor,
pior) Qual
(usado depois de tal) |
As ideias chegavam como entrega rápida. |
Consecutivas |
Que (precedido de tão, tal, tanto), De modo que, De maneira que |
Os fatos eram tão inusitados que tentou escapar. |
|
|
|
Conjunções subordinativas integrantes
Introduzem
uma oração que atua como sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo,
entre outros, e que completa o sentido da oração principal: que; se.
Exemplo:
Espero que meu pai chegue rápido.
Operadores
argumentativos
Os
operadores argumentativos são elementos que servem para evidenciar as
estratégias argumentativas bem como para cooperar na coesão do texto, por meio
da relação entre as diferentes ideias apresentadas. Existem diversas funções
que podem ser desempenhadas pelos operadores, como comparação entre argumentos,
indicação de pressupostos, entre outras. Cada função possui um conjunto de
elementos possíveis para ser utilizado, mas é preciso atentar-se ao contexto de
uso, pois ele pode interferir ou modificar o sentido do operador.
Função dos operadores argumentativos
As funções desempenhadas pelos operadores
argumentativos são diversas e atendem a diferentes demandas textuais. A seguir,
segue uma lista com as principais funções dos operadores argumentativos no
texto.
Reforçar argumento para uma mesma conclusão: quando
se utiliza uma série de ideias, todas voltadas a uma mesma conclusão, e uma
delas recebe uma ênfase de peso, iniciada geralmente por algum elemento que
demarca essa importância, como “inclusive”.
Somar argumentos para uma mesma conclusão: quando se
utiliza o operador argumentativo para encadear-se ideias que se somam a uma
mesma conclusão.
Introduzir conclusão relacionada a argumento
anterior: quando se utiliza o operador argumentativo para iniciar-se a
conclusão relacionada a argumentos que foram apresentados anteriormente.
Introduzir argumentos alternativos que levam a
conclusões opostas ou alternativas: quando se utiliza o operador para criar-se
possibilidades ou alternativas de conclusões: “ou isso ou aquilo”.
Estabelecer relação de comparação para determinada
conclusão: quando se utiliza o operador argumentativo para marcar-se uma
comparação entre ideias que se direcionam a determinada conclusão.
Introduzir uma explicação: quando se explica alguma
afirmação feita anteriormente e utiliza-se o operador argumentativo para marcar-se
o início dessa explicação.
Contrapor argumentos de conclusão contrária: quando
o operador argumentativo marca uma ideia de adversidade com a conclusão
apresentada.
Introduzir conteúdos pressupostos: quando se utiliza
o operador para indicar-se pressupostos de ideias que serão desenvolvidas.
ATIVIDADES
QUESTÃO 1
Assinale
a alternativa que possa substituir, pela ordem, as partículas de transição dos
períodos abaixo, sem alterar o significado delas.
"Em
(primeiro lugar), observemos o avô. (Igualmente), lancemos um olhar para a avó.
(Também) o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos.
(Consequentemente), a filha também será morena e alta."
a)
primeiramente, ademais, além disso, em suma
b)
acima de tudo, também, analogamente, finalmente
c)
primordialmente, similarmente, segundo, portanto
d)
antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, por conseguinte
e)
sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com efeito.
QUESTÃO 2
No
período: "Da própria garganta saiu um grito de admiração, que Cirino
acompanhou, embora com menos entusiasmo", a palavra destacada expressa uma
ideia de:
a)
explicação
b)
concessão
c)
comparação
d)
modo
e)
consequência
QUESTÃO 3
Os
filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam
banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A
estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas
o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse
podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela
plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.
LISPECTOR,
C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
A
autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado.
Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos
que articulam o texto, o conectivo mas
a)
expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.
b)
quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da
frase.
c)
ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.
d)
contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.
e)
assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.
QUESTÃO 4
No
fragmento “A vida ganhou em qualidade, prorrogando a juventude, sem com isso perder os benefícios da
longevidade bem-vinda [...]", a oração destacada expressa ideia de:
a)
Condição b) Consequência c) Concessão d) Comparação e)
Causa
QUESTÃO 5
Em:
“… ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas…” a partícula
como expressa uma ideia de:
a)
comparação b) causa c) explicação d) conclusão e)
proporção
QUESTÃO 6
Não
gostava muito de novelas policiais; admirava, porém, a técnica de seus autores.
Comece com: Admirava a técnica...
a)
visto como b) enquanto c) conquanto
d)
porquanto e) à medida que
QUESTÃO 7
"Podem
acusar-me: estou com a consciência tranquila." Os dois pontos (:) do
período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicitando-se o nexo
entre as duas orações pela conjunção:
a)
portanto b) e c) como d)
pois e) embora
QUESTÃO 8
Assinale
“como” assume a mesma função que exerce em "como fosse trazido à sua
presença um pirata".
a)
Como você conseguiu chegar até aqui?
b)
Como todos podem ver, a situação não é das melhores.
c)
Não só leu os livros indicados, como também outros de interesse pessoal.
d)
Como não telefonou, resolvi procurá-lo pessoalmente.
e)
O arquiteto projetou o jardim exatamente como lhe pediram.
QUESTÃO 9
"Que não pedes um diálogo de amor,
é claro, desde que impões a cláusula da meia-idade."
O
segmento destacado poderia ser substituído, sem alteração do sentido da frase,
por:
a)
desde que imponhas.
b)
se bem que impões.
c)
contanto que imponhas.
d)
conquanto imponhas.
e)
porquanto impões.
QUESTÃO 10
Tarefa
Morder
o fruto amargo e não cuspir
Mas
avisar aos outros quanto é amargo
Cumprir
o trato injusto e não falhar
Mas
avisar aos outros quanto é injusto
Sofrer
o esquema falso e não ceder
Mas
avisar aos outros quanto é falso
Dizer
também que são coisas mutáveis...
E
quando em muitos a não pulsar
—
do amargo e injusto e falso por mudar —
então
confiar à gente exausta o plano
de
um mundo novo e muito mais humano.
CAMPOS,
G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
Na
organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam, para além de
sua função sintática,
a)
a ligação entre verbos semanticamente semelhantes.
b)
a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis.
c)
a introdução do argumento mais forte de uma sequência.
d)
o reforço da causa apresentada no enunciado introdutório.
e)
a intensidade dos problemas sociais presentes no mundo.
1 –Conjunções:
2- Operadores argumentativos:
Complementação de estudo:
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/conjuncao.htm
A persistência é o caminho do
êxito.
Charles Chaplin