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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

PROFESSOR REGINALDO / PORTUGUÊS / 2ºS ANOS A, B, C, e D 

Escola Estadual Fausto Cardoso

Turmas: 2ºS anos A, B,  C e D                    Data: 21/12/2020

Componente Curricular: Língua Portuguesa

Professor: Reginaldo Silva de Araújo

 

REALISMO EM PORTUGAL

Realismo em Portugal surgiu nos anos de 1860, durante um embate intelectual denominado de Questão Coimbrã. Na época, os jovens estudantes da cidade de Coimbra se inspiravam nos ideais do antirromantismo vindas da Europa e se reuniam para debater as questões sociais do momento.9 de jul. de 2019

Realismo em Portugal desenvolve-se nos últimos anos da década de 60 do século XIX e tem como marco a Questão Coimbrã.

O movimento reflete o pensamento da elite intelectual do país insatisfeita com o clero e a monarquia. É um período de agitação política, social e cultural que toma conta de grandes centros educacionais, como em Coimbra.

A Escola Realista de Portugal estende-se até 1890, quando Eugênio de Castro publica a obra "Oaristos", um livro de poesias que seguia o modelo simbolista importado da França.

Realismo em Portugal

O Realismo começou em Portugal em 1865 com a Questão Coimbrã. Nela, havia um embate entre os jovens portugueses, cheios das ideias francesas, inglesas e alemãs, e aqueles que eram a favor do Romantismo, escola antecessora do Realismo.

Um desdobramento da Questão Coimbrã foi a discussão entre Antonio Feliciano de Castilho e Antero de Quental, poeta que defendia a responsabilidade da poesia, enquanto o outro defendia sua naturalidade.

As manifestações literárias do Realismo português

As manifestações realistas são prosa e poesia. Na poesia, destaca-se Antero de Quental: ele era contrário à poesia ultrarromântica e se empenhava em defender uma poesia com intuito social, com responsabilidade, usada como instrumento na busca filosófica pela verdade.

Cesário Verde é outro nome importante: sua linguagem é espontânea, seu tom coloquial e ele utiliza cores, sons e imagens, antecipando recursos que seriam usados por Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. Há também diferença na abordagem de temas como a mulher, o amor e a cidade, sendo uma abordagem menos lírica.

Na prosa destaca-se Eça de Queirós, cujos romances traziam marcações do determinismo e impressionismo, com o intuito de realizar críticas ao clero e à burguesia. Seu estilo era direto, fazendo muito boa descrição dos lugares e também do comportamento humano.

As características do Realismo português

 

É possível apontar como características do Realismo o objetivismo, o conceito de “não-eu”, o universalismo, o materialismo, a preocupação com o presente, determinismo, cientificismo, a negação da burguesia e ao clero, sendo anticlericais.

Objetivismo e o “não-eu”

Há grande reflexo do contexto histórico nas características do Realismo. O objetivismo é uma das características mais marcantes, encontrado nas produções realistas como a negação ao subjetivismo romântico. O homem é mostrado como alguém interessado naquilo que está fora dele, diante dele, o que constitui o conceito do “não-eu”.

Materialismo e preocupação com o presente

Uma das características do Realismo é o materialismo, fazendo com que seja negada a metafísica e o sentimentalismo. Diferente do Romantismo, a volta ao passado e o nacionalismo não são mais importantes: o foco agora é a valorização do presente.

Determinismo e cientificismo

Os autores realistas são influenciados por Hypolite Taine e adeptos do determinismo, que diz que o homem é influenciado pelo momento, pelo meio e pela raça. Há também grande avanço da ciência, o que influencia a estética realista e traz como característica o cientificismo.

A negação ao clero e à burguesia

Analisando as obras literárias do Realismo é claramente identificada a negação ao clero e à burguesia, sendo que a negação da burguesia acontece a partir da chamada célula-mãe da sociedade: a família. Essa é a explicação para haver tantos triângulos amorosos nas obras realistas: a negação da família.

