PROFESSOR REGINALDO / PORTUGUÊS / 2ºS ANOS A, B, C, e D
Escola
Estadual Fausto Cardoso
Turmas: 2ºS anos A, B, C e D Data: 21/12/2020
Componente
Curricular: Língua Portuguesa
Professor:
Reginaldo Silva de Araújo
REALISMO EM PORTUGAL
O Realismo em
Portugal surgiu nos anos de 1860, durante um embate intelectual
denominado de Questão Coimbrã. Na época, os jovens estudantes da cidade de
Coimbra se inspiravam nos ideais do antirromantismo vindas da Europa e se
reuniam para debater as questões sociais do momento.9 de jul. de 2019
O Realismo em Portugal desenvolve-se nos últimos
anos da década de 60 do século XIX e tem como marco a Questão Coimbrã.
O movimento reflete o
pensamento da elite intelectual do país insatisfeita com o clero e a monarquia.
É um período de agitação política, social e cultural que toma conta de grandes
centros educacionais, como em Coimbra.
A Escola Realista de
Portugal estende-se até 1890, quando Eugênio de Castro publica a obra
"Oaristos", um livro de poesias que seguia o modelo simbolista
importado da França.
Realismo
em Portugal
O Realismo começou em Portugal em 1865
com a Questão Coimbrã. Nela, havia um embate entre os jovens portugueses,
cheios das ideias francesas, inglesas e alemãs, e aqueles que eram a favor
do Romantismo, escola antecessora do Realismo.
Um desdobramento da Questão Coimbrã foi a
discussão entre Antonio Feliciano de Castilho e Antero de Quental, poeta que defendia a responsabilidade
da poesia, enquanto o outro defendia sua naturalidade.
As
manifestações literárias do Realismo português
As manifestações realistas são prosa e
poesia. Na poesia, destaca-se Antero de Quental: ele era contrário à
poesia ultrarromântica e se empenhava em defender uma poesia com intuito
social, com responsabilidade, usada como instrumento na busca filosófica pela
verdade.
Cesário Verde é outro nome importante: sua
linguagem é espontânea, seu tom coloquial e ele utiliza cores, sons e imagens,
antecipando recursos que seriam usados por Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. Há também diferença na abordagem de
temas como a mulher, o amor e a cidade, sendo uma abordagem menos lírica.
Na prosa destaca-se Eça de Queirós, cujos romances traziam marcações do
determinismo e impressionismo, com o intuito de realizar críticas ao
clero e à burguesia. Seu estilo era direto, fazendo muito boa descrição dos
lugares e também do comportamento humano.
As características do Realismo português
É possível apontar como características
do Realismo o objetivismo, o conceito de “não-eu”, o universalismo, o
materialismo, a preocupação com o presente, determinismo, cientificismo, a
negação da burguesia e ao clero, sendo anticlericais.
Objetivismo
e o “não-eu”
Há grande reflexo do contexto histórico
nas características do Realismo. O objetivismo é uma das características mais
marcantes, encontrado nas produções realistas como a negação ao subjetivismo
romântico. O homem é mostrado como alguém interessado naquilo que está fora
dele, diante dele, o que constitui o conceito do “não-eu”.
Materialismo
e preocupação com o presente
Uma das características do Realismo é o
materialismo, fazendo com que seja negada a metafísica e o sentimentalismo.
Diferente do Romantismo, a volta ao passado e o nacionalismo não são mais
importantes: o foco agora é a valorização do presente.
Determinismo
e cientificismo
Os autores realistas são influenciados
por Hypolite Taine e adeptos do determinismo, que diz que o homem é
influenciado pelo momento, pelo meio e pela raça. Há também grande avanço da
ciência, o que influencia a estética realista e traz como característica o
cientificismo.
A negação ao
clero e à burguesia
Analisando as obras literárias do
Realismo é claramente identificada a negação ao clero e à burguesia, sendo que
a negação da burguesia acontece a partir da chamada célula-mãe da sociedade: a
família. Essa é a explicação para haver tantos triângulos amorosos nas obras
realistas: a negação da família.
