Vídeo Aula sobre o Primeiro Reinado
O
Primeiro Reinado
1.Conceito
A reação lusa contou com os reforços
militares enviados por Lisboa. O Império, por sua vez, teve a ajuda da
Inglaterra, através de empréstimos, armamentos e do concurso de experientes
militares, como Lord Cochrane, Greenfell e do mercenário francês Pierre
Labatut. Antes que o ano de 1823 terminasse, a resistência lusa já estava
vencida e a independência era reconhecida em todos os cantos do Brasil.
Depois de resolvidas as questões internas, o caminho era o de garantir o reconhecimento internacional. O primeiro país a reconhecer que o Brasil não era mais uma colônia portuguesa foi à Argentina, seguida pelos Estados Unidos e a Inglaterra. Portugal mesmo só reconheceu em 1825, mediante uma indenização de dois milhões de libras (dinheiro que o Brasil pegou emprestado da Inglaterra) e uma garantia de que a ex-colônia não incentivaria a independência das colônias portuguesas na África.
No aspecto político, a montagem do país passava obrigatoriamente pela elaboração de uma Constituição. Para isso era necessário a convocação de eleição para a escolha de deputados e a formação de uma Assembleia Constituinte. A Assembleia iniciou seus trabalhos em maio de 1823 e um grupo de deputados criou uma primeira versão da Constituição que ficou conhecida como Constituição da Mandioca. O documento levava esse nome uma vez que dava o direito ao voto somente às pessoas que possuíam uma quantidade específica de terras de cultivo de mandioca.
Essa Constituição limitava muito o poder de Dom Pedro I e excluía, ao máximo, a participação política dos portugueses, já que estes eram majoritariamente comerciantes e, por isso, não atendia às exigências necessárias para o direito ao voto. Mediante ao desenvolvimento de uma Constituição que não o satisfazia, Dom Pedro I mandou as tropas cercarem a Assembleia Constituinte em 12 de novembro de 1823 e prender parte dos deputados que estavam escrevendo o documento. A assembleia foi dissolvida e d. Pedro I autorizou que uma nova Constituição fosse elaborada. A noite das prisões ficou conhecida como Noite da Agonia.
Nesse contexto, Dom Pedro I convocou dez membros aliados para a confecção da primeira Constituição do Brasil, que foi outorgada em 25 de março de 1824. Ela nasceu do autoritarismo de d. Pedro I e seu desejo pela centralização do poder. O documento ficou caracterizado por reforçar o poder do imperador, que era inimputável. São algumas características dessa constituição.
·
Estabelecia
o funcionamento de quatro poderes: o executivo, legislativo, judiciário e o moderador.
Esse último era representado pelo imperador e se sobrepunha sobre os outros
três poderes. Dessa maneira, ele poderia nomear e eliminar cargos, vetar
decisões do legislativo e dar poderes vitalícios a ministros e senadores.
·
Estabelecia
o voto indireto e censitário no Brasil. Apenas poderiam votar os homens livres,
com mais de 25 anos, que possuíssem renda mínima de 100 mil réis.
·
O
catolicismo foi escolhido como religião oficial do país.
·
Garantidas
algumas liberdades individuais, como a liberdade de credo, por exemplo.
Material produzido pela professora Rita Cruz a partir de
pesquisas nos seguintes sites:
https://www.todamateria.com.br/primeiro-reinado/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/primeiro-reinado
Responder e entregar
preferencialmente pelo Google Forms, clicando no link abaixo ou copiando
perguntas e respostas a caneta no caderno e enviar a foto das atividades via
Whatsapp da professora.
https://forms.gle/ZVS7c3PF9moZJaLq7
ATIVIDADE DE AVERIGUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
1. A independência, porém, pregou uma peça
nessas elites. Um ano após ser convocada, a Assembleia Constituinte foi
dissolvida e em seu lugar, o imperador designou um pequeno grupo para redigir
uma Constituição "digna dele", ou seja, que Ihe garantisse poderes
semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação do Poder
Moderador (...).
a)ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no tocante à administração pública e a ação do Senado.
b)permitia que o Imperador reformasse a
Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte dos deputados provinciais.
c)sofria de uma única limitação
institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de interferir nos
assuntos relacionados com a Igreja Católica.
d)proporcionava ao soberano poderes
limitados, o que permitiu alargamento da autonomia política e econômica das
províncias do Império.
e)oferecia importantes prerrogativas ao
Imperador, como indicar presidentes de províncias, nomear senadores e suspender
magistrados.
