Escola
Estadual Fausto Cardoso
Educando(a):
Turma: 1º ano C Data: 18/01/2020
Componente
Curricular: Língua Portuguesa
Professor:
Reginaldo Silva de Araújo
SEQUÊNCIA
DOS CONTEÚDOS SOBRE O BARROCO NA EUROPA, AGORA ESPECIALMENTE EM PORTUGAL, ITÁLIA, ESPANHA, FRANÇA e HOLANDA. Sequência
do Barroco Brasileiro, especialmente em Minas Gerais e Bahia.
Barroco
em Portugal e Sequência sobre coerência e coesão textual. – Texto dissertativo/argumentativo para
produção textual.
Portugal,
por volta de 1580, atravessava um período de crise social e financeira,
refletindo em sua população sentimentos pessimistas, presença de euforia e
nacionalismo. Logo, o barroco português nasce como forma de
materializar esse contraste, por meio da arquitetura, da música, da pintura e, principalmente, da literatura e do
teatro.
Foi durante
o século XVII, em Portugal, que a poesia lírica, o teatro de costume e a
oratória seca ganharam grande projeção, bem como os gêneros literários. As
principais tendências seguidas pelo barroco em Portugal foram
os conceitos de conceptismo e cultismo.
O cultismo
era o responsável por atribuir aos textos literários uma linguagem culta,
rebuscada, explorando o jogo de palavras e a ornamentação estilística. Já o
conceptismo trabalhava com o embate de ideias, a sobreposição da racionalidade,
o pensamento lógico e exposição de conceitos.
Principais
obras do barroco português:
- peça teatral Guerras do Alecrim e da Manjerona
– 1737;
- Sermão da sexagésima – 1655;
- Sermão de Santo Antônio aos Peixes – 1654;
- Sermão do Bom Ladrão – 1655;
- Obras métricas – 1665.
Principais
autores do barroco português:
- Padre Antônio Vieira – 1608-1697;
- poeta Gregório de Matos – 1636-1696;
- poeta Manuel Botelho de Oliveira – 1636-1711;
- poeta Bento Teixeira – 1561-1618;
- poeta Francisco Rodrigues Lobo – 1580-1622;
- escritor Francisco Manuel de Melo – 1608-1666;
- poeta Josefa de Óbidos – 1630-1684.
Barroco na Itália
O barroco na
Itália se destacou na cidade de Roma, onde surgiram escolas de artes que eram famosas pela capacidade de
representação do corpo humano de maneira realística, com riqueza de detalhes e
busca pela perfeição. Os conceitos do barroco nesse país não eram diferentes
dos de Portugal, porém, a Itália se destacou nos campos da pintura e da música
barrocas.
Entre as
obras que ganharam mais visibilidade na época, está a pintura de Michelangelo,
na Capela Sistina, conhecida como “O Juízo Final”, por conseguir
retratar de maneira precisa a estratégia do catolicismo em resgatar seus
conceitos na sociedade. Vale destacar que Michelangelo é considerado um
pioneiro no estilo barroco de pintura.
Principais
obras do barroco italiano:
- pintura A vocação de São Mateus – 1600;
- pintura Baco – 1595;
- pintura A ceia em Emaús – 1601;
- pintura Os trapaceiros – 1594;
- pintura Crucificação de São Pedro – 1600.
Principais
autores do barroco italiano:
- pintor Gian Lorenzo Bernini – 1598-1680;
- pintor Michelangelo Merisi, o Caravaggio –
1571-1610;
- compositor Antonio Vivaldi – 1678-1741;
- compositor Alessandro Scarlatti – 1660-1725;
- compositor Giovanni Battista Pergolesi –
1710-1736.
Barroco
na Itália: entre a beleza ideal e a verdade dramática
Esse
movimento busca a exuberância, o dinamismo e a verdade dramática, temas muito
próximos do período helenístico greco-romano.
O Barroco vai além no anseio
do ilimitado e do dinamismo: destrói os limites e contornos, emprega formas
abertas e fechadas, aplica farta e brilhante luz em contraste com as sombras opacas, reduz
os motivos de fundo e destaca grandes figuras no primeiro plano.
O estilo que marca o século
XVII, de acordo com Hauser (2003), ultrapassa diversos países e culturas, no
entanto, esse modelo universal abraça distintas ramificações e formas.
Ressalta-se, inclusive, que o Barroco que se produz próximo às cortes e aos
círculos católicos é diferente do elaborado junto à classe média e às
comunidades protestantes.
Entre os artistas italianos
que se destacaram junto a Arte Barroca encontram-se: Annibale CARRACCI
(1560-1609), Michelangelo Merisi da CARAVAGGIO (1571-1610); Guido RENI
(1575-1642), Domenico Zampieri conhecido por DOMENICHINO (1581-1641),
Bartolomeo MANFREDI (1582-1622), Giovanni Francesco Barbieri, chamado de
GUERCINO (1591-1666), Orazio Lomi GENTILESCHI (1563-1639), ARTEMÍSIA
Gentileschi (1593-ca.1653/4) e Pietro Berrettini da CORTONA (1596 -1669)
Michelangelo Caravaggio, de
uma pequena região próxima à Milão, conquistou fama, principalmente entre os
anos de 1599 a 1610 com a produção de grandes telas, cujas composições
naturalistas receberam traços vibrantes e dramático claro-escuro, na ânsia de
alcançar a verdade acima da beleza ideal.
No entanto, apesar de a sua
obra ser aclamada por artistas e amadores, de acordo com Janson (1992) as
pessoas simples não gostaram de se ver representadas, preferindo, por vezes,
arranjos e imagens mais idealizadas. Ao encontro dos conservadores vieram
artistas menos radicais, os quais tomaram por modelo outro dos novos pintores:
Annibale Carracci.