Tempos e Modos Verbais
Um dos principais
temas do estudo de nosso idioma é a conjugação dos verbos em vários tempos e
modos. A língua portuguesa é uma das mais complexas do mundo e aprendê-la não é
uma tarefa simples. Falando francamente, hoje em dia é difícil encontrar alguém
que não cometa nenhum erro ou confunda palavras na hora de escrever um texto ou
conversar com alguém. De fato, com tantas normas e variações na conjugação de
verbos e utilização de termos, fica difícil acertar sempre. Mas é possível
evitar os erros ao máximo e manter um nível aceitável de conversação ou
escrita.
Verbo é
uma palavra que exprime ação realizada por um indivíduo num espaço de tempo. Os
tempos e modos verbais são as variações que este verbo irá assumir para
expressar tempos diferentes, seja no presente, no passado (pretérito) ou no
futuro.
Para
entender os tempos e modos verbais é necessário saber que há verbos regulares
ou irregulares. E, para isso, é preciso entender como é formado um verbo. Um
verbo simples é formado por um radical, uma vogal temática, um sufixo temporal
e uma desinência número-pessoal. A diferença de um verbo regular para um verbo
irregular é a alteração ou não do radical em diferentes tempos ou modos
verbais.
Quais
são os tempos e modos verbais
A definição dos tempos e modos
verbais é simples. Existe o modo indicativo, que exprime ideias mais concretas
e factuais, o modo subjuntivo, que exprime possibilidades e suposições e o modo
imperativo, o mais simples de todos e que exprime ordens, pedidos ou conselhos.
Cada modo verbal possui tempos verbais diferentes.
• Modo Indicativo:
presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais que
perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito; • Modo Subjuntivo: presente,
futuro, pretérito imperfeito; • Modo Imperativo: afirmativo e negativo (o único
tempo verbal do modo imperativo é o presente).
Cada tempo verbal exprime uma ideia diferente em relação ao tempo e a intenção
do sujeito. Veja:
• Presente. O tempo verbal que exprime uma ideia mais concreta: “Eu estou
aqui”;
• Pretérito Perfeito. Um fato que efetivamente ocorreu num momento específico:
“Você brincou com ela ontem”;
• Pretérito Imperfeito. Demonstra uma situação que aconteceu ou acontecia num
momento não específico do passado: “Quando fui casado eu levava café da manhã
na cama para minha esposa”;
• Pretérito mais que perfeito. Um fato que ocorreu num passado mais remoto.
Utilizado em frases onde já há uma situação de pretérito perfeito, mas ainda há
um fato mais antigo. Geralmente é utilizado com locuções verbais ou formas
verbais compostas: “Depois que encontrou o caminho, ele não estivera mais
perdido”;
• Futuro do Presente. Indica um fato que irá ocorrer de forma concreta no
futuro: “Amanhã irei correr no parque”;
• Futuro do Pretérito. Este tempo verbal engloba várias situações, mas todas
elas envolvem um fato no passado para expressar uma condição no futuro. “Eu
mudaria tudo, se você me desse uma chance”. “Ela prometeu que chegaria no
horário”.
O modo
imperativo é peculiar, pois envolve apenas o uso de termos no presente. As
únicas variações que os verbos ganham neste modo é o fato de estarem numa frase
afirmativa ou negativa. Veja os exemplos:
•“Vá lavar a louça”!
•“Não pise na grama”;
•“Evite falar com estranhos”;
• “Esqueça esta história, pois ela não leva a nada”.
Todas
estas frases estão no modo imperativo. Note que os verbos são utilizados em sua
forma simples. É impossível existir uma frase no modo imperativo com tempos
verbais futuros ou passados.