2. O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823,
a)ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por Portugal.
b)ao esforço do imperador para impor seu
poder às províncias que não haviam aderido a Independência.
c) à libertação da Província Cisplatina, que
se tornou independente e recebeu o nome de Uruguai.
d)à pacífica unificação de todas as partes do
território nacional, sob a liderança do governo central, no Rio de Janeiro.
e)à confirmação, pelas Cortes portuguesas e
pela Assembleia Constituinte, do poder constitucional do imperador.
3. "Se o voto deixasse de ser obrigatório, o senhor iria votar nas próximas eleições?"
Conforme a pesquisa do Ibope, divulgada pelo
jornal O Globo de 03/08/98, mais da metade dos eleitores não fazia questão de
votar. Segundo alguns especialistas, esse número continua grande em nosso país.
Entretanto, durante o período de Império, de acordo com a Constituição de 1824,
no Brasil era o sistema eleitoral que restringia a participação política da
maioria, pois
a)garantia a vitaliciedade do mandato dos deputados, tornando raras as eleições.
b)convocava eleições apenas para o cargo de
Primeiro Ministro, conforme regulamentação do Parlamentarismo.
c)concedia o direito de votar somente a quem
tivesse certa renda, sendo os votantes selecionados segundo critérios
censitários.
d)promovia eleições em Portugal, com validade
para o Brasil.
e) permitia apenas às camadas da elite
portuguesa o direito de eleger seus representantes, limitando a influência da
aristocracia rural brasileira.
4. No intuito de iniciar a construção do Estado brasileiro, após a Independência, D. Pedro I outorgou a Constituição de 1824, que determinava:
a)Existência do bipartidarismo concretizado na Aliança Renovadora Nacional e no Movimento Democrático Brasileiro.
b)Monarquia hereditária, constitucional,
representativa e com uma divisão dos poderes em Executivo, Legislativo,
Judiciário e Moderador.
c)Eleições diretas para todos os cargos dos
poderes Legislativo e Executivo e a supressão da exigência de renda mínima para
votar e ser votado.
d)Extinção dos partidos políticos com
ampliação do poder do Chefe do Executivo e a criação dos sindicatos e
organizações corporativas de trabalhadores.
5. Depois de declarada a Independência do Brasil, foi necessário dar uma ordenação legal ao novo país por meio da sua primeira constituição. Sobre esse processo, é INCORRETO afirmar que:
a)O primeiro projeto de constituição recebeu o nome de Constituição da Mandioca, porque estabelecia que, para votar ou se eleger, a pessoa deveria comprovar uma renda mínima, equivalente a determinada quantidade de alqueires plantados desse vegetal.
b)A Assembleia Legislativa reunida em 1823
para elaborar a primeira Constituição do Brasil foi dissolvida por D. Pedro I,
por ter proposto um projeto que privilegiava os grandes proprietários de terra
e excluía os pobres da participação política.
c)A primeira Constituição do Brasil foi
outorgada por D. Pedro I e estabelecia o voto censitário e a formação de quatro
poderes - Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador -, ficando os dois
últimos sob controle do Imperador.
d)A primeira Constituição brasileira,
estabelecida em 25 de março de 1824, instituiu uma monarquia hereditária no
Brasil e o catolicismo como religião oficial do novo País, subordinando a
Igreja ao controle do Estado.
e)Instituído pela Constituição outorgada de
1824, o Poder Moderador garantia a D. Pedro I o direito de nomear ministros,
dissolver a Assembleia Legislativa, controlar as Forças Armadas e nomear os
presidentes das províncias, favorecendo a concentração de poderes no Imperador.