Annibale e seu irmão Agostino,
estão entre os primeiros pintores do século XVII a combater a exagerada
tendência Maneirista em voga, visando um classicismo deliberado, um novo
realismo inspirado em grande parte na escultura greco-romana agregada aos
ideais do corpo humano.
Inovadores, Annibale e
Agostino, e por vezes, o primo Lodovico, são responsáveis por introduzir reformas artísticas na Itália com base
na observação do mundo natural.
Os irmãos Carracci e os demais
artistas que chegaram em Roma, centro da produção artística no século XVII,
produziram obras com conteúdo religioso, reinterpretaram os assuntos e
ampliaram os temas com antigos e novos santos à serviço da igreja cristã.
Contudo, esses mesmos artistas profundamente religiosos na maioria, voltaram-se
também para os temas pagãos e mitológicos ao receberam encomendas de obras
junto às villas e palácios. Um dos principais exemplos é
o Palazzo Farnese, concluído em 1589.
De acordo com Janson (1992) os
tetos e paredes do Palazzo Farnese apontam aos
artistas dois caminhos: o estilo rafaelesco dos painéis mitológicos
desenvolvidos dentro de um classicismo deliberado ou o avanço do ilusionismo
sensorial incontestável nos enquadramentos dos tetos e painéis palacianos, em
que as composições se apresentam em contínuo movimento dos, e entre, os
personagens, que dançam alegremente sobre um fundo que parece ser infinito,
ajudado pela pintura em trompe l’oeil, o emprego de estuque e a própria estrutura arquitetônica que se desenvolve nesse
sentido, com toda força, na arte Barroca do século XVII.
Em busca da beleza clássica,
inspirado em RAFAEL, Guido Reni segue o primeiro caminho, enquanto Guercino e
Pietro da Cortona, por exemplo, seguem para a segunda opção, combinando o
ilusionismo pictórico e incontáveis grupos de figuras espalhadas entre intensa
luz, cores e tonalidades que se propagam no espaço infinito dos tetos barrocos.
BARROCO NA ESPANHA
Sob forte
influência italiana, o barroco espanhol também teve suas
características mais expressadas a partir da pintura e da arquitetura. Com
predomínio do realismo, o barroco hispânico ficou conhecido por representar
a teatralidade na pintura, seja de situações religiosas, seja de cenas
cotidianas.
Principais obras do barroco espanhol:
- pintura As meninas – 1656;
- pintura Meninos comendo uvas e melão – 1655;
- pintura A túnica de José – 1630;
- pintura A rendição de Breda – 1635;
- pintura Vênus ao espelho – 1651.
Principais autores do barroco espanhol:
- pintor Diego Velázquez – 1599-1660;
- pintor José de Ribera – 1591-1652;
- pintor Francisco de Zurbarán – 1598-1664;
- pintor Bartolomé Esteban Murillo – 1617-1682.
·
Na Espanha, o barroco se
desenvolveu principalmente na arquitetura, nos entalhes e nas decorações
requintadas das construções, fossem religiosas ou não. Na pintura, teve forte
influência do barroco italiano, com predomínio do realismo. O
principal pintor barroco espanhol foi Diego Velázquez
(1599-1660).
Origem
do Barroco na Europa
O estilo barroco é de origem
controvertida. Pode ter nascido na Itália, mas criou raízes na Espanha entre
poetas e pintores do século XVII. A literatura barroca chega a Portugal em um
período marcado por grandes tensões e mudanças. Portugal e Espanha tinham um
único rei. Com o desaparecimento de D. Sebastião (rei de Portugal), Felipe II
torna-se herdeiro do trono e consolida a unificação da península ibérica.
Surge, então, o mito do SEBASTIANISMO, crença segundo a qual os
portugueses achavam que D. Sebastião não morrera na batalha de alcácer-quibir,
na África e voltaria em breve para retomar o trono português.
Barroco na Holanda
A Holanda
estava em um bom momento de desenvolvimento econômico durante o século XVII,
porém, esse país foi um dos que o protestantismo mais converteu fiéis, diferentemente de Itália e Espanha. Dessa
forma, os artistas holandeses tiverem mais dificuldades em desenvolver obras de
cunho religioso.
Nesse
contexto, o barroco holandês foi caracterizado por pinturas
de paisagens e naturezas-mortas, realçando os elementos de descrição e
o realismo, sem a preocupação com os padrões de estética clássicos.
Podemo
trazer um paralelo sobre a influência da Holanda, com União Ibérica, no período colonal do Brasil. Assim, podemos ver resquícios de sua
cultura que foram deixadas no país.
Principais obras do barroco holandês:
- pintura A ronda noturna – 1642;
- pintura A sagrada família – 1635;
- pintura O retorno do filho pródigo – 1669;
- pintura A noiva judia – 1665.
Principais autores do barroco holandês:
- pintor Rembrandt Van Rijn – 1606-1669;
- pintor Peter Paul Rubens – 1577-1640.
·
Descritivo e realista, o artista holandês não se
preocupava com padrões de beleza clássicos, preferindo retratar cenas do
cotidiano. Dois importantes pintores do barroco holandês
(também chamado barroco flamengo) foram Peter Paul Rubens
(1577-1640) e Rembrandt van Rijn (1606-1669).
A Arte
nos Países Baixos (Holanda – Bélgica) Séc. XVII
25 DE MAIO DE 2015 ~ ANHANGUERAARQUITETURAA
A Arte
Barroca originada na Itália, desenvolve-se no século XVII num período muito
importante da história da civilização ocidental, pois nele ocorreram mudanças
econômicas, religiosas e sociais que deram um nova feição a Europa da idade
Moderna. O estilo Barroco foi o mais suntuoso e ornamentado da história da
Arte e teve o papel de trazer a arte para vida cotidiana.