 

Tempos e Modos Verbais

 

Um dos principais temas do estudo de nosso idioma é a conjugação dos verbos em vários tempos e modos. A língua portuguesa é uma das mais complexas do mundo e aprendê-la não é uma tarefa simples. Falando francamente, hoje em dia é difícil encontrar alguém que não cometa nenhum erro ou confunda palavras na hora de escrever um texto ou conversar com alguém. De fato, com tantas normas e variações na conjugação de verbos e utilização de termos, fica difícil acertar sempre. Mas é possível evitar os erros ao máximo e manter um nível aceitável de conversação ou escrita.

Verbo é uma palavra que exprime ação realizada por um indivíduo num espaço de tempo. Os tempos e modos verbais são as variações que este verbo irá assumir para expressar tempos diferentes, seja no presente, no passado (pretérito) ou no futuro.

 

Para entender os tempos e modos verbais é necessário saber que há verbos regulares ou irregulares. E, para isso, é preciso entender como é formado um verbo. Um verbo simples é formado por um radical, uma vogal temática, um sufixo temporal e uma desinência número-pessoal. A diferença de um verbo regular para um verbo irregular é a alteração ou não do radical em diferentes tempos ou modos verbais.

 

Quais são os tempos e modos verbais

A definição dos tempos e modos verbais é simples. Existe o modo indicativo, que exprime ideias mais concretas e factuais, o modo subjuntivo, que exprime possibilidades e suposições e o modo imperativo, o mais simples de todos e que exprime ordens, pedidos ou conselhos. Cada modo verbal possui tempos verbais diferentes.

• Modo Indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais que perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito; • Modo Subjuntivo: presente, futuro, pretérito imperfeito; • Modo Imperativo: afirmativo e negativo (o único tempo verbal do modo imperativo é o presente).
Cada tempo verbal exprime uma ideia diferente em relação ao tempo e a intenção do sujeito. Veja:
• Presente. O tempo verbal que exprime uma ideia mais concreta: “Eu estou aqui”;
• Pretérito Perfeito. Um fato que efetivamente ocorreu num momento específico: “Você brincou com ela ontem”;
• Pretérito Imperfeito. Demonstra uma situação que aconteceu ou acontecia num momento não específico do passado: “Quando fui casado eu levava café da manhã na cama para minha esposa”;
• Pretérito mais que perfeito. Um fato que ocorreu num passado mais remoto. Utilizado em frases onde já há uma situação de pretérito perfeito, mas ainda há um fato mais antigo. Geralmente é utilizado com locuções verbais ou formas verbais compostas: “Depois que encontrou o caminho, ele não estivera mais perdido”;
• Futuro do Presente. Indica um fato que irá ocorrer de forma concreta no futuro: “Amanhã irei correr no parque”;
• Futuro do Pretérito. Este tempo verbal engloba várias situações, mas todas elas envolvem um fato no passado para expressar uma condição no futuro. “Eu mudaria tudo, se você me desse uma chance”. “Ela prometeu que chegaria no horário”.

O modo imperativo é peculiar, pois envolve apenas o uso de termos no presente. As únicas variações que os verbos ganham neste modo é o fato de estarem numa frase afirmativa ou negativa. Veja os exemplos:

•“Vá lavar a louça”!
•“Não pise na grama”;
•“Evite falar  com estranhos”;
• “Esqueça esta história, pois ela não leva a nada”.

Todas estas frases estão no modo imperativo. Note que os verbos são utilizados em sua forma simples. É impossível existir uma frase no modo imperativo com tempos verbais futuros ou passados.