Formas
nominais e suas funções na língua portuguesa
Os verbos
podem assumir formas diferentes de acordo com a situação e com a necessidade
dentro da frase. São formas nominais verbais as seguintes:
•
Infinitivo: são os verbos na forma pura e simples. Haver, Ser, Fazer, Comprar,
Falar, enfim, todos os verbos terminados em “r” são considerados verbos no
infinitivo;
• Particípio: todas as formas verbais terminadas em “do” são consideradas
verbos no particípio. O particípio é utilizado em locuções verbais e,
principalmente, na conjugação de verbos no modo subjuntivo. Havido, Sido, Feito
(verbo irregular), Comprado, Falado, enfim, todos os verbos possuem formas no
particípio;
• Gerúndio: a forma nominal que faz com que os verbos terminem em “ndo”. Verbos
no gerúndio exprimem a ideia de uma ação recorrente e constante num determinado
período de tempo. Havendo, Sendo, Fazendo, Comprando, Falando, enfim, todos
estes verbos no gerúndio indicam que a ação está acontecendo, ou seja, não
simplesmente aconteceu ou acontecerá.
A correta utilização dos tempos e modos verbais é um desafio para as pessoas. O pretérito mais que perfeito, por exemplo, é um modo dificilmente utilizado por ter uma conotação mais formal. Na linguagem coloquial as pessoas procuram minimizar os termos, economizar as palavras e trocar formas nominais para tornar a comunicação mais fácil. Mas o correto mesmo é utilizar os tempos e modos verbais em suas formas puras e cultas
Diletos alunos e alunas: Ao responderem as atividades
propostas, para melhor aquisição do conhecimento e melhor aprendizagem, não
LIMITEM-SE apenas em ler o conteúdo proposto, mas VALHAM-SE também da pesquisa,
que certamente vai enriquecer muito mais a sua leitura, o que também facilitará
as respostas das questões com mais precisão.
Boa leitura e sucesso!
https://youtu.be/snECSvri0xc - Links vídeo aula
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM SOBRE O REALISMO EM PORTUGUAL E TEMPOS VERBAIS.
1ª) Das características abaixo, assinale a que não pertence ao Realismo:
a) Preocupação critica.
b) Visão materialista da realidade.
c) Ênfase nos problemas morais e
sociais.
d) Valorização da Igreja.
e) Determinismo na atuação das
personagens.
2ª) No realismo português foi uma espécie de guia e líder de sua geração, participando da polêmica “Questão Coimbrâ”(1865), essa afirmação refere-se ao poeta e filósofo português:
a) a) Eça de Queirós
b)b) Cesário Verde
c)c) Antero de Quental
d)d) Eugênio de Castro
3ª) Sua obra examina a sociedade burguesa portuguesa sob vários aspectos: a família, a religião, a política, destrinchando os costumes e criticando as imperfeições de uma sociedade hipócrita e mesquinha. Essa assertiva refere-se:
a) a) Antero de Quental
b) b) Eça de Queirós
c) c) Antônio Feliciano de Castilho
d) d) Alberto Caeiro
4ª) “O acordo não______________________as
reivindicações, a não ser que______________________os nossos direitos
e______________________da luta.”
A
sequência correta que complementa esta oração é:
a)
Substitui -
abdicamos - desistimos
b)
Substitue -
abdicamos - desistimos
c)
Substitui,
abdiquemos – desistamos
d)
Substitui - abdiquemos
- desistimos.
e)
Substitue -
abdiquemos - desistamos
5ª)
“As linhas ________ para um ponto e
depois se _______ no infinito.
a)
convergem - esvão
b)
convirgem - esvaem
c)
convergem - esvaiem
d)
convergem - esvaem
e)
convirgem - esvão
6ª) Assinale a resposta correspondente à
alternativa que completa corretamente o espaço em branco. “Não ________. Você não acha preferível que ele se ________
sem que você o __________?”
a)
Interfere - desdiz
- obriga.
b)
Interfira - desdisser - obrigue
c)
Interfira - desdissesse
- obriga.
d)
Interfere - desdiga
- obriga.
e)
Interfira - desdiga
- obrigue
Boa sorte e
sucesso !