A
Arquitetura do século XVII realizou se principalmente nos palácios e nas
igrejas. As grandes dimensões espaciais a importância das escadas e os
revestimentos luxuosos fazem da arquitetura barroca um espetáculo para os
olhos. Há nesse estilo a valorização dos efeitos decorativos, exprimindo a
exaltação do movimento, da materialização da emoção e do êxtase, da
sensualidade das formas, da monumentalidade cenográfica, do exagero ornamental
propositado e do jogo de contrastes intensos: sombra e luz; massas e vazios;
curvas e contracurvas e côncavos e convexos.
O norte da
Europa, cenário de frequentes conflitos entre católicos e protestantes,
encontrou na pintura sua forma de expressão artística mais transcendente
durante esse o período. Nos Países Baixos o Barroco desenvolveu-se em duas
grandes direções, sobretudo na pintura
Na Holanda ganhou aspectos
mais próximos do espírito prático e austero do povo holandês; dominada por uma
burguesia comercial, empreendedora e protestante, regida por princípios
puritanos, têm dificuldade em aceitar o estilo barroco da Europa católica aos
quais desagradava a pompa e a exuberância, preferindo a austeridade até na
arquitetura.
As pinturas
do período caracterizam-se pela riqueza de detalhes, pela precisão e o apuro
técnico empregado, numa tentativa de representar tudo que o olho humano fosse
capaz de captar, dando à imagem um aspecto semelhante à vida, com
minucioso realismo. Predominam a pintura de gênero, a natureza-morta, cenas da
vida familiar, paisagens pitorescas, e o retrato, temas todos eles profanos
e tecnicamente próximos ao naturalismo de Caravaggio. Tem em Rembrandt seu
maior expoente na pintura.
Na Bélgica manteve as linhas
movimentadas e a forte expressão emocional. A dominação espanhola deu origem a
uma classe política aristocrática e católica que favoreceu a pintura grandiosa
e solene, protagonizada por santos e alegorias religiosas. Ao mesmo tempo se
difundia a pintura de temas mitológicos, com sugestão de sensualidade, cujo
melhor exemplo é a obra de Rubens, artista inspirado na escola veneziana,
colorista (a força das cores quentes), cria cenas que sugerem intenso
movimento, suas telas marcam linhas contorcidas nos corpos e pregas, drapeados
nas roupas.
Barroco na França
A França, no
século XVII, era caracterizada pela sua forte e centralizadora monarquia absolutista (reinada por Luís XIV), sendo o barroco um movimento artístico
restrito à família real e aos nobres. Nessa época, a arte barroca
francesa ficou conhecida pelo desprezo às pessoas comuns e
mais humildes, pois basicamente retratava a realidade da monarquia e os
privilégios da alta nobreza.
Naquele
país, a arte também sofreu forte influência do pintor italiano Caravaggio,
sendo os pintores Nicolas Poussin e Georges de la Tour os principais expoentes
da pintura barroca francesa. A música da França também se destacou no período,
principalmente pelos concertos e sonatas de Giovanni Battista Lulli, que era o
compositor da da corte de Luís XIV.
Principais obras do barroco francês:
- pintura O recém nascido – 1640;
- pintura Os pastores de Arcádia – 1639;
- pintura A morte de Germânico – 1628;
- pintura Paisagem com Diógenes – 1647.
Principais autores do barroco francês:
- compositor Jean-Philippe Rameau – 1683-1764;
- compositor François Couperin – 1668-1733;
- compositor Giovanni Battista Lulli – 1632-1687;
- pintor Nicolas Poussin – 1594-1665;
- pintor Georges de La Tour – 1593-1652.
·
A partir do século XVII a França ampliou seus domínios e
conquistou enorme projeção. Coroado em 1654,
Luís XIV (1638-1715) tornou-se um dos maiores líderes da história, encarnando o
símbolo do absolutismo.
·
Luís XIV deu à França o máximo de esplendor e projeção,
merecendo o título de “rei-Sol”, com uma corte das mais brilhantes e luxuosas.
·
A arte Barroca
procedente da Itália, que havia influenciado de forma coordenada e semelhante
Flandres, Holanda e Espanha, tomou um caminho diferente ao chegar na França,
antes mesmo de Luís XIV subir ao trono.
·
O estilo da Escola de Fontainebleau, sob a tutela
de Francisco I (1494-1547), havia se espalhado por toda França em meados do
século XVI. A partir de 1594, durante o reinado de Henrique IV (1553-1610) e na
Regência de Maria de Médici (1575-1642) as atividades artísticas da segunda
Escola de Fontainebleau, embora
tardia, alcançaram êxito com a maior utilização de motivos clássicos.
·
Portanto, enquanto as obras de CARAVAGGIO e CARRACCI se
espalhavam e ganhavam adeptos, a França permanecia ligada aos
temas clássicos alimentados pelo humanismo, que incluía a literatura e o
racional, e a busca da felicidade em um mundo perfeito.
·
Em 1648, no Grand Palais-Royal, a então regente,
Anne da Áustria (1601-1666) mãe de Luís XIV e o Conselho real aprovaram a
fundação da Académie royale de peinture
et de sculpture.
·
Colbert assumiu o controle estratégico com Charles LE
BRUN, que garantiu a
glorificação do rei, por meio das artes e o Classicismo Barroco, resultado da
união da Antiguidade Clássica com a arte Barroca italiana, tornando-se o estilo
oficial da corte.
·
A partir da segunda metade do século XVII, a capital
francesa passou a competir com Roma como capital do mundo das Artes.
·
Em 1666, Colbert fundou L’Académie de France à Rome, para os ganhadores de
bolsa de estudos com origem na competição artística do Grand Prix de Roma,
patrocinada pelo governo francês. Em Roma, por cerca de um ou dois anos, os
jovens artistas devotavam-se a fazer cópias das Antiguidades e das obras
Renascentistas, adquirindo conhecimento e treinamento adicional.
·
Os pintores franceses: Nicolas POUSSIN (1594-1665) e
Claude LORRAIN (ca.