Formas nominais e suas funções na língua portuguesa

Os verbos podem assumir formas diferentes de acordo com a situação e com a necessidade dentro da frase. São formas nominais verbais as seguintes:

• Infinitivo: são os verbos na forma pura e simples. Haver, Ser, Fazer, Comprar, Falar, enfim, todos os verbos terminados em “r” são considerados verbos no infinitivo;
• Particípio: todas as formas verbais terminadas em “do” são consideradas verbos no particípio. O particípio é utilizado em locuções verbais e, principalmente, na conjugação de verbos no modo subjuntivo. Havido, Sido, Feito (verbo irregular), Comprado, Falado, enfim, todos os verbos possuem formas no particípio;
• Gerúndio: a forma nominal que faz com que os verbos terminem em “ndo”. Verbos no gerúndio exprimem a ideia de uma ação recorrente e constante num determinado período de tempo. Havendo, Sendo, Fazendo, Comprando, Falando, enfim, todos estes verbos no gerúndio indicam que a ação está acontecendo, ou seja, não simplesmente aconteceu ou acontecerá.

A correta utilização dos tempos e modos verbais é um desafio para as pessoas. O pretérito mais que perfeito, por exemplo, é um modo dificilmente utilizado por ter uma conotação mais formal. Na linguagem coloquial as pessoas procuram minimizar os termos, economizar as palavras e trocar formas nominais para tornar a comunicação mais fácil. Mas o correto mesmo é utilizar os tempos e modos verbais em suas formas puras e cultas

 

 Diletos alunos e alunas: Ao responderem as atividades propostas, para melhor aquisição do conhecimento e melhor aprendizagem, não LIMITEM-SE apenas em ler o conteúdo proposto, mas VALHAM-SE também da pesquisa, que certamente vai enriquecer muito mais a sua leitura, o que também facilitará as respostas das questões com mais precisão.

Boa leitura e sucesso!

https://youtu.be/Yny-_awoqyg

https://youtu.be/snECSvri0xc  - Links vídeo aula

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM SOBRE O REALISMO EM PORTUGUAL E TEMPOS VERBAIS. 

1ª) Das características abaixo, assinale a que não pertence ao Realismo:

a) Preocupação critica.

b) Visão materialista da realidade.

c) Ênfase nos problemas morais e sociais.

d) Valorização da Igreja.

e) Determinismo na atuação das personagens.

 2ª) No realismo português foi uma espécie de guia e líder de sua geração, participando da polêmica “Questão Coimbrâ”(1865), essa afirmação refere-se ao poeta e filósofo português:

a)  a)  Eça de Queirós

b)b)  Cesário Verde

c)c)  Antero de Quental

d)d)  Eugênio de Castro

 3ª)  Sua obra examina a sociedade burguesa portuguesa sob vários aspectos: a família, a religião, a política, destrinchando os costumes e criticando as imperfeições de uma sociedade hipócrita e mesquinha. Essa assertiva refere-se:

a)     a) Antero de Quental

b)   b) Eça de Queirós

c)   c) Antônio Feliciano de Castilho

d)  d)  Alberto Caeiro

 

4ª)  “O acordo não______________________as reivindicações, a não ser que______________________os nossos direitos e______________________da luta.”

A sequência correta que complementa esta oração é:

a)     Substitui - abdicamos  - desistimos

b)     Substitue - abdicamos  - desistimos

c)     Substitui, abdiquemos – desistamos

d)     Substitui   - abdiquemos  -  desistimos.

e)     Substitue - abdiquemos  - desistamos

 

 

 

5ª) “As linhas ________ para um ponto e depois se _______ no infinito.

a) convergem    -   esvão

b) convirgem    -  esvaem

c) convergem    - esvaiem

d) convergem    - esvaem

e) convirgem    - esvão

 

6ª) Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente o espaço em branco. “Não ________. Você não acha preferível que ele se ________ sem que você o __________?”

a)     Interfere    -  desdiz   - obriga.

b)     Interfira   - desdisser   - obrigue

c)     Interfira   -   desdissesse   -  obriga.

d)     Interfere   -   desdiga   -   obriga.

e)     Interfira    -   desdiga   - obrigue

 

 

 

Boa sorte e sucesso !