1600/5-1682); o gravador e aquarelista,Abraham BOSSE (ca.1602-1676); François
José Hyacinthe RIGAUD (1659-1743) de origem espanhola, Philippe de CHAMPAIGNE
(1602-1674) de origem flamenga e os escultores franceses: François GIRARDON
(1628-1715), Antoine COYSEVOX (1640-1720), Pierre PUGET (1620-1694), Jean CORNU
(1650-1710), Michel ANGUIER (1612-1686), Anselme FLAMEN (1647-1717),
Jean-Baptiste TUBY (1635-1700), Gaspard MARSY (1624-1681) e Balthasar MARSY
(1628-1674), entre outros, atuaram na França durante o século XVII.
·
Nicolas POUSSIN (1594-1665)
·
O francês Nicolas Poussin é considerado um dos maiores
mestres acadêmicos do século XVII, também, chamado de Classicismo barroco ou
estilo Luís XIV.
·
Poussin estudou fielmente e por uma longa temporada as
estátuas clássicas na cidade de Roma, a qual considerava a segunda pátria. Ali
desenvolveu um gosto pela beleza e dignidade por tudo que pertencia à
Antiguidade, imaginando-a como um mundo incomparável e sublime. De acordo com
Gombrich (2000), o artista francês desejava que a beleza e a perfeição das
obras greco-romanas o ajudassem a ter uma visão das antigas terras da beleza e
dignidade.
·
O artista imagina a Antiguidade como um mundo aprazível e
utópico, mas esse mundo ideal, na sua interpretação deve ser representado de
maneira lógica e ordenada.
·
O classicismo de Nicolas Poussin exige o emprego de cores
harmônicas em contraste com a tendência barroca dos artistas italianos, cujas
obras dramáticas são impregnadas de sombra e luz.
·
A paisagem é o ponto de partida para as intenções do
grande artista, em que os planos e as massas são distribuídos e elaborados com
rigor formal e matemático. Simples arranjo que nasce do enorme conhecimento
artístico.
Barroco brasileiro
A ideologia
da Igreja Católica de converter novos fiéis expandiu o continente
europeu e foi exportada também para a América Latina. No Brasil, os conceitos
do barroco foram inicialmente praticados pelos Jesuítas, com o
objetivo de catequização dos indígenas. Entretanto, ele também foi usado como
forma de imposição de poder e ferramenta de exploração.
Por o nosso
país ser uma colônia de Portugal, naturalmente, o barroco brasileiro sofreu forte
influência portuguesa, tendo sua produção artística alavancada
principalmente no século XVII, após o descobrimento das minas de ouro e
pedras preciosas.
Minas
Gerais, por ser o estado onde foi encontrado o maior número de jazidas, e o
nordeste, por seu desenvolvimento atribuído à cana-de-açúcar, foram as regiões
do país mais influenciadas pela arte barroca.
Barroco em Minas Gerais
As cidades
do interior mineiro (principalmente Ouro Preto, Diamantina, São João del-Rei e
Mariana) eram caracterizadas pela grande presença de ouro, fato que atraía a
atenção da coroa portuguesa. Dessa forma, o barroco, nessas cidades, foi o
responsável por construir igrejas com esculturas e pinturas banhadas a
ouro, com riqueza de detalhes e beleza única.
Atualmente, muitas
obras barrocas ainda podem ser encontradas nas cidades do interior de Minas,
sendo consideradas parte de uma importante rota do turismo nacional.
Caracterizada pela pompa e grandiosidade, a
arte barroca mineira é rica em detalhes, cores e ornamentos em
ouro. O barroco mineiro explorou os materiais típicos da
região, como o cedro e a pedra-sabão, criando assim uma arte autêntica e
carregada de características peculiares.3 de dez. de 2018
Contexto e formação do barroco
mineiro
A Capitania de Minas Gerais, que foi o centro da
atividade mineradora no Brasil Colônia, viveu o apogeu das artes no Brasil oitocentista. O
chamado barroco mineiro constituiu-se
com base em várias influências artísticas, vindas tanto de outras regiões da
colônia, como o Rio e Janeiro e Salvador, quanto de Portugal.
A grande movimentação comercial de Minas Gerais
à época agitava também a esfera cultural. Somou-se a isso a forte influência
que teve o catolicismo popular na formação de irmandades leigas, isto é,
associações de pessoas, geralmente artistas, profissionais liberais e até mesmo
escravos, que tinham, ao mesmo tempo, a prática da devoção religiosa e da
assistência mútua.
Grande parte das construções arquitetônicas monumentais de
cidades como Ouro Preto, Mariana e São João Del Rei, foi, direta ou
indiretamente, realizada por essas irmandades. No interior das igrejas (cujo
estilo também recebia a alcunha de rococó), eram instaladas as esculturas e pintadas, geralmente nos
tetos, várias imagens.
Características, obras e
autores do barroco mineiro
Os temas, tanto das pinturas como das
esculturas, como dito, concentravam-se em referências cristãs, da tradição da arte sacra. Um dos exemplos
mais espetaculares é o teto da Igreja
de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, pintado por Manuel da
Costa Ataíde,
Além das
pinturas que dominam todo o teto, a Igreja de São Francisco de Assis ainda
conta com adornos em ouro e prata e esculturas de Aleijadinho, escultor e
arquiteto responsável também pelo projeto dessa mesma igreja. Aleijadinho (cujo
nome de batismo era Antônio Francisco Lisboa), ao lado de Manuel da Costa Ataíde e Mestre Valentim, formou o
principal grupo de artistas do barroco mineiro.
Além da
Igreja de São Francisco, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário (ver
próxima imagem), também em Ouro Preto, é um dos principais símbolos da arte
barroca mineira, em virtude de sua suntuosidade e da forma como foi construída.
Em se tratando de materiais para a confecção das peças artísticas, os artistas
mineiros tiveram que improvisar, haja vista que nem sempre podiam desfrutar dos
melhores recursos vindos de Portugal, como registrou o historiador Arno
Vehling:
“[...] Havia
dificuldade para a importação de materiais da Metrópole — a ausência de
azulejos provocou prodígios de improvisação nas decorações. Também a quantidade
de artífices locais — brancos, mulatos e negros alforriados — favorecia as
inovações e o uso de material da terra. A escultura em pedra-sabão é o melhor
exemplo disso.”|1|
A Igreja
Nossa Senhora do Rosário, de Ouro Preto, é um dos principais símbolos do
barroco mineiro.
Esses novos
recursos, como a pedra-sabão, eram abundantes em
Minas. Esse fator acabou proporcionando a confecção de grandiosos ornamentos,
detalhes e esculturas de variadas formas, inspiradas nos modelos barrocos do
norte de Portugal, como completa Vehling:
“A abundância de
recursos possibilitou construções e interiores mais rebuscados e grandiosos,
sob a influência da arquitetura do Norte de Portugal, mais leve que a austera
arquitetura do Sul. As diferenças de detalhe foram igualmente significativas:
as cúpulas tenderam a desaparecer, passando a existir duas torres e duas
janelas na facha, separadas por um medalhão.”|2|
Barroco na Bahia
O estado
baiano foi o primeiro a incorporar os conceitos do barroco em sua arte, porque,
naquela época, era o centro político e econômico do Brasil, com destaque para
Salvador, a então capital do país. O barroco na Bahia também
deixou sua marca nas igrejas, caracterizado pelo uso excessivo do ouro em
esculturas religiosas e na pintura.
Principais
obras do barroco brasileiro:
poesia Prosopopéia – 1601;
poesia Música do Parnaso – 1705;
poesia Eustáquios – 1769;
Sermão de Santo Antônio – 1654 ;
escultura Os doze profetas e os passos da paixão – Congonhas do Campo;
Igreja de São Francisco de Assis – Ouro Preto;
Igreja de São Francisco – Salvador;
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos – Mariana;
Convento e Igreja de Santo Antônio – Cairu;
Concatedral São Pedro dos Clérigos – Recife;
Igreja Nossa Senhora do Carmo – Sabará.
Principais autores do barroco brasileiro:
escultor, arquiteto e entalhador Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho
– 1730-1814;
escultor Agostinho de Jesus – 1600-1661;
pintor Mestre Ataíde – 1762-1830;
pintor e restaurador José Joaquim da Rocha – 1737-1807;
pintor José Teófilo de Jesus – 1758-1847;
pintor Eusébio de Matos e Guerra – 1629-1692;
poeta Frei Manuel da Santa Maria de Itaparica – 1704-1768;
poeta Frei Vicente do Salvador – 1564-1636.
Capital do Brasil,
fundada em 1549, erguida sobre uma colina, Salvador é como um grande anfiteatro
barroco e cidade palco das inúmeras obras barrocas no Brasil.
Somente
no Pelourinho (tombado pelo Patrimônio Histórico da Humanidade), podemos
encontrar mais de 800 casarões dos séculos XVII e XVIII. Casas com arquitetura
sempre baixa, para fácil contemplação dos moradores as igrejas que ficavam ao
final das ruas.
Além
da Capital, as cidades do Recôncavo Baiano também são um grande espetáculo do
Barraco (e ao ar livre!). Cidades como Cachoeira e Santo Amaro da Purificação
abrigam pontos e espaços que contribuem muito para a arte barroca do estado.
Considerada
como o tesouro da arte barroca brasileira, temos a Igreja São Francisco, com o
seu interior coberto por ouro e jacarandá, retratando anjos, animais e flores.
Pintura
No
Brasil, a grande produção de pintura ocorreu nas cidades auríferas do estado de
Minas Gerais, com o pintor mineiro, Manuel da Costa Ataíde.
Na
Bahia a arte barroca também teve seu espaço, em grandes capelas da cidade de
Salvador.
O
padre francês Carlos Belleville (1657-1730) –que também morou alguns anos na
China, antes de vir ao Brasil- fez a pintura de Santa Tereza no teto da Igreja
de Belém da Cachoeira, o atual museu de Arte Sacra, assim como o teto da
capela-mor e a entrada da Catedral da Bahia, com a pintura da tribuna.
Belleville usava elementos que retrataram a escola europeia, como também usava
elementos da fauna e flora em suas pinturas.
Outro
pintor que deixou belas obras pelas catedrais da capital baiana, foi Domingos
Costa Filgueira, em 1769, com a pintura do teto da Igreja Nossa Senhora da
Saúde e Glória.
Tal
obra foi repintada por J. Rabut, a título de manutenção.
Entre
tantos pintores maravilhosos da época barroca, podemos destacar José Joaquim da
Rocha (1737-1807), o qual venceu o concurso para trabalhar na pintura da
glorificação de Santo Agostinho no teto da Igreja Nossa Senhora da Palma.
Revelou
uma grande influência italiana na obra Sacristia da Igreja do Pilar, assim como
teve seu reconhecimento pelas obras: “A Circuncisão”, “A Apresentação”, “A
Sagrada Família”, “São Pedro”.
Aluno
de Joaquim da Rocha, o pintor José Teófilo de Jesus destacou-se por suas
numerosas pinturas em telas e pelos quatro painéis que trabalhou na Igreja da
Ordem de São Francisco da Penitência, da Igreja do Bonfim e da Igreja de Nossa
Senhora do Rosário, em Cachoeira, com suas pinturas consideradas
ilusionista-perspectiva, tal modelo foi continuação das obras de seu mestre.
Também no teto da Igreja
do Bonfim, o pintor Antônio Joaquim Franco Velasco (1780-1833), trabalhou em
grandes painéis com as obras: “Menino com o cachorro” e “Retrato de uma
senhora”.
Neste
material, você viu o que foi o barroco e pôde observar o
quanto ele foi impactante ao redor do mundo. Cabe reforçar que esse movimento
não se restringiu a manifestações artísticas, mas, também, à propagação da
ideologia católica. Ainda, vale destacar a sua interdisciplinaridade: ou seja,
esse tema pode ser cobrado em questões que envolvam conhecimentos não só
literários, mas também históricos.
SEQUÊNCIA
DO CONTEÚDO: COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL,
PARA MELHOR APREDIZAGEM.
Coesão
e coerência são
dois elementos importantes na construção de um texto. Sem a coesão
não seria possível transformar uma sequência de palavras num todo organizado,
isto é, em um texto.
A
coesão e a coerência desempenham funções diferentes dentro de um texto e são
muito importantes para entender como fazer uma boa
redação.
Diferença entre coesão e coerência
Coesão
e coerência são elementos diferentes e muito importantes em a produção de textos. Um texto pode
ser coeso e incoerente ao mesmo tempo. Ambas possuem em comum apenas o fato
de serem relacionadas com as regras essenciais para a produção de um bom texto.
O
ponto principal da coesão textual são as regras da gramática, ou seja, articulação
interna. A coerência textual, do contrário, aborda a articulação externa e
mais profunda do texto: o seu conteúdo.
Criando coerência textual
Para
atingir o objetivo de passar uma mensagem clara e compreensível, um bom
texto deve conter alguns elementos que facilitem o entendimento do leitor,
seguindo uma linha de pensamento que possa ser acompanhada e entendida.
Elementos
importantes na coerência textual:
•
Escrever de forma clara, simples, objetiva e concisa;
•
Fazer a estruturação da ideia principal e das ideias
secundárias;
•
Estabelecer uma linha de raciocínio e pensamento lógico;
•
Cruzamento de ideias e harmonia entre fatos;
•
Propagar a informação importante com ênfase nas partes mais importantes;
•
Expor informações suficientes sobre o assunto;
•
Mostrar que domina o assunto apresentado;
Devem
ser evitados na coerência textual:
•
Uso desnecessário de palavras;
•
Repetição de termos;
•
Ideias redundantes;
•
Contradições;
•
Existência de fatos isolados;
•
Frases muitos longas;
•
Frases prontas, clichês, jargões, estrangeirismos;
•
Uso de outros recursos que deixem o discurso pobre.
Veja
o exemplo de texto incoerente:
O
quarto-zagueiro Edinho Baiano, do Paraná Clube, foi entrevistado por um
repórter da rádio Cidade. O Paraná tinha tomado um balaio de gols do Guarani de
Campinas, alguns dias antes. O repórter queria saber o que tinha acontecido.
Edinho não teve dúvidas sobre os motivos: Como a gente já esperava, fomos
surpreendidos pelo ataque do Guarani.
Criando coesão textual
Para
que um texto seja entendido de forma correta, é preciso que exista uma coesão
harmoniosa entre as várias partes. Essa conexão é feita por meio de
estratégias, havendo assim vários elementos que contribuem para a coesão textual.
Coesão
referencial
Nesse
tipo de coesão são usados pronomes e expressões
adverbiais para evitar repetição de termos já citados ao longo
do texto.
•
Você viu minha prima por aí? Ela disse que vinha hoje.
•
Essa bolsa é minha. Onde está a sua?
•
Já arrumei todas as minhas malas, menos aquela.
Coesão
sequencial
Para
a coesão sequencial, são usados conectivos e expressões que
dão continuidade aos assuntos ou fazem ligações entre as orações, criando
uma sequência e relação com aquilo que já foi falado, como: por conseguinte,
embora, logo, com o fim de, caso, entre outros.
•
Perante aquele problema, não foi fácil tomar uma decisão.
•
Isto posto, continuaremos realizando nossa pesquisa.
Coesão
lexical
Na
coesão lexical são utilizados recursos coesivos que possibilitam a manutenção
do assunto sem repetir palavras.
•
Um dos pesquisadores estava próximo de mais uma descoberta. Os investigadores
restantes aguardavam as conclusões.
•
A savana estava repleta de leões e leoas. Esses maravilhosos mamíferos
selvagens.
•
Ainda estou cozinhando o feijão. Quando acabar de fazê-lo, poderemos almoçar.
Conheça
os recursos coesivos lexicais
• Sinonímia:
uso de sinônimos, como: convencer e persuadir.
• Hiponímia
e hiperonímia: utilização de substantivos específicos e
genéricos, como: cachorro e mamífero.
• Repetição:
empregar termos repetidos com a finalidade de realçar ou reforçar uma ideia,
como: enormes vontades, enormes esforços, enormes desilusões.
• Nominalização:
usar substantivos, verbo, adjetivos relacionados,
como: felicidade, feliz e felicitar.
• Substitutos
universais: usar termos que substituem outros, como: pronomes, numerais e
mesmo alguns verbos, como: verbo fazer.
Coesão
por elipse
Na
coesão por elipse é feita a omissão de elementos já mencionados no texto, desde
que facilmente identificáveis.
•
Minha irmã está no mercado. Foi comprar arroz e feijão.
•
Juliana e Renata são melhores amigas. Querem viajar juntas.
Coesão
por substituição
Para
a coesão por substituição são usadas palavras que retomam outras já faladas, existindo,
entretanto, uma nova definição desse termo, sem que exista correspondência
total ao primeiro termo.
•
Meu pai pediu bolo de limão eu pedi um de morango.
•
Para a festa, ele comprou um terno novo. Eu vou comprar também.
Outros
elementos que contribuem para a coesão textual:
•
Uso correto da ordenação das palavras no período;
•
Uso correto de desinências nominais (marcas de gênero e número);
•
Uso correto de desinências verbais (flexão em número, pessoa, modo e tempo);
•
Uso correto da preposição e da conjunção.
Veja
o exemplo de texto sem coesão:
É só isso, não
tem mais jeito, acabou, boa sorte, não tem o que dizer, são só palavras, saiba
que o que eu sinto não mudará...”
(Composição:
Vanessa Da Mata feat. Ben Harper)
Para
ter coesão e coerência o trecho poderia ser escrito da seguinte forma:
Se é só isso,
então não tem mais jeito, por isso acabou. Desejo-lhe boa sorte e não se
preocupe não tem nada o que dizer, isso são só palavras, mas saiba que e o que
eu sinto por você não mudará...
O
TEXTO DISSERTATIVO / ARGUMENTATIVO
O texto dissertativo-argumentativo é
um gênero textual típico de vestibulares e no qual se deve defender um ponto de
vista com argumentos. ... Em resumo, trata-se de uma produção em que um autor
defende seu ponto de vista por meio de argumentos.
O mais importante de um texto dissertativo-argumentativo é
a organização, clareza e exposição dos argumentos. Para isso, é necessário
refletir sobre o tema buscando assim uma verdade pessoal ou juízo de valor
sobre o assunto abordado. Isso porque a opinião sobre o tema reforçará a
argumentação.
Quais são as etapas
necessárias para produzir um texto dissertativo argumentativo?
Para produzir um
texto que seja considerado dissertativo-argumentativo,
você precisará apresentar uma tese e desenvolver justificativas capazes de
comprová-la. Além disso, é necessário apresentar uma conclusão que ofereça um
desfecho à discussão elaborada no texto. É isso que irá compor o
processo argumentativo.13 de ago. de 2012
O texto dissertativo-argumentativo é
um gênero discursivo muito comum em provas de vestibular, como a Fuvest, e no Enem. Em resumo, trata-se de uma produção em que um autor defende
seu ponto de vista por meio de argumentos. No caso específico do Exame Nacional
do Ensino Médio, exige-se, também, que se apresentem propostas de solução para os
problemas levantados na argumentação.
Características
O texto
dissertativo-argumentativo - ou apenas dissertação - é um
tipo de texto que discute assuntos socialmente relevantes. No caso específico
do Enem, questões que envolvem o Brasil e seus principais problemas costumam
aparecer como tema da redação.
Além disso, esse tipo de texto é reconhecido por ter uma estrutura bastante rígida, dividida em três partes fundamentais: introdução, argumentação e conclusão
Estrutura
·
Introdução
No
início da dissertação, é necessário que o autor deixe claro qual é o assunto
abordado no texto e, além disso, qual será a tese - ou ponto de vista - a ser
defendida.
·
Argumentação
Os
parágrafos intermediários de uma dissertação devem ser destinados à defesa da
tese mediante argumentos. É importante lembrar que um argumento é uma estrutura
textual que, por meio da análise de provas ou fundamentos, confirma o ponto de
vista do autor.
·
Conclusão
O final de um texto
dissertativo-argumentativo pode ser produzido de duas formas, enquanto síntese
ou com propostas de solução. No caso da conclusão por síntese, o autor repete
os argumentos resumidamente e conclui o texto afirmando a veracidade da tese.
No caso da conclusão com propostas de solução, é necessário retomar os
problemas discutidos na argumentação e propor intervenções que eliminem ou
diminuam a questão problemática.
É
importante lembrar que as soluções sugeridas devem ser detalhadas,
explicitando-se os agentes (quem promoverá a solução), as ações (o que será
feito para sanar a questão), os meios (como será promovida a intervenção) e os
objetivos (para que será feita a ação sugerida).
Como fazer?
Para produzir um bom texto
dissertativo-argumentativo, é necessário estar atento para as exigências que
cada parte do texto - introdução, desenvolvimento e conclusão - possui,
conforme explicado acima. Além disso, é importante lembrar:
·
do uso da norma-padrão da
língua portuguesa;
·
de fundamentar os argumentos a partir de conhecimentos
de diversas áreas;
·
apresentar domínio dos elementos de coesão e
coerência da língua;
·
respeitar os direitos humanos,
estabelecidos na Declaração Universal redigida pela ONU.
Vejamos os dez mandamentos para que sua redação
surpreenda a banca:
1) Não escreva difícil, usando palavras para parecer que sabe de
tudo! Prefira uma linguagem mais simples. Não falo aqui do uso de
coloquialismo, sem restrições!
2) Críticas sem fundamento, sem objetivo não devem ser feitas. A
análise sobre algo deve ser realizada baseada em fatos, acontecimentos reais.
Sempre aponte soluções coerentes para os problemas levantados.
3) Uso de palavrões, jargões, gírias e coloquialismo é proibido!
4) A linguagem do msn ou orkut deve ficar em casa. Nunca abrevie
palavras: vc, qdo, msm, dentre outras. Exceção: etc.
5) Não faça repetição desnecessária de palavras! O texto fica
enfadonho e pobre, pois o leitor verá que você não tem muita leitura, uma vez
que não tem muito vocabulário. Use sinônimos: menina, garota, criança, guria.
6) Não “encha linguiça”, como dizem! Uns dizem coisas sem sentido,
outros falam a mesma coisa várias vezes, de vários modos. Seja objetivo, claro.
Melhor qualidade do que quantidade. No entanto, processos seletivos exigem o
mínimo de 15 linhas. Escreva sobre algo que você tenha conhecimento. Baseie-se
(não copie) em um texto da coletânea, nas ideias expostas ali. Faça um
parágrafo para introdução, um para o desenvolvimento e um para a conclusão,
pelo menos!
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7) Não esqueça a cedilha no “c”, o cortado do “t”, o pingo do “i”, as
letras maiúsculas em nomes próprios!
8) Coloque ponto final! Começou um novo argumento, uma nova ideia? Coloque
ponto final e não vírgula! Os períodos ficam tão confusos que o leitor não sabe
nem mais qual é o assunto inicial ou quem é o sujeito do período!
9) Faça a concordância verbal. Se o sujeito está no plural, o verbo
também deverá estar! Ficou em dúvida? Leia a oração e identifique o sujeito,
quem pratica a ação.
10) Releia o texto! É impossível tentar organizar melhor o texto,
corrigir os erros e tirar nota boa sem reler o que se escreveu! Detalhe:
Coloque-se no lugar de um leitor que não sabe nada sobre o assunto abordado em
seu texto e se pergunte: Será que ele entenderia sobre o que estou escrevendo e
o meu ponto de vista?
2ª ATIVIDADE Referente às 3ª e 4ª Unidades
1ª) O
primeiro a incorporar os conceitos do barroco em sua arte, porque,
naquela época, era o centro político e econômico do Brasil. Essa assertiva,
refere-se ao estado:
a)
Minas
Gerais
b)
Bahia
c)
Rio
de Janeiro
d)
Ceará
e)
Santa
Catarina
2ª) No Brasil, a grande produção de pintura ocorreu nas
cidades auríferas com o Pintor Manuel da Costa Ataíde. Essas cidades
localizam-se no estado de:
a)
São Paulo
b)
Rio de Janeiro
c)
Bahia
d)
Minas Gerais
e)
Rio Grande do Norte
3ª) No século XVII, era caracterizada pela sua forte e centralizadora monarquia absolutista (reinada por Luís XIV), sendo o barroco um movimento artístico
restrito à família real e aos nobres.
Essa afirmação refere-se ao Barroco na:
a) a) Itália
b) b) Espanha
c) c) Holanda
d) d) Portugal
e) e) França
4ª) Segundo a
Arte Barroca, julgue o único item verdadeiro, assinalando-o.
a) O Barroco foi um movimento contra
reforma protestante.
b) No Barroco existe um predomínio das emoções e
não o racionalismo
renascentista.
c) O Barroco foi um movimento quase sem cor e
formas.
d) Este movimento foi quase sem expressão nas
artes plásticas.
e) foi uma forma de manifestação artística inspirada nos
conceitos pagãos de Idade Média e a
antiguidade.
5ª) “A arte mineira caracterizou-se pelo
estilo barroco que esteve em voga na Europa até princípios do século XVIII.”
(José Alves de Freitas Neto e Célio
Ricardo Tasinafo. História Geral e do Brasil. HARBRA. p. 325).
Sobre o barroco é correto afirmar:
a) a) Como forma única de expressão, as
imagens barrocas são uniformes e regulares, conforme o pensamento religioso
católico.
b b) O barroco expressava o
racionalismo da época moderna, condenando as expressões metafísicas e o
sentimento religioso.
c) c) Era um estilo intimamente
ligado à Contrarreforma, pois expressava os fundamentos da devoção religiosa
por meio de construções, esculturas e iconografias que enalteciam os princípios
da fé católica.
d) d) O barroco esteve
intimamente ligado ao protestantismo, condenando as iconografias e dando ênfase
apenas ao estilo arquitetônico.
e) e) O barroco mineiro desenvolveu
características universais evitando as especificidades e o
regionalismo.
6ª) As alternativas
abaixo apresentam fatos relacionados ao barroco mineiro, desenvolvido no
decorrer do século XVIII. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) a) As peculiaridades do culto católico
encontraram sua expressão maior nas artes plásticas, na música e na arquitetura
de inspiração barroca.
b) b) O barroco renovou a arquitetura das
igrejas mineiras, buscando maior originalidade e preocupando-se com a
ornamentação anterior.
c) c) A riqueza aurífera das áreas
mineradoras dificultou a expansão da arte barroca, principalmente a construção
de igrejas.
d) d) Nas obras de Aleijadinho, encontram-se
anjos e santos com traços mulatos, caracterizando uma adaptação dos modelos
tradicionais europeus à realidade local.
e) e) A arte religiosa mineira expressava o
fervor da população que, com donativos, contribuiu para a construção de igrejas
7ª) O estilo barroco que nos séculos XVII e XVIII,
se destacou com a arte de Diogo Velázquez, Rubens, Caravaggio, entre outros,
pode ser considerado como:
a) Expressão do respeito aos princípio da arte clássica
greco-romana.
b) Imitação dos pintores renascentistas florentinos.
c) Reflexo das concepções estéticas do Antigo Oriente.
d) Consagração do racionalismo cartesianismo na arte.
e) Resultado de uma arte que desafiava os padrões
clássicos.
8ª)
Identifique a ordem em que os períodos devem aparecer, para que constituam um
texto coeso e coerente. (Texto de Marcelo Marthe: Tatuagem com bobagem. Veja,
05 mar. 2008, p. 86.)
I. Elas não são mais feitas em locais precários, e
sim em grandes estúdios onde há cuidado com a higiene.
II. As técnicas se refinaram: há mais cores disponíveis, os pigmentos são de
melhor qualidade e ferramentas como o laser tornaram bem mais simples apagar
uma tatuagem que já não se quer mais.
III. Vão longe, enfim, os tempos em que o conceito de tatuagem se resumia à
velha âncora de marinheiro.
IV. Nos últimos dez ou quinze anos, fazer uma tatuagem deixou de ser símbolo de
rebeldia de um estilo de vida marginal.
Assinale a alternativa que contém a sequência
correta, em que os períodos devem aparecer.
a) II, I, III, IV
b) IV, II, III, I
c) IV, I, II, III
d) III, I, IV, II
e) I, III, II, IV
9ª)
Após a leitura cuidadosa acerca dos elementos do texto dissertativo, anexo aos
demais conteúdos postados, produza um texto de cunho
dissertativo/argumentativo, a partir do
seguinte tema: OS IMPACTOS DA PANDEMIA
NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.
Boa sorte e sucesso!